Sua promessa continuava intacta.
Era nisso que Carina se apegava. Era isso que importava no momento.
Mesmo que seu coração estivesse balançado com os momentos familiares que havia vivido no dia anterior, a promessa ainda estava intacta.
Os quatro passaram a tarde inteira na praia, aproveitando o sol e as ondas. O tempo voou enquanto riam, nadavam e construíam pequenos castelos de areia. Ao entardecer, decidiram encerrar o dia com um delicioso jantar à beira-mar. Escolheram um restaurante aconchegante no hotel, onde puderam saborear camarões frescos, acompanhados de uma variedade de outros frutos do mar.
O cansaço da viagem juntamente ao cansaço da praia fez com que Owen adormecesse rapidamente ao irem para a cama, Carina agradeceu aos céus quando percebeu que não haveria investidas naquela noite e que poderia dormir tranquila, com a sua consciência limpa.
Quando despertou na manhã seguinte, estava sozinha no quarto e percebeu um bilhete na cabeceira, com a letra do marido.
"Você estava dormindo tão pesado que eu não tive coragem de te acordar. Andrea e Tori pediram para fazer aulas de windsurf agora de manhã e eu vou os acompanhar. O café da manhã do hotel vai até às 10:00, já nos alimentamos. Bom dia!"
Carina checou o relógio que marcava 9:30 da manhã, tinha meia hora para levantar, trocar a roupa, lavar o rosto, escovar os dentes e correr para o salão principal do hotel, onde serviam o buffet do café da manhã.
Quando terminou de tomar o café percebeu que ainda tinha algumas horas livres para si e resolveu consultar um guia sobre os principais pontos turísticos das redondezas, um lugar que chamou a sua atenção foi o Museu de Arte Contemporânea de Honolulu, resolveu que iria visitá-lo.
O museu contemplava uma variedade de obras de arte moderna e contemporânea, incluindo pinturas, esculturas, fotografias e mídia digital, não foi atoa que Carina o escolheu para passar o tempo.
Ao adentrar o edifício icônico projetado por I.M. Pei, Carina ficou fascinada com a arquitetura moderna e imponente que a recebia. À medida que explorava as diversas galerias, sua admiração se transformava em uma jornada pelo mundo da arte contemporânea. Diante das obras vibrantes e provocativas expostas, mergulhou em um mundo de cores, texturas e conceitos, absorvendo a expressão artística de artistas locais e internacionais. Cada sala era uma nova descoberta, despertando sua imaginação e instigando novas reflexões.
Foi uma experiência transformadora, que reafirmou ainda mais o seu amor pela arte e nutriu sua criatividade. O museu também abrigava um café acolhedor, o qual Carina se direcionou para poder relaxar enquanto desfrutava de um cappuccino, a bebida que tinha gosto de lar.
Ao passo em que apreciava a bebida quente, o seu olhar viajava pelos arredores do espaço e sua atenção foi captada por uma loja de presentes, bem ao lado do café. As paredes de vidro revelavam um interior com uma variedade de itens relacionados à arte, livros, cartões postais, reproduções e objetos de design exclusivos.
Resolveu que após o cappuccino faria uma visita à loja de presentes mas, antes disso, tinha uma ligação importante a fazer. Um esboço de sorriso se revelou em seus lábios somente com o pensamento de ouvir aquela voz de novo, segundos depois de apertar no botãozinho da chamada a voz feminina soou do outro lado da linha.
— Residência da Bishop, a que devo a honra? — Maya brincou ao atender o telefone, arrancando um riso bobo da italiana.
— Eu não sabia que era possível sentir saudades da voz de alguém em tão pouco tempo assim...
— Droga, desse jeito você vai me fazer sair da personagem Bishop!
— Se serve de consolo eu prefiro a Maya, se puder passar a ligação para ela... — brincou.
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TAKE ME TO CHURCH
RomanceDe um lado, Maya Bishop, uma escritora assumidamente lésbica. De outro, a mãe de um jovem rapaz e esposa de um fiel pastor, Carina DeLuca, cujas crenças são questionadas quando o destino de ambas se cruzam e desse encontro nasce um profundo sentimen...