Greta
Ligo o microondas e coloca a mamadeira do Aiko lá dentro pra esquentar, enquanto isso termino de tomar meu café junto com as duas meninas que trabalham aqui também.
Nesses últimos meses pode se dizer que eu estou praticamente morando aqui, vivo mais aqui do que lá em casa.
Quando vim trabalhar aqui morava apenas a Ema e o Aiko, coisa que eu achei absurdo, como que uma idosa e uma criança mora sozinha, por mais que a casa é em um bairro nobre e seguro se fosse eu não confiava.
Depois que a Ema me pediu pra passar a dormi aqui, junto do Aiko e dela eu não pude recusar, no início eu cuidava do Aiko e ajudava na faxina da casa e a ema fazes almoço, mas ela me disse que aquilo além de me cansar estava cansado ela também então a mesma decidiu contratar as meninas, uma pra limpeza e a outra pra fazer as nossas refeições.
Mas se tem uma coisa de que eu não abro mão é de fazer a mamadeira do meu bebê, a cada dia que se passa o Aiko fica mais lindo e fofo e quando ele me olha com aqueles olhinhos puxados e o cabelo bagunçado meu coração se derrete.
Há algum tempo ele vem me chamando de mama é claro que do jeito dele né, quando ele me chamou de mamãe pela a primeira vez eu enlouqueci, na verdade eu fiquei com muito medo da Ema brigar comigo, mas para a minha surpresa ela me disse: Nao se apavore querida, é normal ele tem um sentimento maternal por você, nos duas somos as únicas mulheres com quem ele tem contato e se ele já te ver como mãe dele, não sou eu que irei impedir.
Eu ainda fiquei um pouco temerosa, imagina na hora que o pai dele chegar e topar o menino me chamando de mãe, falando no pai dele eu não acho que esse sujeito seja muito responsável, sei que ele foi pra essa tal guerra por que foi obrigado, mas francamente, deixar a mãe e o filho pequeno praticamente abandonados em outro país já é crueldade.
Pouco tempo depois que ele começou a me chamar de mama, eu fiquei louca teve alguns dias em que eu até pensei em me afastar, me afastei levemente, eu só vinha depois que ele tomava café e ia embora as cinco da tarde mas o pior aconteceu, Aiko acabou tendo febre emocional e não queria saber da avó, quando a mesma pegava ele, Aiko berrava aos quatro ventos, parecia que sua vó tinha até espinho.
Depois que levei ele no médico junto da vó dele, o médico disse que era febre emocional e que eu fiz muito errado em me afastar dele por conta própria, no dia fiquei triste por saber que fui eu em que estava causando isso.
E depois disso eu me mudei pra cá de vez, finais de semana eu vou visitar meu irmão e vez ou outra levo o Aiko.
No dia que eu tiver um filho pra onde que eu for ele vai atrás, o meu neném que é meu filho de coração eu já levo ele pra todo lugar, é claro se a avó permitir já que o pai não está presente.
Sei muito pouco sobre o senhor Ken, mas pelo que a Ema me contou ele sofreu muito nos últimos dois anos, ele realmente parecia amar a falecida esposa, no escritório ainda tem um porta retrato dela, pelo menos eu acho que é ela, e a mulher era linda, pele branca e os cabelos loiros o que me surpreende já que os cabelos do Aiko são escuros, com certeza puxou os do pai.
Quando o microondas apita avisando que já deu o tempo certo saio dos meus pensamentos e vou até lá pegar a mamadeira pra levar pro meu menino.
Aiko tem manina de na hora que ele vai mamar ele se deita por cima de maneira atravessada e com uma mão eu o ajudo a segurar a mamadeira e com a outra ele alisa meu rosto. Lindo de mais.
Geralmente ele acorda na faixa das oito da manhã isso quando ele brinca a tarde toda do dia anterior, mas quando a tarde é monótona ele geralmente faz manha pra dormi e acorda cedo no outro dia.
Passo pela sala e vejo que a Ema está se alongando, essa é a rotina dela, por isso não aparenta ter a idade que tem.
__Bom dia ema! __ passo por ela e digo.
Ainda na mesma posição ela me responde:
__Bom dia.
Subo a escadaria da casa e vou até o quarto do Aiko, que é junto com o do pai, mas desde de que ele foi embora é o garotinho que ocupa o quarto.
Quando abro a porta que estava encostada pois antes de descer eu passei no quarto pra ver se ele ainda tava dormindo, e pra minha surpresa vejo ele todo enrolado no lençol e com o rostinho amassado já fazendo beiço pra começar a chorar.
Quando seus olhinhos puxados me vêem ele da um jeito de se levantar do berço e segura nas grades.
__Mama! __ diz eufórico, ando até ele e o mesmo de joga no meu colo.
__Bom dia Aiko. __ dou cheirinho em seu pescoço e ele gargalha.__ Vamos tomar uma dedeira?
Apesar de ter dois anos o vocabulário dele é muito escasso, ele diz algumas palavras e as vezes até frases inteiras, mas ainda tem muita dificuldade e o médico disse que é sempre bom estar estimulando ele a falar.
__Quelo dedeila deiça! __ outra coisa é que quando ele vai mamar de eu estiver por perto ele sempre se deita no meu colo para mamar.
No quarto tem duas poltronas perto da janela, alem da grande cama e do berço do Aiko, eu não durmo aqui, durmo no quarto ao lado mas a noite toda eu fico de olho no aiko.
Me sento em uma da poltrona e admiro a criança que mama sua mamadeira em meu colo alheia a tudo, tão lindo. São em momentos como esse que sei que faria tudo por esse menino, ele já tem meu coração, não me vejo mais vivendo sem ele.
Mais um capítulo! Espero que gostem!Vote e comente!
Beijinhos de luz 😘😘
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te quero pra minha vida
Literatura FemininaCONTÉM ERROS ORTOGRÁFICOS Ken um homem de 33 anos, marcado pela a dor teve sua esposa tirada da sua vida de maneira abrupta, quando sua esposa morre no parto ela lhe deixa o pequeno Aiko pra ele proteger e cuidar. algumas semanas depois Ken é convoc...