E era impossível não reagir diante do que estava acontecendo bem ali dentro do quarto da mais velha?
Joohyun não poupava seu corpo de reagir da forma que queria daquela vez, gemidos eram ouvidos, gritos... Vez ou outra Joohyun implorava para que a Kang desacelerar as estocadas, ou trazia suas mãos para trás essas que a Kang fazia questão que juntar e prender em sua cintura.
A verdade é que Joohyun tinha adorado o brinquedinho novo que Seulgi sugeriu e essa incentivou Seulgi a usá-lo mais uma vez, dessa vez sem piedade. O problema é que Seulgi realmente não teve piedade, o que era uma delícia para falar a verdade. Joohyun liberava todo seu prazer enquanto no quarto eram ouvidos gemidos altos junto com alguns gritos abafados pelo lençol no início. Mas Seulgi queria ouvir toda a manifestação de Irene, por isso enterrava suas mãos nos cabelos escuros da Bae e a trazia para mais próximo, fazendo assim com ela ela escutasse muito perfeitamente todo o prazer que Irene sentia naquele momento.
E não era difícil se afetar com aquele som, na verdade era facil demais para Seulgi soltar um gemido vez ou outra quando sentia que não o podia segurar mais.
Joohyun gozou e Seulgi veio logo em seguida. Despencando seu corpo exausto sobre o colchão e encarando o teto por alguns segundos. Em silêncio.
Joohyun foi a primeira a buscar contato, virando-se para o lado e admirando Seulgi se recompor.
Seulgi se virou quando percebeu a outra lhe olhando e sorriu ao deixar suas mãos em contato com as madeixas escuras.
- Linda até de cabelo bagunçado. - Seulgi diz despretensiosamente.
- Eu amo você. - Joohyun sussurra alto o suficiente para a outra ouvir e mostrar sua cara de choque.
Não pelas palavras, mas porque foi uma surpresa.
- Eu sei. - Seulgi diz e se aproxima para beijar os lábios da garota. - Eu também amo você.
- É, mas eu não achei que iria amar você desse jeito quando te conheci. - Joohyun repete e Seulgi sorri.
- Então você me ama o suficiente para querer ficar comigo pra sempre? - Seulgi pergunta com um sorriso maior.
Poderia parecer bobo, mas ela não ligava em perguntar.
- E você não? - Joohyun pergunta com tom de chateação e a Kang da uma risada.
- Eu com certeza me vejo te amando no futuro da mesma forma que eu te amo agora. - Responde.
Ela amava Irene, desde seu jeito de falar até seu jeito de demonstrar as coisas. Desde o fio de cabelo até as unhas de seus pés.
Desde que a viu pela primeira vez e pensou como ela ficaria feliz em chegar mais perto e admirar apenas. Desde que a beijou pela primeira vez, seja lá por qual motivo isso tenha vindo a acontecer.- E se as coisas mudaram e a gente se separar? - Porque Joohyun estava falando como se soubesse de algo?
- E porque alguma coisa tem que mudar? - Seulgi perguntou, com um leve receio pela resposta.
- Minha mãe fez um teste pra um hospital que ela queria muito trabalhar há um tempo atrás. - Joohyun começou e Seulgi não gostou nada do rumo que aquela história estava tomando. - A gente achou que ela não entraria por causa do tempo sem resposta, mas hoje ela recebeu uma correspondência de lá. - Joohyun podia ver o rosto da outra garota murchar. - Eu não abri, mas não acho que seja resposta negativa, eles não costumam mandar cartas dispensando as pessoas.
Joohyun concluí e espera uma resposta da outra.
- Você vai embora? - Seulgi pergunta, e sente seus olhos embaçar.
- Eles tem hospitais em vários locais, mas nenhum é por aqui por perto. - Mais uma notícia para deixar a outra acabada de uma vez.
- Hyun... - Seulgi quer chorar, mas não quer parecer egoísta. - Isso é legal, quer dizer, pra sua mãe.
- Eu não sei o conteúdo da carta, mas achei que deveria te dizer sobre isso, caso a gente tenha que se preparar pra um namoro a distância.
E de tudo que Joohyun disse a parte que mais chamou atenção foi a última.
- Você acha que a gente pode tentar namorar a distância? - Pergunta. Dá pra notar um tiquinho de esperança nascer em Seulgi.
- Eu quero se você quiser.
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E como esperado a carta era de aceitação e um novo endereço para a família Bae. Joohyun moraria a alguns quilômetros de Seulgi, não era outro estado, mas ainda era longe considerando o quanto elas estavam perto agora.
Um mês e a família se mudou. A comunicação entre as namoradas continuou até o fim do Ensino Médio. Ao entrar na faculdade as duas comemoraram juntas, mas Seulgi logo voltou para sua cidade e Joohyun estava sozinha outra vez.
Joohyun conheceu Jisoo e viraram grandes amigas calouras. Seulgi por sua vez tinha as amigas de antes por perto e uma nova companhia de sala. Lee Sunmi. Elas já se conheciam da escola, mas começaram a conversar melhor na faculdade e descobriram coisas em comum fazendo com que a amizade crescesse um pouco mais.
A amizade não foi bem vista por Joohyun que sabia o interesse de Sunmi por sua namorada, mas Irene confiava em Seulgi, por isso tentava camuflar ao máximo seu ciúmes todas as vezes que a Kang surgia com alguma atividade feita com a ruiva.
O relacionamento caminhou bem até certo ponto, mas algumas coisas ficaram sem serem ditas e por isso alguma hora iria explodir. Seulgi, pasmem, foi a primeira.
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- O que você quer dizer? - Bae Joohyun era puro ódio, se levantando na casa e cruzando os braços ao lançar a pergunta.
- Que você não confia em mim! - E se Irene estava com raiva, a situação da Kang era pior, ela odiava a falta de confiança.
- Você sabe que eu confio em você, mas não me peça pra confiar nela. - Joohyun tentava se redimir. - Você sabe, estamos longe, ela pode querer achar que você é desse tipo e ir pra cima.
- Mesmo que esse absurdo teu aconteça você acha mesmo que eu vou deixar ela vir assim e não fazer nada? - Seulgi tentava mostrar seu ponto. - Ela respeita que eu sou uma pessoa comprometida e é por isso a gente mantém uma amizade.
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Um ano bastou e o ciúme ajudou bastante para o relacionamento se desgastar a ponto de acharem melhor parar um pouco e focar nas suas coisas cada uma em particular.
- Eu amo tanto você. - Joohyun dizia, mas a diferença é que se fossem medir essas palavras com as ditas há dois anos atrás elas não tinham o mesmo peso. Joohyun amava Seulgi, mas não tão intensamente como antes, mesmo que ainda fosse intenso.
- Eu também amo você. - Seulgi respondia.
Era diferente para ela também, seu amor não era tão forte agora para aguentar a distância, as crises de ciúmes, as discussões por falta de assunto ou de tempo. Seulgi amava Joohyun e esse fato nunca mudaria, mas talvez a intensidade tenha mudado um pouco.
E aquele era o fim. Dois anos em um relacionamento a distância bastou para que achassem melhor cada um seguir com sua vida. Foi um pouco estranho até se acostumaram a não falarem mais como antes, mas quando aconteceu entenderam que aquele era o fim.
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Sweet and Bitter - Seulrene
FanfictionUma aposta fez Joohyun se aproximar de Seulgi, mas não foi a aposta que a fez querer ficar. +18