❪ 𝐜𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐮𝐦 ❫

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001. ⌷ 𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐔𝐌 ‹ ›
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É curioso como a vida pode mudardrasticamente de uma hora para outra, e não há nada que possamos fazer para impedir, apenas assistir ao caos que ela se torna

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É curioso como a vida pode mudar
drasticamente de uma hora para outra, e não há nada que possamos fazer para impedir, apenas assistir ao caos que ela se torna.

Lembro-me claramente do dia em que recebemos a notícia: minha mãe estava com câncer em estágio 4, e não havia nada que pudessem fazer para evitar seu destino final. A morte parecia inevitável.

Nossa família foi despedaçada. Cada um de nós sofria à sua maneira, mas sempre em silêncio. E quando começamos a nos conformar com a tragédia, aconteceu o acidente em que apenas Sam e eu sobrevivemos.

Minha memória do acidente é vaga, mas uma imagem está gravada em minha mente: Alex implorando para que eu tirasse Sam do carro enquanto dizia que sairia logo em seguida. Mas ele nunca saiu. Meu irmão gêmeo ficou preso, assim como nosso pai, inconsciente, e ambos foram consumidos pelas chamas.

Quando acordei no hospital, minha mãe estava ao meu lado, chorando. Ela não estava no carro na hora do acidente e se culpava até seu último suspiro por estarmos a caminho de visitá-la quando tudo aconteceu.

Eu, no entanto, não conseguia entender o peso de sua culpa, já que fui eu quem perdeu o controle do carro.

Naquela manhã, o som do despertador ecoou em meus ouvidos, arrancando-me de um sono perturbado. Levantei-me hesitante, ciente de que precisaria enfrentar não apenas as pessoas na escola, mas também a tia Cora, que estava no andar de baixo.

Por um momento, olhei meu reflexo no espelho e, instantaneamente, me arrependi. As olheiras estavam profundas, e meus olhos mal se mantinham abertos depois do choro incessante da noite anterior.

Saí do meu quarto e fui até o de Sam, planejando acordá-lo. No entanto, quando entrei, vi que ele já estava de pé, amarrando os cadarços de seu tênis.

— Acordou cedo — Comentei, surpresa, já que Sam não era uma pessoa matinal.

— Tive um pesadelo, não consegui dormir depois — murmurou ele, pegando sua mochila da mesa.

— Por que não foi para o meu quarto?

— Eu fui, mas você estava dormindo e não queria te acordar.

— Deveria ter me acordado, Sam — Encostei-me na porta. — Você deveria ter ficado lá comigo, não aqui sozinho.

Ele murmurou algo que não consegui entender e passou por mim, descendo as escadas rapidamente.

Suspirei profundamente, sentindo a distância crescente entre nós nos últimos meses. Alex ficaria tão desapontado.

O café da manhã foi desconfortável. Cora tentou puxar conversa, mas Sam e eu mal sabíamos como responder, e a maior parte do tempo passei rabiscando em meu caderno.

𝐇𝐎𝐏𝐄 𝐈𝐍 𝐘𝐎𝐔𝐑 𝐄𝐘𝐄𝐒, Jasper HaleOnde histórias criam vida. Descubra agora