Esclarecer ou esquecer...

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Alice

Eu não entendo, como isso foi ocorrer? Quando que eu comecei a aceitar isso? Quando que minha mãe iria me contar a verdade?

Eram tantas perguntas se passando por minha cabeça naquele momento que eu já não sabia ao certo se eram realmente perguntas sem respostas ou se eu só não queria saber a verdade que elas traziam a mim. 

Eu só queria que meu filho tivesse uma vida normal, mas eu acabei entrando em seus delírios que acabei me perdendo junto com ele nisso tudo.


Estava tudo tão quieto em casa naquele instante que parecia que meu corpo estava submerso em uma piscina. Comecei a caminhar pela casa tentando encontrar meu filho, conforme ia passando pelos cômodos e não encontrava ele em nenhum deles, entrei em desespero e comecei a gritar por ele.

- Arthur!

E nenhuma resposta.

- Arthur!

Nada. Fui até os fundos de casa e me sentei na grama olhando para o fim do jardim, foi quando vi uma silhueta escura parada no meio de duas árvores, ela parecia estar me encarando, a sensação que eu tinha era como se estivesse rindo de minha cara.

Por que está rindo de mim?

Fiquei pensando nisso por um tempo e comecei a cogitar a ideia de que isso fosse mais uma alucinação minha. 

Por que aquilo ainda está parado ali? E cadê o meu filho? Será que aquela coisa sabe onde meu filho está?

Resolvi ir perguntar. Caminhei até o fim do jardim e entrei na floresta que era onde aquela silhueta estava, ao começar a me aproximar pude distinguir o que era, e não era uma pessoa...era um espantalho. 

Por que tem um espantalho aqui? Não tem nenhuma plantação...

No momento que eu me questiono sobre o motivo de haver um espantalho eu parei e observei mais de perto aquela coisa. No mesmo instante em que me aproximo do rosto daquilo, eu congelo, eu conhecia aquilo...aquilo era o meu filho. Logo dou um passo para trás e minha única reação é gritar.

- Mas que merda é essa?! Arthur...

O meu filho estava vestido e posto como um espantalho, em direção aos fundos de minha casa, e seu rosto estava com uma feição risonha como se estivesse rindo de tudo aquilo. Aquilo gerou uma sensação de enjoo e repulsa no meu estômago.

O mais bizarro era que não havia sangue nenhum em seu rosto e muito menos em sua roupa, mas havia moscas sobrevoando ao redor dele. 

Era como se ele estivesse ali a muito tempo...


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⏰ Última atualização: Nov 02, 2022 ⏰

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