[11] Explosão de sentimentos

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A cada segundo o clima esquentava mais e mais, e o calor do corpo dos dois rapazes passou a ser mais intenso, assim como as pegadas passaram a se intensificarem. Jungkook segurava na nuca do menor com uma mão, e com a outra ele apertava a cintura do mesmo.
       
As mãos de Park fizeram uma trilha de toques pelas costas largas do soldado, até que pararam na cintura também, e ao invés de apertar, o menor sorriu ladino e colocou a mão por baixo da farda do outro, que se arrepiou com o toque repentino e as mãos do menor tão próximas à sua pele. Involuntariamente, os extintos primitivos do soldado se afloraram e ele se animou, e suas mãos que antes estavam na nuca do menor foram parar no pé da barriga do Park, e logo em seguida para as nádegas do mesmo, onde Jeon apertou.

O beijo continuava rolando e ambos ficavam casa vez com mais fogo, até que o soldado fez o mesmo que Park e levantou a camisa do menor. O sorriso do garoto cessou no mesmo instante, e ele mudou de expressão completamente, afastou a mão de Jeon e o impediu de investir outros toques. Cortou o beijo e virou o rosto, logo passando a se recompor novamente.

Jungkook estranhou aquela ação repentina e ficou curioso para saber o por que de o garoto ter o afastado e cortado completamente o clima, mas estava ainda mais curioso para saber o por quê de Park ter o beijado do nada. Aquilo era um verdadeiro mistério, pois o soldado não fazia ideia de que aquilo pudesse acontecer e foi tão de repente que ele se assustou um pouco com a atitude do menor.

— ...O que houve? — Perguntou, vendo Park virar o rosto e se afastar.

— Nada.— Disse o rapaz, logo adentrando a farmácia.

Jungkook respirou fundo e tentou esquecer o que aconteceu, então se encostou na parede do local e sentou no chão. Seus olhos se fecharam e ele tentou se concentrar, pensando em coisas nojentas ou broxantes o suficiente para fazê-lo desanimar, e aquilo funcionou muito bem. Em poucos minutos ele já estava cochilando e sem nenhum incomodo no entrepernas.

Quando a noite caiu, Jimin voltou para a entrada da farmácia e encontrou Jungkook dormindo. Ele passou o resto do dia apenas observando o soldado pela fresta da porta e o homem dormiu o dia inteiro, porém ao escurecer passou a ficar mais difícil de enxergar no fundo da loja, e assim o Park precisou sair do esconderijo e voltou para o lado de Jeon. Ele sentou devagar e quietinho para não fazer nenhum barulho e ficou olhando atentamente para o soldado, reparando nos mínimos detalhes do rosto do mesmo.

Ele conseguiu memorizar todos os traços do homem e sorriu ao ver uma pequena cicatriz na bochecha do mesmo, o cabelo jogado em seu rosto, cobrindo metade da testa e as veias salientes quase saltando no antebraço fora o que ele mais observou na pessoa a sua frente.

Há um tempo atrás ele poderia estar em sua casa, trancado em seu quarto ou em uma biblioteca dentro da universidade, ou então ele poderia continuar curtindo sua viagem longe de seus pais e de tudo o que o atormentou a vida inteira, se não fosse por aquele apocalipse ele continuaria com sua vida normal e não estaria ali olhando uma pessoa dormir. Por um lado aquilo era terrível, por ser tudo muito assustador e por ele estar desesperado ao pensar na situação em que o mundo se encontrava, mas por outro lado ele se sentia seguro por estar com Jeon Jungkook.

Se fosse qualquer outra pessoa ele com certeza odiaria, e mesmo com o soldado Jeon, no início ele odiou profundamente saber que o homem era o responsável por finalizar a missão de levá-lo de volta para a Coreia, ao encontro de seu pai, mas por outro lado ele se acostumou com o soldado e aprendeu a odiá-lo menos. Talvez ele já não odiasse Jungkook, e sim o contrário.

Seu coração batia forte e acelerado enquanto ele olhava para o soldado dorminhoco, era uma sensação diferente que tomava conta de si e dos seus pensamentos, e havia um sentimento novo pairando no ar.

Where The Dead Reign | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora