I WANNA BE YOURS

1.4K 140 24
                                    

AEMOND

Não havia um único outro ser no mundo capaz de fazer Aemond perder a cabeça, seu sobrinho ocupava todos os lugares. Um bastardo, que tem apenas a metade de sua altura, se ele o desafiasse para um duelo ali, o garoto não duraria nem duas batidas de espada. Mas ali estava ele, o desafiando na frente de toda a família. Mas com toda aquela coragem, o garoto estava com medo, seus olhos tremiam enquanto se mantinham fixos no único olho de Aemond.

-Com sua mãe aqui para cobri-lo com sua saia você tem coragem, mas diga isso novamente quando estivermos sozinhos, sobrinho...Aemond sussurrou num lento movimento de seus lábios, ele garante que apenas Lucerys ouviu.

-Eu não tenho medo de você, tio...

-Não tem...

-Não!

Um olhar esconde muitas coisas, no olhar do príncipe Aemond escondia sonhos, pesadelos que o atormentavam todas a noites, o deixando incapaz de dormir. Aemond sentiu uma dor em seu peito ao olhar para seu sobrinho, ele fechou seu olho enquanto as lembranças de seu sonho preenchiam sua mente. De repente a presença dos que estavam ali desapareceu, havia apenas ele e Lucerys.

Nos céus, a tempestade caia. Trovões ribombavam em volta do castelo,a chuva caia em volume pesado, e de tempos em tempos grandes explosões de relâmpagos branco-azulados iluminavam o céu como se fosse dia. O dia estava "tão escuro quanto coração do príncipe Aemond" 

O príncipe gritou em desespero enquanto no meio da tempestade Vhagar perseguia o pequeno dragão, seus comandos não surtiram efeito, Aemond gritou novamente quando viu Arrax bem a frente e gritou para que Lucerys pulasse de seu dragão, ele gritou, usando todas as forças de seus pulmões para que seu sobrinho pulasse que ele o agarraria impedindo que ele caísse, Aemond viu nitidamente o olhar de Lucerys, as lágrimas, o medo, o pavor nos olhos dele. o príncipe Aemond estendeu a mão, mas quando Lucerys estendeu de volta, ele viu sangue, suas mãos estavam cobertas pelo sangue de Lucerys.

Tudo estava girando em torno dos dois jovens príncipes, Lucerys não conseguia mais parar de olhar para seu tio, seus lábios trêmulos, suas mãos frias, ele sentiu que as batidas de seu coração estavam parando. Tudo parou em volta deles.

Era como se a tempestade tivesse engolido os dois numa nuvem escura e cheia de rancor.

Aemond conseguia ver a imagem mudar várias vezes, entre Lucerys que estava ali diante dele, e o garoto em completo desespero enquanto tentava fugir montado em seu pequeno dragão.Quem estava ali, presenciando tal cena não conseguiam nem por um minuto desviar o olhar entre Aemond e Lucerys, Rhaenira estava de olhos minimamente arregalados, daemon ainda estava tentando intender o que estava acontecendo. Jacaerys apenas revezava entre seu irmão e seu tio, completamente perdido no olhar indecifrável dos dois.

Viserys ajeitou a postura em seu acento, o rei mudou sua expressão, apenas concentrado em seu filho Aemond. Viserys franziu as sobrancelhas quando ele finalmente intendeu tudo. O rei imediatamente relaxou sobre seu acento, "Que os Deuses o ajudem".

O silêncio era mortal, ninguém conseguia se mover para cortar aquele clima, mas quando finalmente alguém se move, mas deixando tudo ainda mais confuso. Aemond e Lucerys cambalearam para trás, os dois piscando juntos, enquanto eles voltavam a realidade. Lucerys foi amparado por seu irmão, foi alicent quem amparou seu filho Aemond. Os dois príncipes se olharam novamente, Aemond abriu minimamente os lábios quando viu uma lágrima solitária escorrer da face confusa de seu sobrinho, mas apenas ele viu, pois Lucerys tratou de limpa-lá imediatamente.

-leve seu irmão para seus aposentos, jace. A voz de Rhaenira soou calma enquanto mantinha seu olhar em Aemond, jace apenas balançou a cabeça e levou luke com ele, o garoto estava assustado, tanto que nem viu que estava sendo levado para longe dali. Rhaenira caminhou até Aemond, parando bem diante do irmão.-Me responda irmão, o que acabou de acontecer aqui? O tom autoritário da princesa tirou Aemond de seu transe, o caolho passou a olhar a irmã parada diante dele exigindo respostas.

Presságio Onde histórias criam vida. Descubra agora