Capítulo7: O quadro.

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Estávamos eu e Taylor a caminho do hotel LifeStar, onde mora a senhorita Felícia.

Ao chegarmos no hotel, nos apresentamos na portaria, e após nossa passagem ser concedida, fomos direto para o elevador que nos levaria ao andar de Felícia.

Chegamos em frente ao seu apartamento e batemos na porta, e não demora muito para ser aberta e vermos a garota de estatura média e cabelos pretos cacheados. Ela nos dá passagem para que entremos em seu apartamento.

— Bom, o que os trazem aqui? - perguntou ela indicando os assentos para nós sentarmos.

— Tivemos novas pistas da nossa investigação e achamos que você pode nos ajudar com ela.- explicou Taylor .

— Sou toda ouvidos, no que posso ajudar? .

— Queremos saber o que você sabe sobre o ex noivo da sua amiga a Lorena. - pergunto indo direto ao ponto.

Ao terminar minha frase vejo seus olhos escurecer, e sinto a dor que eles transmitem, ela olhou pelo canto do olho para o quadro e depois voltou a nos olhar e disse.

— O que exatamente vocês querem saber sobre ele? - ela perguntou ainda com um terrível brilho escuro em seus olhos.

— Onde ela o conheceu? - meu parceiro pergunta.

— Em uma festa de ano novo que a Lorena foi convidada para mostrar uma de suas artes, ela disse que não queria ir sozinha, então me convidou para ir junto. E lá ela o conheceu.

— Você poderia nos contar a história desde o início? Pelo seu ponto de vista ?- perguntei.

— Claro, bom ,depois que ela o conheceu na festa eles conversaram bastante, ele era gentil , educado ,engraçado, tinha tudo pra ser o cara perfeito, depois de um tempo eles acabaram  namorando, e foi aí que tudo começou. Ele era muito famoso como , crítico de obras de arte, o que sempre fazia com que ele fosse convidado pra muitos eventos, e ele sempre a levava a exibia como um troféu, dizia que ela era o " o talento escondido que tive a sorte de encontrar ". Até aí tudo estava bem, mas depois disso foi quando as cobranças começaram, pra ele nada que ela pintava estava bom, era sempre a mesma frase " falta vida, quase que não vejo arte nisso " , e foi aí que ela começou a se cobrar, a dar tudo de sí ,mas sempre era a mesma coisa " falta vida, sentimento " , eu falei com ela inúmeras vezes, que ele não estava certo, mas ela continuava se cobrando. Quando ela começou a pintar os quadros com a " vida" que ele queria ela já não sorria mais, os quadros eram mortos, não tinham o sentimento de antes, mas pra ele tudo estava perfeito, e quando elogiavam os quadros ele dizia " eu a incentivei e indiquei todas as técnicas durante todo o processo ". Um dia eu a pedi que pintasse um quadro como antes, ela cedeu e começou a pintar enquanto ela pintava, ela sorria dava risada dos erros..., após terminar de pintar ela disse que se separaria dele, e que voltaria a ser como antes, e foi o que aconteceu quinze dias depois, e aí veio a festa e o resto vocês já sabem. — explicou ela enquanto gesticulava.

— Por acaso, o quadro que a senhorita fala seria aquele?. —pergunto apontando para o  quadro da parede, onde enquanto ela  falava  sua atenção foi concentrada.

— Sim senhora, como sabia?.

— Palpite. – respondi de imediato.

— Senhorita Felícia, a senhorita nos deixaria levar o quadro para analisarmos mais de perto ?, mas é claro que após a análise o devovemos. – perguntou meu parceiro.

— Sim, sim podem levar, e pode chamar só de Felícia. – falou ela, um pouco desconcertada.

— muito obrigada Felícia; mais alguma coisa que queira acrescentar a sua narração da história?. – pergunto.

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