Capítulo 23- Queimadas

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Curupira e Mãe Natureza tentava apagar o fogo que se alastrava muito rápido.

Mãe estava fazendo catapultas com as árvores na beira do rio, jogando de longe poças d'agua.

Curupira assobiava no meio das queimadas para quê os animais perdidos e assustados com o fogo seguisse o som. Cervos, antas, capivaras, onças, pacas e vários animais silvestres passava por ele e corria para um local seguro.

- Vamos!! Vamos!!!- Curupira apontava para o outro lado do rio e os animais seguia.

Iara pegava os filhotes dos animais que não conseguia passar pelo rio e levava para o outro lado.

- CURUPIRA?- Grita Iara vendo o fogo se espalhando para a árvore deles.- O fogo!!!!

Caipora vê vários homens de moto jogando gasolina e outros jogando o fogo atrás.

- Vamos lá!- Disse Curupira olhando para a Caipora.

Os dois correm a caminho das motos.

- Você vai por ali.- Disse para a Caipora.

Curupira chega correndo perto de uma moto, pega o garupa e joga no chão, ele segura bem forte na traseira da moto fazendo o motociclista cair de cara no chão quebrando seu pescoço, ja que estava numa velocidade alta. O garupa se levanta. Curupira olha para ele com seus olhos pegando fogo de raiva.

- Meu Deus!!! Tenha misericórdia.- Disse o homem olhando para ele assustado.

Curupira solta um grito. Segura a moto e começa a girar, quando pega embalo solta ela mirando no homem. Fazendo ele virar pedaços de carnes ao acertar.

Caipora avista outra moto, ela pega sua lança espera o momento certo e joga acertando bem na roda da moto, fazendo capotar e girar várias vezes. Ela chega perto do motociclista olha para ele.

- Não. Por favor!! Fomos obrigado a fazer isso.

Ela segura em sua cabeça e descontronca seu pescoço.

Uma outra moto estava com lança-chamas. Curupira desce da árvore e para bem na frente da moto em movimento, fazendo a moto bater em seu corpo e os dois voou longe, mas não fez um arranhão nele.

O motociclista cai longe e logo seu capacete cai também. Era a Lara.

Ela se levanta mancando pega sua arma e da 5 tiros no Curupira, mas ele desviou de todos facilmente.

Ele aparece atrás dela e da um soco em sua mão e depois um chute no seu estômago. Lara voa com o chute e cai no chão com falta de ar.

Curupira chega até ela pega em sua jaqueta e levanta.

- Minha vontade é de fazer picadinhos de você.

Lara tenta recuperar o fôlego do forte chute.

- Mas esse assunto não vai ser eu que irei resolver.

Lara começa a dar risada e cospe em seu rosto.

- Você precisa ir no cabeleireiro.- Disse ela rindo de seu cabelo vermelho bagunçado.

Curupira respira fundo, pega o cipó que havia do seu lado, amarra as pernas dela e deixa ela pendurada. Ele corre para apagar o fogo que estava se espalhando cada vez mais.

Ele chega na árvore e estava completamente em chamas. Animais corriam gritando e pegando fogo, filhotes perdidos, Caipora muito cansada tentando apagar, Anala, sua onça, tinha sumido. Ele olhava para um lado e depois para o outro, começava a se desesperar.

"Você não é um guardião. Não consegue proteger nada" dizia vozes em sua cabeça e repetia várias vezes. Ele coloca a mão em sua cabeça e se ajoelha.

Folclore Brasileiro I: A Ascensão Dos GuardiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora