Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
(10 comentários para o próximo capítulo)
Quando acordei naquela manhã, o cheiro de café fresco já estava no ar e a mesa do café da manhã estava posta. Cora me lançou um sorriso caloroso assim que me viu entrar.
— Bom dia, querida.
— Bom dia — bocejei, tentando afastar a sonolência. — Não foi trabalhar hoje?
— Estou de folga! — disse ela, se levantando para colocar o prato na lava-louças. — Vou até a reserva. Samy disse que não tem nada importante na escola e vai comigo. Você quer ir também?
Pensei por um momento, hesitando. — Tenho uma prova hoje — menti, encolhendo os ombros. — Na próxima eu vou.
Quando Samy finalmente desceu, Cora pegou Sirius, nosso cachorro, e os três foram para o carro, partindo em direção à reserva.
Suspirei, pensando se deveria ir pra escola. Eu não saberia como encarar Jasper, nem sabia se acreditava no que Bella tinha falado, nas melhores das hipóteses eu estava ficando maluca.
Decidindo que iria ir, coloquei a mochila no ombro e alcançei minhas chaves antes de sair de casa. Assim que tranquei a porta, a Ferrari do Jasper estacionou ao lado da calçada.
Meu coração ficou a mil quando o loiro desceu do carro — Podemos conversar?
Não respondi de imediato, mas logo assenti com a cabeça. Jasper caminhou até mim, mas antes que ele pudesse dizer algo, destranquei a porta e dei espaço pra ele entrar.
Lá no fundo era possível escutar a voz da minha mãe me repreendendo sobre como aquilo poderia ser perigoso, mas eu ignorei.
Jasper me seguiu até a sala e sentamos no sofá, em silêncio, até que ele começou a falar — Como você descobriu? — Isso foi uma confirmação, mas eu fiquei confusa.
Como ele sabia? — Não fui eu, Bella me contou. — Respondi, cruzando as pernas no sofá. — Mas eu achei que pudesse ser mentira, quer dizer... Vampiro — Eu ri irônica.
— Não é mentira— Ele falou, sem olhar pra mim — Mas também não é como você pensa.
— Então me explica, por favor.
— Não matamos pessoas — Ele disse baixinho.
— Então vampiros não se alimentam de sangue? — Perguntei confusa.
— Se alimentam, mas eu e minha família somos "vegetarianos", só nos alimentamos com sangue de animal.
— Isso tudo é muito estranho — Eu falei, me escorando no sofá — Quer dizer, eu achei que tava ficando maluca por acreditar na Bella, e agora você diz que é verdade...
— Ellie, se não quiser mais falar comigo eu vou entender... — Ele diz, se levantando.
— Senta aí — interrompi, apontando para o sofá. Ele obedeceu, visivelmente surpreso. — Eu só... preciso entender — continuei, massageando minhas têmporas, tentando organizar a confusão na minha cabeça. — Como é isso? Quer dizer, nos livros que eu li era quase impossível para um vampiro não se alimentar de pessoas...
Jasper soltou uma risada amarga. — Pra gente é assim, só que aprendemos a nos controlar. Mas não é fácil, as vezes é insuportável, por isso não nos aproximamos muito dos humanos.
Eu o encarei, ainda confusa — Então porque se aproximou de mim?
Ele me encarou, como se não soubesse muito bem quais palavras usar — Eu não sinto vontade de te matar, se é isso que está pensando — Ele sorriu com minha cara de alívio — Eu sinto um cheiro bom, na verdade.
— Isso é só comigo ou com outras pessoas também? — Perguntei, encarando os olhos dourados do garoto.
— Só com você — Ele falou, parecendo nervoso, mas sorriu — É um pouco menos aterrorizante ir pra escola quando você está lá.
— Isso é bom — Falei nervosa, encarando o chão. De repente senti uma onda de alívio, e logo sorri — Agora eu consigo perceber, sabia?
— Não sei do que você está falando, Ellie — ele sorriu, me olhando de canto.
Eu desviei o olhar para a janela, notando que o céu começava a clarear, como se o sol estivesse finalmente se abrindo caminho entre as nuvens.
Então, o sorriso desapareceu do meu rosto. Meus olhos foram de Jasper para a janela, e a ideia me atingiu em cheio — Você queima no sol?
Ele soltou uma risada baixa, percebendo minha preocupação. — Não queimamos — tranquilizou-me, com um brilho divertido nos olhos. — A pele dos vampiros não reage ao sol da maneira que você pensa.
Ainda meio confusa, franzi o cenho. — Então, o que acontece?
— Nós... brilhamos — ele respondeu, abaixando a cabeça como se aquilo fosse algo constrangedor. — Nossa pele reflete a luz, como se fosse feita de pequenos cristais.
Fiquei em silêncio, tentando imaginar aquilo. — Então você vira meio que uma... bola de discoteca?
Ele deu uma risada surpresa, o som grave ecoando pela sala. — Acho que nunca ninguém descreveu desse jeito antes. — Ele me olhou, com um sorriso divertido que eu ainda não tinha visto em seu rosto.
🐺
Jasper e eu conversamos por cerca de duas horas, até que ele mencionou que precisava ir embora. Acompanhei ele até a porta, e quando ele estava quase chegando ao carro, ele parou, se virou e voltou em minha direção.
— Ellie... — Ele disse, com um leve toque de hesitação no olhar. — Você quer de sair comigo? — A pergunta me pegou de surpresa.
Levei alguns segundos para processar, mas logo respondi, com um sorriso: — Claro.
Jasper pareceu visivelmente aliviado e deu um pequeno sorriso. — Ainda estou decidindo o lugar — ele disse, olhando para o alto como se estivesse pensando. — Mas esteja pronta amanhã, às 19 horas. Combinado?
— Combinado — respondi, sorrindo enquanto ele acenava e entrava em seu carro.
Assim que a Ferrari de Jasper desapareceu ao virar a esquina, fechei a porta, sentindo o coração ainda acelerado pela surpresa.
