Capítulo 14 - Herdeiro

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Todos estavam na sala do trono. Veamond, Rhaenys e suas netas, Baela e Rhaena, Rhaenyra, Daemon, Luke, Jace, os irmãos de Rhaella e sua mãe. E no Trono de Ferro estava ele, Otto Hightower. Ele e Alicent haviam assumido o controle depois que a saúde do rei piorou. Ella não concordava com isso, mas o que poderia fazer? Era apenas uma princesa.

Rhaella se posicionou ao lado de Aegon, por mais que quisesse estar ao lado de Jace. Isso é um absurdo. O próprio Corlys Velaryon havia dito que queria Luke como seu sucessor.

— Bom, vamos dar início. — anunciou Otto. — Lorde Veamond, por favor.

O Velaryon aproximou do trono.

— Lorde Mão, Majestade. — fez uma referência. — Eu só estou aqui hoje para reivindicar o que é meu. Com o frágil estado de saúde de meu irmão o futuro de nossa casa está ameaçado.

— Isso é uma palhaçada. — disse Rhaenyra revirando os olhos.

— Por favor princesa Rhaenyra, permaneça em silêncio. — ordenou a rainha. — Em breve terá a chance de falar por seu filho. Continue meu lorde.

— Vossa graça, sei que fará o que é certo. É a única coisa que estou pedindo. Justiça. — ao terminar sua fala o homem voltou para seu lugar.

Ella revirou os olhos, que discurso ridículo, a única coisa que aquele homem quer é o poder, ele não está nem aí para o futuro de sua casa.

— Muito bem. — disse Otto. — A coroa levará em consideração seus pontos, meu lorde. Princesa Rhaenyra pode vir e falar em nome de seu filho, Lucerys Velaryon.

A mais velha deu alguns passos para frente, se posicionando onde estava Veamond. Ao colocar uma mão na barriga Rhaella percebeu o volume que havia ali. Sua irmã estava grávida, novamente. Se pudesse iria agora abraçá-la, mas teve de se conter.

— Obrigada... Permita-me lembrar essa corte que há vinte anos atrás nesse estado momento... — o som de portas se abrindo interrompeu a fala da Targaryen.

Todos olharam para vem quem estava vindo.

— Não acredito. — disse Rhaella em choque.

— Rei Viserys da casa Targaryen. — anunciou um guarda. — Primeiro de seu nome. Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens. Lorde dos Sete Reinos e protetor do território.

Todos se curvaram perante o homem. Rhaella pode ver seu avô se levantando do Trono de Ferro e deu  sorriso vitorioso, ele não deveria estar lá.

O velho rei andava com dificuldade ao tentar chegar em seu trono, recusando a ajudas de todos que se ofereciam.

A princesa estava tão feliz de ver seu pai em pé, achava que isso nunca aconteceria, ele estava definhando, apenas esperando a morte bater em sua porta. Mas pelo visto agora ele tinha uma motivação. Rhaenyra. Veio até aqui para defender sua filha e seus netos.

De certa forma, era um tanto triste. O homem não tinha essa força e determinação com nenhum de seus filhos com Alicent, mas com sua filha mais velha era diferente. Mas mesmo assim Ella ainda i amava e queria o seu bem.

— Irei sentar em meu trono hoje. — disse para sua Mão com dificuldade.

— Vossa graça.

Continuou sua luta para chegar ao trono, mas de repente parou e sua coroa caiu no chão, o som do outro batendo no piso evocou por todo o salão.

Então Daemon rapidamente pegou a coroa do irmão e tocou seu ombro.

— Já disse que estou bem.

— Irmão... Vamos. — ao ver que era Deamon, Viserys deixou que o ajudasse.

Quando finalmente estava sentado no trono Deamon colocou a coroa de volta na cabeça do irmão. Rhaella pode ver um pequeno sorriso nos lábios de ambos. Eles se amavam, embora não admitissem.

— Eu devo admitir... Minha confusão... Eu não entendo porque essas petições estão sendo ouvidas, sobre uma sucessão estabelecida. — dizia o rei, recuperando o fôlego a cada frase. — O único presente que pode oferecer uma... Visão mais aguçada sobre os desejos de lorde Corlys... É a princesa Rhaenys.  — todos encararam a Rainha Que Nunca Foi.

— De fato, vossa graça.

A mulher aproximou-se do rei, Rhaella sabia que Rhaenys faria a coisa certa, ela era uma mulher justa e sabe dos desejos de seu marido. Pelo menos é o que ela espera...

— Sempre foi da vontade de meu marido que Derivamarca passasse para Laenor Velaryon e posteriormente para seu filho legitimo, Lucerys Velaryon. Sua mente nunca mudou e nem o meu apoio a ele.

Um sorriso discreto se formou no rosto da princesa Targaryen.

— Aliás, — continuou Rhaenys. — a princesa Rhaenyra acaba de me informar seu desejo de casar seus filhos, Jace e Luke, com as netas de lorde Corlys, Baela e Rhaena. — o que? Rhaella não acreditou quando ouviu. Jace iria se casar. — Um proposta que eu concordo de coração.

Não. Era a única coisa que Rhaella conseguia pensar. Ela teria de ver o único garoto que realmente amou e ainda ama se casando com outra. Quando das lágrimas começaram a se acumular tentou disfarçar, não poderiam vê-la chorando, deve ficar feliz, e além do mais logo será prometida a outro...

Ela tentava não pensar nisso, mas era impossível.

— O assunto está resolvido novamente. — disse o rei. — Eu... Reafirmo Lucerys da casa Velaryon... Herdeiro de Derivamarca.

Polo menos de uma coisa de bom aconteceria nesse dia.

— Você quebra as regras e séculos de tradição. — dizia Veamond indignado. — Não pode fazer isso com a minha casa! Não pode dizer quem herda o nome Velaryon. Não. — ele falava calmo e assustador. — Não permitirei.

O rei o encarava com desgosto. Aquele verme estava desrespeitando o rei, a lei e a coroa. Mas logo iria ser posto em seu devido lugar.

— Aquilo não está certo! — gritou ao apontar para Like que se assustou com a atitude do homem. — Eles são...

— Diga. — falou Deamon.

Rhaella prendeu a respiração, algo iria acontecer ela podia sentir.

— Seus filhos são bastardos! E ela é uma puta!

Todos no salão se chocaram com as palavras do homem, como poderia dizer algo assim na frente do rei, ainda mais falando se sua família. Estava louco.

— Eu irei cortar sua língua por dizer tais atrocidades. — Viserys puxou sua adaga.

Mas antes que qualquer um pudesse dizer ou fazer algo a cabeça de Veamond Velaryon havia sido cortada ao meio, seus miolos se espelhavam pelo chão do salão junto de seu sangue.

Helaena e Alicent haviam desviado o olhar, ninguém em sã consciência gostaria de ficar olhando uma cena como está, mas Ella não conseguia, ela tentava virar a cabeça ou fechar os olhos mas seu corpo não a obedecia. Era como um transe, no qua estivesse presa, um pesadelo.

— Ele pode ficar com a língua dele. — falou seu tio de modo sombrio, limpando o sangue do homem em suas roupas e virando as costas para sair do grande salão.

Fire and Love | Jacaerys Velaryon Onde histórias criam vida. Descubra agora