𝐀𝐂𝐎𝐑𝐃𝐎𝐒 𝐄 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐀𝐓𝐎𝐒 | Bellarke [Concluída]

09. Ensaio

BELLAMY

Se o objetivo do avô de Bellamy era levá-lo à beira da insanidade para fazer com que o neto se casasse, ele havia alcançado o sucesso.

Bellamy chegou oficialmente ao seu ponto de ruptura, e bastou Clarke planejar um jantar de ensaio para levá-lo até ele. Bem, ela sentada ao lado dele em um vestido branco que abraça seu corpo e a multidão de pessoas esperando dentro da melhor churrascaria de Chicago.

— Não é tarde demais para eu dizer ao motorista para virar o carro — Bellamy faz um último esforço para convencer Clarke contra o jantar de hoje à noite.

Se dependesse dele, se casariam em um tribunal e ignorariam todos esses requisitos. Ela olha para sua unha impecável.

— Não é como se eu quisesse entrar lá também.

— Esta é a sua tentativa de me fazer sentir melhor? — um esforço absorto, mas inútil para ele.

— Dizem que a miséria adora companhia — ela ri, e o som da risada o atrai para ela como o canto de uma sereia.

Os olhos de Bellamy caem para a boca de Clarke enquanto ele se absorve no sorriso dela, cujo bom humor é afastado pela separação de seus lábios, e ele olha para cima para ver o que mudou. Os olhos de ambos se conectam, fazendo-o sentir como se tivesse sido atingido no peito por um raio. Aquilo deve destruir todo o bom senso que Bellamy tinha também, porque nada mais tinha explicação quando ele estendeu a mão e segurou a mão dela.

Clarke suga uma respiração — Está pronto?

Qualquer explosão de energia que Bellamy sentiu naquele contato visual morre com a confusão. Ele libera a mão, e ela aperta as duas no próprio colo.

— Tão pronto quanto se pode estar para um evento como este.

— Apenas lembre-se que em dois dias você nunca mais terá que pensar em dar uma festa novamente.

— Muita coisa pode acontecer em quarenta e oito horas.

— Ficando com medo? — os olhos de Clarke se iluminam.

— Começou há cerca de três dias, mas eu vou rastejar pelo corredor se precisar.

Ela ri de novo, e novamente Bellamy é atingido por outra onda de calor que o assusta o suficiente para abrir a porta do carro e enfrentar o menor dos dois males. Qualquer coisa parece melhor do que analisar a estranha sensação de atração que sentia pela única mulher que nunca poderia ter. Futura esposa ou não, Clarke é a última pessoa que ele faria um movimento. Ela é parte integrante do seu plano de se tornar CEO, e ele se recusa a perder seu jogador mais valioso por algo tão fugaz quanto à atração.

Nada de bom poderia sair de uma aventura temporária, então é melhor ficar sozinho.

(...)