Point of View Jennie Ruby Jane Kim
Após o café da manhã eu e Lisa ficamos em tédio completo apenas conversando no sofá da sala, discutindo sobre qualquer assunto aleatório que surgisse entre nós, mas que conseguíamos aprofundar o suficiente para ser extremamente interessante. As horas passavam rapidamente enquanto conversávamos, era quase imperceptível o tempo que gastávamos em uma simples conversa. Sinceramente isso me agradava, era ótimo conversar com a Lisa pois os assuntos sempre fluíam e eu me sentia completamente interessada.
Era impressionante como Lisa sempre me fazia gargalhar com extrema sinceridade como uma maluca. O humor perfeito que ela tinha me impressionava pois em qualquer assunto eu estava sempre rindo. Flertávamos sem perceber, ela me provocava e as vezes me tocava com a minha permissão. Em um momento sem me importar com as consequências eu deixei que ela deitasse entre as minhas pernas pousando a cabeça sobre a minha barriga. Eu brincava com a sua franja e apesar das ameaças eu me divertia.
Eu não me imaginei um dia após a minha primeira decepção amorosa me envolver com alguém tão profundamente ao ponto de deixá-la ter um contato mais íntimo comigo. Eu já havia perdido as contas de quantas pessoas já haviam se aproximado de mim na esperança de criarmos um relacionamento perfeito e saudável, repleto de amor e carinho. Mas no final das contas não resultava em nada, pois eu não conseguia criar confiança suficiente e nem sentir o verdadeiro amor.
— O que você acha do amor? — pergunto quebrando o silêncio confortável entre nós. Lisa expira com força. — Você acha que um dia o amor acaba?
— Acho que o amor não é algo de acabar. — ela fala enrugando a testa. Acaricio seus cabelos com mais delicadeza. — Acho que ele permanece em uma parte do nosso coração que não conseguimos acessar, entende? Onde habitam todos os nossos sentimentos perdidos. — tombo a cabeça para trás, pensando no que ela havia dito. — Eu acho que se o amor existe, sempre haverá uma parte dele dentro de nós por cada pessoa que já sentimos.
O pensamento de Lisa apesar de cético fazia um sentido inexplicável de tão certo. Acho que sempre existirá amor pelo Henry, e apesar da dor que ele me causou esse sentimento sempre estará presente em mim, pois um dia eu o senti.
— Eu nunca senti o amor. — ela fala. — Eu tenho 22 anos e nunca nem sequer pude imaginar qual é a sensação de amar alguém, de me apaixonar. — eu a olho rapidamente, percebendo seu sorrisinho. — Talvez meu coração esteja resguardado para a pessoa certa, que um dia irá aparecer.
Umedeço meus lábios pensando em cada palavra que disse. Era horrível nunca em toda a sua vida ter sentido o amor. Ter se sentido amada. Precisamos do amor para viver isso é um fato, e talvez seja por isso que Lisa se sente tão solitária e incompleta.
— Acho que você precisa do amor para se sentir mais feliz. — comento, mostrando um sorriso brincalhão para ela que olhou de canto. Por alguma razão que nem eu mesma sabia, eu queria ser a felicidade dela.
— A felicidade se encontra em pequenos momentos que por mais simplistas que sejam, sempre serão especiais e lembrados pois nos proporcionou o sentimento de felicidade. — ela fala. — Sempre que eu te vejo crio momentos especiais, pois você me proporciona a felicidade.
Eu sorri de canto, me sentindo especial para ela. Lisa não demonstrava seus sentimentos com facilidade, mas aos poucos ela se abria para mim, e eu me surpreendia com a intensidade que ela era capaz de expressá-los. Eu despertava sentimentos nela, e um deles era o que ela mais precisava, que provavelmente sentiu falta durante um bom tempo. Quando nos conhecemos ela falava sobre si mesma e sobre a vida tão vagamente.
— Eu estou me tornando especial para você. — ela assentiu com a cabeça. Sorri feliz comigo mesma por essa "conquista."
— Você acha que daqui um tempo tudo continuará como está? — ela perguntou, me deixando confusa. — Dizem que com o tempo as coisas mudam, mas eu não quero que isso mude.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Love To Any Measure - Jenlisa
FanfictionSe apaixonar na juventude é inevitável, e Jennie estava ciente disso quando se apaixonou por uma universitária. No auge dos seus 18 anos encontrava-se em uma paixão imensurável por uma universitária. Morando um apartamento pequeno em Grand Rapids, a...