16. Sua

2.6K 194 317
                                    

N/A: Já aviso que esse capítulo está mais longo do que os anteriores e mais musical do que La La Land e Mamma Mia, então se gostarem de acompanhar a leitura com a trilha sonora indicada já preparem a garrafinha d'água, os fones de ouvido e o spotify. Boa leitura e usem protetor solar quando forem sair de casa!

(esse conselho não tem ligação alguma com a fic, mas sério, usem.)


──͙॓🦋̸̸֑֦ ࣱ


Eles dizem que estamos fora de controle e outros dizem que somos pecadores.

Mas não deixe eles estragarem nossos belos ritmos.

Eram completamente ridículas as reações que Maya podia causar em Carina somente por existir. A italiana já havia perdido as contas de quantas vezes tinha batido naquela porta e aguardado a loira lhe atender e, ainda sim, seu estômago não se acostumava com aquilo. Era como se as borboletas fizessem festa toda vez que estava prestes a ver de novo a sua amada.

DeLuca sabia que estava em débito com Bishop após ter desmarcado o jantar delas na quarta-feira, por isso fazia ainda mais questão de tornar aquele final de semana o mais especial possível para ambas. Tratou de pensar em cada detalhe para que não precisassem se estressar com compras durante os próximos dois dias.

Haviam combinado de fazer um fondue naquela noite, Maya ficaria responsável pelos salgados e pela bebida. Já Carina, ficaria responsável pela sobremesa. A fotógrafa preferiu ir ao mercado do shopping antes de ir para a casa da escritora - pretendia realizar outras compras no local.

— Oi! — Maya foi a primeira a falar assim que destrancou a porta, sorriu de forma contagiante ao ter aqueles olhos castanhos pousando em si.

— Oi! — Carina sorriu se sentindo um pouco desnorteada pela presença de Bishop.

A morena perdeu-se brevemente em suas fantasias ao notar os braços tão bem demarcados na regata que a outra usava, aquelas malditas regatas. Elas tornavam tão mais difícil conseguir desviar a atenção daqueles músculos. A calça jeans apertada no corpo também não facilitava as coisas para ela.

— Você precisa de um convite para entrar ou... — Maya brincou percebendo a divagação da mais alta.

— Oh... não, digo... sim, claro... han... acho que vou precisar de ajuda para pegar as coisas no porta-malas. — apontou para o carro.

A loira riu.

— Sem problemas. Vamos lá.

Maya ergueu seu braço como indicativo para que a outra fosse na frente, juntas elas trataram de pegar todas as sacolas e bolsas de Carina. Quando adentraram novamente a casa, DeLuca estava prestes a caminhar rumo a cozinha para colocar as frutas na geladeira quando sentiu os dedos da loira lhe envolver o pulso esquerdo, a fazendo parar.

— Acho que essas compras não estão com pressa de serem guardadas... — a escritora sussurrou enquanto livrava as mãos da outra das sacolas. — elas podem esperar um pouco. — sorriu uma última vez antes de conduzir suas mãos até a cintura bem delineada da morena, instintivamente Carina assentiu e deixou que seus braços se aconchegassem em volta do pescoço de Maya, que retribuiu inclinando o rosto para que seus lábios se tocassem.

Gentilmente a loira pediu concessão para que as suas línguas se deliciassem com aquele contato dolorosamente lento e saudoso.

— Ah... essa boca... — Bishop murmurou, dando alguns passos em direção a porta fechada atrás de DeLuca, parando apenas ao sentir as costas da italiana tocarem o material de madeira. A loira afastou as suas bocas minimamente apenas para fitar a mais velha derretida àquele contato, retirou suas mãos da cintura dela e com o indicador e o polegar da destra segurou o queixo de Carina enquanto sua canhota se apoiava ao lado do rosto da mulher. — ... eu senti tanta falta dela. — confessou em meio a um suspiro encurralando ainda mais a fotógrafa contra a porta, esta que reagiu pousando suas mãos no quadril dela e a puxando para mais perto.

TAKE ME TO CHURCH Onde histórias criam vida. Descubra agora