07.

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Rafael.

Mônica continuava sorrindo agarrada aos meus ombros enquanto seu corpo se passava pelo meu. Suas bochechas estava vermelhas e seus olhos pequenos por conta da bebida.

Entre uma música e outra ela olhava para mim e mordia discretamente os lábios tentando conter suas próprias palavras. Eram quase três da manhã quando decidimos que já era hora de ir embora.

- Você pode me dar uma carona Rafael? - Amanda perguntou tentando se segurar em meu ombro que já era ocupado por Mônica enquanto eu a arrastava para fora.

- Não. - afirmei me segurando em Mônica quando ela cambaleou quase levando nós dois para o chão. - Preciso levar Mônica para casa.

- Então, me leva para a sua casa. - sorriu e Mônica me olhou com um bico.

- Você vai amarrar as mãos dela essa noite? - perguntou se pendurando em meu pescoço e suspirei puxando-a mais para cima.

- Vem amor, nós precisamos ir querida. - Nate a chamou e desviei o olhar quando ela deixou ser carregada por ele.

Levei Mônica até o carro e a coloquei no banco do passageiro colocando seu cinto e dei a volta me sentando antes de apertar o botão para ligar o carro.

- Sabe... - murmurou. - eu deveria esquecer isso, mas eu estou realmente curiosa. - disse embolada com um sorriso travesso em seus lábios.

- O que? - perguntei colocando o cinto.

- O que mais você gosta de fazer além de amarrar as mãos? - sorriu interessada e olhei para ela.

- Você fica muito curiosa quando está bêbada. - suspirei dando ré no carro para sair da vaga.

- Eu gosto de algumas coisas. - continuou. - Mas, nunca pude prova-las para saber se realmente gosto.

- Um dia saberá. - afirmei procurando seu endereço no histórico do GPS bufando ao não encontra-lo já que permanecia apenas os cinco primeiros e o endereço do bar havia ocupado seu lugar. - Preciso que me diga seu endereço novamente.

- Não. - sorriu balançando a cabeça em negação. - Eu não quero ir para casa, estou bêbada.

- O que quer fazer então? - a olhei com o carro metade fora da vaga.

- Um boquete. - afirmou mordendo os lábios e me senti quase engasgar com minha própria saliva.

- Creio que hoje não Mônica. - neguei acelerando o carro para fora da vaga e Mônica bufou tirando seu casaco deixando seus seios evidenciados novamente em sua regata.

Apertei o volante em minhas mãos quando sua mão descansou em minha coxa perigosamente perto demais de onde não deveria.

Mônica era uma mulher bonita e atraente para mim, eu sabia disso desde o dia em que a vi, mas estava decidido a não me envolver com ninguém agora e transar com ela bêbada essa noite, definitivamente não aconteceria.

- Mônica, por favor. - pedi sentindo seus dedos escorregarem um pouco mais para cima.

- Você consegue ser muito chato ás vezes. - afirmou afastando sua mão e se afundou no banco emburrada.

Quando finalmente cheguei até meu apartamento Mônica se agarrou novamente ao meu pescoço enquanto eu a levava pelo elevador.

- Uau. - sussurrou quando abri a porta e ela entrou em meu apartamento olhando em volta.

- Fique á vontade. - sorri fechando a porta e segui para o meu quarto deixando nossos casacos sobre a cadeira no canto e tirei meus sapatos levando-os para o closet.

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