Capítulo 10 - Negociando

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2 dias depois... No Rio de Janeiro.

- Kymberli? Pega minha necessarie que esta ao lado desta faca- Disse Lara enquanto penteava os cabelos em frente ao espelho de seu quarto.

Kymberli olhou na faca, fechou os olhos e lhe entregou a necessarie.

- Obrigada! Agora saía daqui antes que eu te mate- Disse Lara tirando a maquiagem da necessarie.

Kymberli respirou fundo e foi até a porta. Antes que ela abrisse, Lara falou:

- Não precisa guardar mágoas de mim, Kymberli. Você ficou com meu marido dois anos atrás e eu fiquei com o seu namoradinho como uma forma de fazermos amizade.
- Você matou ele a um ano atrás. E quem esta me ameaçando aqui é você, admite que é você que esta magoada.
- Ja te falei que foi mais difícil para mim, do que para ele. Ele era espião dos policiais, fiz oque tinha que ser feito.
- Você é um monstro, merece morrer junto com seu marido.

Antônio abre a porta bem na hora e escuta a conversa das duas.

- Lindo da sua parte, Kymberli. Mas metade dos policiais são nossos cúmplices. E você é somente uma adolescente de 16 anos que achava que tinha algo por aquele... Cara? - Disse Antônio com um gesto de nojo.

Ela encheu os olhos d'agua e saiu do quarto.

- Amor juvenil é tão lindo. Lembra da gente?- Disse Lara com um sorriso, lembrando dos momentos que tiveram.
- Eu lembro quando você tentou me matar- Disse ele cheirando seu pescoço.
- A culpa era sua.
- É claro.

Eles começam a se beijar, ele pega em seu quadril e coloca ela em seu colo. Ela segura firme nas suas costas e começam a se beijar.

- Você é muito gostoso. - Disse ela toda apaixonada por ele.

Quando ela olha em seu rosto. Ela fica sério e logo começa a rir.

- Oque foi?- Pergunta ele sem entender.
- Você está cheio de maquiagem e com batom- Ela olha sensualizando para ele e diz- Mas ainda continua gostoso.

Alguém bate na porta.

- Pode entrar- Diz Antônio colocando Lara no chão.
- Chefe? Os traficantes estão esperando as drogas. Quem de vocês vão negociar? Que isso no seu rosto?
- Ja estou indo- Disse Antônio pegando um pano e se limpando.
- Mas tem um problema- Ele engoliu seco.
- Qual?
- A facção rival esta na espreita, esperando alguém conhecido aparecer, alguém conhecido tipo você.

Antônio olhou para baixo e ficou pensativo.

Duas grandes facções na favela. Uma rivalidade que sempre teve, onde um não deixa o outro progredir, tanto em vendas, quanto em territórios.

- Eu posso distrair eles- Disse Lara.
- E eu posso entregar a droga- Disse Kymberli chegando e se sensualizando para Antônio.
- Esta com dor de barriga?- Pergunta Lara vendo ela se "sensualizar".
- Eu mesmo irei até eles, são em torno de 200mil reais de lucro eu e Lara vamos dar um jeito. - Disse Antônio confiante.
- Onde esta o carro blindado?- Disse Lara batendo palmas de felicidade.

- Senhor?- Apareceu um cara desesperado- Arlindo morreu no banheiro, alguém o matou esfaquiado. Ele esta lá faz uns dois dias.
- Que horror!- Disse Lara surpresa- deve ter sido a outra facção. Estou indo gente, tchau!

2 horas depois...

Antônio esta dentro de uma casa observando o comprador. Ele viu homens armados escondidos, só esperando a sua chegada.

- Vamos lá, Lara! Oque você tem em mente?- Diz ele conversando sozinho.

Então um carro passou com alta velocidade no meio da rua e ela gritando com a janela aberta.

- Uhul!!!! Chupa meus ovos!!!!

Eles começam a atirar. Então todos descem de seus esconderijos entram no carro e vai atrás dela.

Antônio saí do local e vai até o comprador.

- Aqui esta!- Disse Antônio entregando uma bolsa.
- O dinheiro esta aqui- Disse o entregador entregando outra bolsa.

Antônio coloca a bolsa perto de seu rosto e escuta uma barulho de tic-tac. Então ele joga a bolsa no entregador que estava correndo.

O entregador tira o revolver e mira na bolsa que estava vindo no ar e atira. Dando uma baita explosão no ar. A explosão não era tão forte, mas era capaz de fazer picados de um homem.

O entregador tira o capuz e olha para ele sorrindo. Antônio estava nervoso e sua imagem não sairia da memória dele. E então o entregador corre até o carro e some em alta velocidade.

"Enquanto isso... A Lara"

- Vocês querem postar uma corrida? Então vem bebê- Disse Lara acelerando.

Lara passa correndo rápido quase batendo nos outros carros. Ela sai da favela e vai até o centro de Rio de Janeiro.

Três carros ainda estavam atrás dela.

Ela entra numa rua contramão e começa a desviar dos carros, passando na raspa.

Então dois ônibus estava vindo e não tinha rua pra desviar, ela acaba entrando dentro de um grande shopping, quebrando as portas de vidros e atropelando quem estivesse na frente. Logo ela pisou no freio gritando.

Os três carros pararam na frente do shopping e desceram em torno de 8 homens armados.

Lara olha no retrovisor e vê eles.

Muda a marcha para ré e atropela um deles, morrendo na hora. Ela começa a rir. Então eles começam a atirar e todas as pessoas do shopping se deitam no chão e começa a gritar desesperadas.

Um deles tentam abrir a porta, mas não consegue, estava trancada.

Lara acelera o carro e vai no fundo do shopping, faz um drift e fica cara a cara com eles. A 20 metros

O shopping ja não tem mais ninguém, as pessoas se esconderam e correram dali.

- Vamos sair daqui, essa mulher é maluca- Disse um dos homens armados.
- Cala a Boca, ela não é nada sem aquele carro.

Lara acelera e vai pra cima deles, conseguindo atropelar mais um, o freio quebrou e ela não conseguiu parar e foi pra avenida acabou batendo do outro lado da rua, em uma loja de roupas.

Quebrou a vetrine e as mulheres saíram gritando, menos a dona do estabelecimento.

Lara desce do carro e olha em uma peça de roupa linda.

- Meu Deus!!! Que linda!!!!! Quanto esta saindo uma dessa?
- Se você pagar os estragos na minha loja, você leva de graça.
- Fechado!- Disse ela apertando a mão.

Eles começaram a atirar, Lara e a dona se agacham.

Um dos tiros acertou o braço de Lara.

- Merda!!! Aí!!!

Lara se deitou e fechou os olhos, esperando os tiros passar. Outro tiro acaba acertando sua perna.

- AAAA!!!!- Grita Lara

Lara olha para o carro e vê sua arma lá, mas não consegue se levantar.

- Preciso que pegue aquela arma- Disse Lara para a dona da loja.
- Eu tenho essa aqui.
- Melhor ainda, me dê- Disse Lara ainda com esperança.
- Não, não te conheço. Deixa comigo. E isso é uma arma de choque.

Então os tiros pararam, eles entraram no carro e fugiram. As polícias foram atrás.

- Tenho que ir embora- Lara foi entrando no carro.
- Tem medo de polícia, é?- Disse a Dona rindo.
- Não, mas preciso ir no hospital.
- O único lugar em que você vai é pra cadeia- Disse a Dona mirando nela e atirando a arma de choque.

Lara se tremeu toda, revirou os olhos e caiu no chão com a voltagem alta da arma.

Folclore Brasileiro I: A Ascensão Dos GuardiõesOnde histórias criam vida. Descubra agora