Cercada Por Predadores

Ida ao Café

Mikhail

Ligo para meu primo Mike, enquanto vou para uma biblioteca. Ele atende e escuto gemidos, tapas e um mais forte! A bibliotecária que estava na recepção me olha como se eu estivesse cometendo um crime.

- É importante?- Mike pergunta ofegante.

-Sim.

-Pode esperar?

-Sim.

- Porra! Então me liga depois!- E desliga na minha cara.

   Se ele estava trepando era só não atender, eu saberia que ele estava pensando com a cabeça errada! É sempre assim, quando ele não está fudendo uma puta qualquer, ele está arrumando briga. Mike é a ovelha...quer dizer o lobo negro da família. Digito uma mensagem pedindo para ele me ligar o mais rápido possível. Peço desculpas à bibliotecária e vou para um cubículo rodeado por um sofá vermelho. É pequeno, mas aconchegante.

Primeiro pesquiso as propriedades no nome dos meus pais e tios, encontro 35 propriedades onde meu pai pode ter escondido o irmão da coelha. Porra, 35 propriedades é coisa pra caralho!

Uns 20 minutos depois Mike me liga.

- Você quase empatou minha foda, babaca.

- Oi, também senti sua falta... já agora, porque você atendeu?- Respondo.

- Quando você me liga é sinónimo de deu merda. O que você quer?

- Meu pai resolveu dar chá do sumiço pra um coelho e você vai me ajudar a devolver ele para a família.

- Calma, calma, calma...como é mesmo a história? Eu vou fazer o quê? Onde? Quando? E porquê?

Explico tudo que havia acontecido, menos a parte de eu ficar de pau duro quando a...para porra! Concordamos que apenas nós dois não seríamos o suficiente nem para encontrar o coelho, quanto mais para tirá-lo de onde quer que ele esteja. Mike vai atrás de Liam, Félix e Raphael e eu da coelha.

Saio da biblioteca ainda sendo fuzilado pelo olhar de desaprovação da bibliotecária, entro no meu carro e vou para a casa da coelha.

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Safyra

São 23:30 quando um barulho na minha janela me acorda. Vou para a janela achando que é um passarinho que poderia ter se machucado.

Abro as cortinas na expectativa de ver um ser pequeno e cheio de penas e na realidade encontro um hibrido raposa em cima da árvore do meu quintal, que dá acesso ao meu quarto. Seu focinho comprido a centímetros da minha janela.

- Abre.- ele sussurra.

- Não.- respondo com a voz mais frágil do que queria.

- ABRE A PORRA DA JANELA! ESTÁ UM FRIO DO CACETE!- Ele sussurra se arrepiando.

Fecho as cortinas e pego uma adaga que escondo embaixo do meu travesseiro. Abro a janela e ele entra no meu quarto. Ele é muito grande e seu peitoral exposto possuia uma pelagem de aparência tão sedosa que dava inveja, parece um tapete peludo.

- O que você está fazendo aqui?

- Eu, meu primo e alguns amigos vamos nos reunir hoje para começarmos a procurar seu irmão, vim perguntar se você gostaria de ir.

Tudo em mim parecia gritar armadilha. Giro a adaga em minhas mãos atrás das costas enquanto penso nas opções, que são escassas. Posso surpreender ele, enfiar a adaga em seu pescoço e tentar encontrar meu irmão sozinha...não, mesmo que eu tivesse a ajuda de Charlote e Sammy não conseguiríamos encontra-lo, e também não quero matar alguém que me ajudou. Ir com ele para esse encontro sozinha está fora de questão. Não posso ligar ou mandar mensagem para ninguém, as pessoas só sabem que estão tendo suas mensagens e chamadas rastreadas quando é tarde demais. A não ser que eu-