Encontro 5: Exposição de arte

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Boa leitura ❤️

— Quero a sua companhia hoje. — Taehyung chegou adentrando a loja como se já fosse o dono.

— Hein? — Hoseok arregalou os olhos pela invasão repentina. — Oi para você também. — Levou a mão ao peito, tentando diminuir os batimentos cardíacos. Tentativa falha.

— Oi! — O empresário chegou saltitando até o balcão e deu um beijo casto na bochecha do mais velho. — Chegou uma exposição de arte aqui em Seul e eu quero muito ir e quero que você vá comigo. Consegui dois ingressos para ir. Inicia às 18h! — Contou animado, balançando os ingressos.

— Tae. — Riu da animação dele. — Eu trabalho até às 18h. — Lembrou ele.

— Não pode fechar cinco minutinhos antes? Para irmos? — Os olhos pidões se arregalaram em sua direção.

— Não posso fechar antes. — Seu coração quebrou quando viu o sorriso diminuir. — Desculpe. Não podemos chegar um pouquinho atrasados? — Tentou achar uma solução

— Hum, acho que podemos. — Um beicinho tomou os lábios.

— Não faça esse bico, que vou querer morder. — Ameaçou e viu um sorriso malicioso tomar o sorriso quadrado.

— É?

— Pode parar. — Apontou o dedo na direção do Kim. — Puxe o banco e sente. Só mais trinta minutos.

— Tá bem. — Levantou as mãos em forma de rendição e se sentou atrás do balcão. — Está cheio hoje?

— Não. Super calmo. Igual tartaruga. — O mais velho reclamou, apoiando-se no balcão.

— Então você pode fechar mais cedo.

— Aí minha chefe chega aqui cinco minutos depois e vê a loja fechada. — Fez cena. — Depois sou despedido e vou morar onde?

— Vem morar na minha casa. E eu cuido de você.

Hoseok encarou ele e riu. Não era péssima ideia, mas não queria depender de alguém. — Um sugar daddy?

— Não é um plano ruim. — Levou a mão ao queixo considerando o nome. — Gostei dele. Posso ser o seu? Contrato vitalício, sem rescisão.

O Jung gargalhou, jogando o corpo em cima do balcão. — Ah não, Taehyung.

— Não é uma boa? Alguém nesse mundo deve me querer como um sugar daddy. — Os olhos carregavam um brilho de animação.

— Isso eu não tenho dúvidas. Mas, essa pessoa não sou eu. — Piscou. — Preciso do meu emprego para me manter, e não, não quero ser mantido por alguém. — Explicou logo e recebeu um murmúrio irreconhecível como resposta.

— Você destrói os meus sonhos, Hoseok. Só digo isso. — O encarou fazendo o maior bico com os lábios, e ouviu uma gargalhada alta vir dele. Gostava de o fazer rir.

— Só ouço um monte de drama. — Brincou.

E por meia hora os dois ficaram em uma bolha de risos, parando quando alguém entrava na loja e Hoseok precisava atender. E era só o cliente dar as costas que a conversa continuava. Às 18h Hoseok fechou rapidamente o estabelecimento e os dois correram até o motorista do Kim que os esperava e partiram em direção ao local do evento.

— Tae, você só disse uma exposição de arte. — Lembrou e encarou o Kim. — Mas arte de que tipo? E que artista é?

— Ah, sempre dando informação pela metade. — Sorriu de ladinho. — É pintura, de Lee Minjae. São obras coloridas. — Explicou. — Se você não gosta de arte, ao menos vai achar bonito.

— Pois vou estar esperando. Não sou ligado a essas coisas não, só para avisar. — Taehyung pressionou os lábios um contra o outro e tombou a cabeça.

— Se você não gostar, podemos ir embora.

— Claro que não. Vejo em seus olhos como está animado para isso. Só vamos embora quando você terminar de ver tudo.

Taehyung negou, balançando a cabeça. — Nada disso.

— Shiiu. — Levou os dedos para os lábios carnudos. — Aceita a opinião do seu hyung sem discordar.

Taehyung teve que rir baixinho e assentir.

— Exigente demais. — Comentou. Hoseok apenas sorriu e tombou a cabeça contra o estofado do banco, deixando os olhos fechados por alguns segundos. — Tudo bem?

— Sim. Só um pouco cansado.

— Prefere ir para casa?

— Não, Tae. Vamos ver as pinturas. No final de semana eu descanso.

— Tá bem então.

— E você já começou a fazer os desenhos para as peças de roupa de inverno? — Jung puxou assunto, que sabia que veria aquele brilho nos olhos castanhos.

— Comecei. Ainda preciso ajustar eles, não estou gostando dos modelos. — Contou. — Parece que falta algum detalhe neles.

— Que tipo de detalhe?

— Acho que cor. — Deu risada. — Normalmente as peças de inverno são mais escuras, porque quanto mais escuro o tecido, mais calor elas guardam quando expostas ao sol, mas… eu ainda vou achar jeito de colocar cor neles.

O mais velho riu, e concordou com ele. Cores deveriam ser usadas sempre. Os dois eram apaixonados por cores exuberantes. Conversaram mais sobre as peças até chegarem ao local, e adentraram em silêncio, o espaço todo estava em absoluto silêncio e vez ou outra havia alguns sussurros, e os dois tiveram que se manter calados e apenas observando as peças. E vez ou outra faziam algum comentário.

— Eu gostei dessa. — Taehyung comentou baixinho, apontando para a arte ao lado da que Hoseok observava. — Ficaria lindo na minha sala.

— Do escritório? — Hoseok se aproximou e ficou em frente à obra.

Uma mulher de costas, tendo apenas o dorso, braços e a cabeça desenhada, rabiscos negros logo abaixo de onde terminava suas costas poderiam ser claramente descrita como asas, mas Hoseok não tinha certeza se eram mesmo asas. O corpo era pintado com várias manchas coloridas, com espaços em branco entre eles.

— Hum, talvez. Pensei mais na minha casa.

— Então não posso concordar, mas a pintura é linda.

— Vou ver para comprar. Acho que algumas estão à venda.

Hoseok sentiu o maior se aproximar de si, os corpos colados demais, quente o suficiente. Só um pouco, Hoseok pensou. Milimetricamente os pés se moverem para trás, até que pudesse escorrar suas costas no peitoral firme e a cabeça repousar no ombro

Taehyung prendeu a respiração, imaginando que qualquer movimento seu pudesse afastar o Jung, por isso se manteve imóvel, morrendo de vontade de abraçar o corpo magro e o esquentar com o seu. Passaram vários minutos naquela posição, apenas para aproveitar a proximidade, o calor, a sensação, os cheiros, o toque.

Hoseok respirou fundo antes de se afastar e encarar o Kim de frente. — Vamos ver a próxima?

Taehyung assentiu, sem raciocinar direito. Não queria mais a arte, queria o corpo esbelto colado ao seu. Aquela era a arte que queria.

Não prestou mais atenção em obra alguma, os olhos não desviavam mais do Jung, sua mente uma bagunça de pensamentos, e todos envolviam ele em sua vida.

— ❤️ —

Espero que tenham gostado

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