i hate you, but

3.5K 208 19
                                    

ATENÇÃO: capítulo +18.

____________

Elas escolheram a segunda opção. Elas não se afastaram.

Sheilla não tinha certeza de quem se moveu primeiro.

Em um segundo ela estava em um intenso jogo de olhares com a mulher que ela mais desprezava, seu peito subindo e descendo rapidamente enquanto ela respirava através de sua raiva. E no próximo, ela estava sendo empurrada contra a prateleira, derrubando os materiais de limpeza enquanto os lábios de Gabriela eram pressionados avidamente contra os dela.

Não deveria funcionar.

Não deveria encaixar.

Ela não se importava com Gabriela Guimarães.

Ela não se importava.

Mas havia algo que funcionou, que encaixou, pois sua luta verbal se transformou em um desafio pelo domínio, só que dessa vez lutado com a boca e as mãos.

A maneira como elas se beijavam era quente e desesperada. Estava beirando a dor. Os beijos contundentes que trocavam de um lado para o outro, a maneira como suas mãos lutavam para se segurar uma contra a outra.

Não deveria funcionar.

Não deveria encaixar.

Mas aconteceu.

Se Gabriela achava que ela estava em vantagem, mesmo que por um momento, ela o perdeu em um instante. Sheilla a empurrou contra a parede oposta de prateleiras, suas mãos sob a camisa da garota e suas unhas raspando suas costas, fazendo seus quadris saltarem para frente.

Seus lábios permaneceram fundidos mesmo enquanto trabalhavam, combinando os movimentos uma da outro passo a passo, toque a toque. Quando Gabriela as virou para pressionar Sheilla contra a parede, Sheilla raspou as costelas de Gabriela com as unhas. Quando Sheilla mordeu o lábio inferior de Gabriela, Gabriela passou o polegar pelo cós da calça de Sheilla. Ia e voltava, voltava e ia. Cada toque um desafio que a outra estava ansiosa para enfrentar.

Sheilla não conseguia entender como era bom ter os lábios de Gabriela trabalhando contra os seus, ter a língua de Gabriela deslizando entre seus lábios entreabertos e deslizando pelo céu de sua boca, ter os dentes de Gabriela puxando impiedosamente seu lábio inferior inchado, forte o suficiente para fazê-la sangrar.

Gabriela Guimarães nunca a fez se sentir bem. Não nos cinco anos em que a conhecia. Mas agora, Sheilla se sentia bem. Com o coração martelando, ela sentiu seu estômago revirar. Ela sentiu o desejo dominando completamente cada parte do seu ser, instalando-se em sua mente e sua pele, puxando-a para uma espécie de torpor delirante.

Mas quando ela baixou as mãos para o cós da calça de Gabriela, ela se forçou a sair do torpor por um momento.

— Eu não vou tocar em você sem consentimento, sem você dizer que está tudo bem —  Sheilla murmurou contra os lábios de Gabriela, suas mãos parando na frente da calça pronta para desfazer o nó do cordão que a essa altura já estava frouxo.

Ela poderia estar cedendo a algum desejo profundo e carnal, a algo que definitivamente seria considerado sexo de ódio, mas ela não faria isso sem consentimento.

— Eu te odeio, mas foda-se — Gabriela ofegou, balançando a cabeça bruscamente, suas próprias mãos ainda na cintura de Sheilla.

Sheilla gemeu na boca de Gabriela quando ela deslizou a mão por dentro da calça e calcinha da mulher. Ela foi recebida com uma óbvia umidade entre as pernas de Gabriela, tanto que Sheilla mal conseguia entender.

calling my bluff | sheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora