Sweet and Bitter - Seulrene

happy ending

O táxi deixou Joohyun na porta de seu prédio, mas esta não conseguiu entrar. Me diga quem conseguiria entrar no prédio onde prometeu que viveria a melhor fase de sua vida com seu amor.

Joohyun voltou sozinha e estaria sozinha até que as cosias mudem, só que depois daquela noite ela não tem muita certeza de como estavam, então o que ela menos queria fazer era entrar naquele prédio.

Joohyun cometeu a loucura de seguir pelas ruas não tão desertas, com uma mala na mão às 01h da manhã. Achou o bar mais próximo e prometeu a si que aquela noite ela beberia sem fazer cerimônias. Não queria fazer algo que fosse se arrepender então pegou o celular para desligar o aparelho, mas este ja estava sem bateria, poderia lidar com seu fracasso em conseguir reconquistar Seulgi sem contratempos agora.

Chamou a garçonete e pediu sua primeira garrafa de soju. Joohyun bebeu de barriga vazia e na terceira garrafa a mulher achou que aquela pobre coitada já tinha bebido o suficiente e a convidou para sair.

Expulsa e com uma mala ao seu lado Joohyun sentou no meio fio e agarrou sua bagagem, abraçando o objeto como se fosse seu amor ali. Joohyun não sabia o que pensar, sua cabeça se dividia em um turbilhão de pensamentos e o choro não demorou para chegar.

Joohyun chorava feito um bebê, berrante e torturante para quem visse de longe, mas só para os de bom coração. Feliz ou infelizmente ninguém se compadeceu do choro alheio e por isso a Bae estava bêbada, jogada no meio fio, sentindo a dor de não ser lembrada. Logo ela que fugia de relacionamentos e torcia para que a esquecessem. Parece que seu desejo finalmente foi concedido e na pior das hipóteses. Justamente com quem ela não queria.

Joohyun se levantou cambaleando e analisou o local tentando se encontrar, tinha andado bastante já que estava há algumas quadras se sua casa. A Bae andava pelas ruas sozinha e arrastava sua mala atrás de si. Apenas o barulho das rodinhas e de seus passos eram ouvidos e ela sinceramente não se importava com os perigos que aquilo poderia lhe trazer.

Andou, andou, andou.. Até que chegou finalmente em seu prédio e encontrou o vigia falhando em sua missão de vigiar. Passou direto por ele e seguiu para as escadas, não porque não tinha um elevador, mas porque queria demorar o máximo possível até chegar.

Joohyun chegou em seu andar e suspirou. Abriu a porta e deixou a mala ali na porta mesmo, se preocuparia com ela depois. A Bae entrou na sala e deu de cara com Seulgi sentada em seu sofá.

Joohyun achava que estava delirando, por isso seu choro veio com mais força. Ela se sentou no chão e abraçou seus joelhos, fechando os olhos com força e se lembrando de Seulgi, de como as duas conversaram naquela mesma noite, de como ela sentiu seu corpo arrepiar quando a Kang lhe puxou pela cintura.

Joohyun teve certeza absoluta que sentiu o toque de Seulgi naquele exato momento.

- Hyun, onde você foi? eu estava preocupada. - Ouviu.

Joohyun levantou a cabeça subitamente e olhou em direção de onde vinha uma voz.

- Seulgi? - Chamou e viu a outra sorrir.

- Quem mais seria? - Disse a Kang abraçando sua namorada, deixando um beijo em seu testa. - Você bebeu? Você prometeu pra mim que não ia beber tanto assim.

- Você lembra de mim? - A esperança finalmente volta a se apossar de Joohyun.

- Eu me lembro amor, por isso estou aqui.

Joohyun se vira e abraça forte Seulgi. - Você não tá mentindo pra mim né?

Joohyun estava bêbada o suficiente para não assimilar sua pergunta, na verdade ela queria perguntar se aquilo era verdade, pois a ideia de Seulgi estar mesmo ali era demais para seu coração fraco aguentar.

Era de verdade, tanto que a Kang levantou sua namorada e a abraçou direito agora, deixando beijos em seu pescoço antes de voltar o olhar para Joohyun.

- Foi horrível Hyun, eu achei que ia morrer e só pensava em você. - Seulgi falava sobre o acidente agora. - Achei que nunca mais te veria outra vez e eu só queria chorar. - Completou.

Joohyun por sua vez não fazia nada além de agarrar Seulgi em seus braços e lhe encher de beijos.

- Eu senti sua falta. - Disse com voz chorosa. - Você não se lembrava de mim. - Seulgi sorriu e beijou a testa de Irene.

- Vem, vamos tomar um banho. - Segurou a mão da namorada, caminhando até o banheiro. - Amanhã a gente conversa, tudo bem?

Seulgi levou a Bae até o banheiro e lá tirou toda sua roupa para ajudar com o banho, Joohyun era incapaz de ficar longe de Seulgi então a puxou para um abraço e assim molhou toda a roupa da Kang. As duas terminaram o banho juntas e Seulgi vestiu a Bae e a si mesmo, deitando na cama e abraçando a mais nova até que ela conseguisse dormir tranquilamente.

- Eu te amo. - Joohyun disse sonolenta.

- Eu também te amo. - A Kang respondia, alisando o braço da que estava deitada sobre si.

- Seulgi? - A mais velha levanta seu corpo para poder encarar Seulgi. - Casa comigo?

Seulgi sorriu, casaria fácil sem nem ser pedida.

- Quando? Agora mesmo se você quiser. - Foi sua resposta.

Joohyun buscou na primeira gaveta da cômoda que ficava ao lado da cama por un par de alianças que ela havia comprado há um tempo, antes delas se separaram da primeira vez.

Seulgi encara surpresa a caixinha pequena, esperando pelo que Irene vai dizer.

- Quando eu percebi que você era a pessoa que eu queria que estivesse ao meu lado pra sempre, eu comprei essas alianças e te pediria em casamento, mas a gente se separou. - Joohyun começa, alisando a mão anelar de Seulgi, beijando a mesma. - A gente se separou mas eu nunca me desfiz delas. - Voltou a olhar nos olhos da Kang. - Eu não tinha coragem de abrir a gaveta que elas estavam porque sempre me traziam a memória você.

Joohyun pega um dos anéis e posiciona no dedo anelar de Seulgi. - Eu quero que você seja minha esposa. - Disse colocando o anel em seu dedo. - Você pode considerar esse anel no seu dedo como quiser, um noivado ou um casamento, uma celebrações por nós duas estarmos morando juntos agora. Como você quiser.

- Eu te amo. - Seulgi repetiu, beijando os lábios de seu amor. - Eu te amo minha esposa. - Disse sorridente enquanto era sua vez de colocar o anel no dedo da Bae. Beijando a mão em seguida.

Seulgi nunca mais largaria Irene, assim como a Bae nunca largaria Seulgi.

Fim.