Capítulo sete.

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Olá Anjinhos

Como prometido, voltei.

Boa leitura...

                               ***♡***

A dor em seu rosto é excruciante, forçando-o a ficar consciente. Ele só deseja voltar para o sono escuro que escapou, mas a voz dele não deixa.

No começo, fica assustado ao se ver preso em braços fortes, mas depois relaxa com o jeito terno que ele o segura, protegendo-o dos movimentos de balanço que está fazendo. Quando para de ter medo que os braços que o seguram, iriam o machucar, ele consegue se concentrar nas palavras dele.

Kim Jongin está o segurando?

Seus pensamentos confusos não conseguem entender porque Jongin está aqui e não se importa. Ele está feliz por não estar mais sozinho. Não terá que continuar se mudando, com medo de nunca ser encontrado. Jongin o levará para casa. Tem tanta confiança nele com a sua segurança, como tem com Seungwoo e Hanse.

Pode ouvir o riso em sua voz enquanto fala. As histórias cheias de juventude não o fazem querer rir, no entanto. Não, sente uma solidão dolorida, porque perdeu a amizade que tanto significava para ele.

Não houve uma vez, enquanto crescia, que não sentia uma pontada em seu coração por não estar na vida dele. Amou Jongin antes mesmo de saber o que era amor. As melhores partes dos seus dias eram as que passava com ele.

Sempre que o via na cidade, era uma tortura evitar que a sua expressão revelasse o quanto se importava com ele. Não importava com quem estava, ou o que estavam fazendo, ele fingia que sua atenção estava focada nele. Quando estava sentado em uma mesa no restaurante com alguém, ele estava lá.

Quando estava sentado na primeira fila do cinema com Kris e Chen, ele também estava lá, sentado do outro lado dele. Quando estava na parte de trás do ginásio durante a formatura do jardim de infância de Mingyu, ele estava lá, segurando a sua mão. Quando ia fazer compras com Xiumin, ele estava lá, empurrando o carrinho e lhe dizendo para não esquecer o seu doce favorito. Quando enterrou Jennie e chorou sobre seu túmulo, ele estava lá chorando com ele. Ele achava que a amizade acabou no dia em que ele jogou a pulseira no chão aos seus pés. Não acabou. Ele só se ocultou.

Ele levou a pulseira para casa consigo, amarrando-a em seu pulso. Sua família acreditava que ele usava porque Seungwoo deu as contas. Essa não era a razão. Era porque Jongin a usou por aquele breve momento. Quando crescesse e fosse autorizado a ir para a cidade, ele a deixaria em casa, não querendo que Jongin a visse nele.

— Soo, tenho que te colocar para baixo. Minhas pernas estão doendo.

Ele se sente sendo levemente levantado e colocado no chão. Incapaz de ver e sentir seu toque reconfortante, tenta abrir os olhos novamente para se certificar de que não é um produto da sua imaginação.

— Pare! Ainda estou aqui. Deixe passar essa cãibra e depois sento de novo."

Sua tranquilidade não ajuda. Ele fingiu tantas vezes que estavam juntos que não sabe se está inventando isso em sua mente.

Ele lambe desesperadamente os lábios que parecem inchados, sentindo o alívio de gotas de água deslizando por sua garganta, em seguida, um pano frio sendo colocado sobre suas pálpebras.

Experimentalmente, tenta encontrar sua voz. — On...? Onde...estou...? — Finalmente consegue murmurar.

— Obrigado, doce Jesus.

Kyungsoo pode ouvir o alívio em sua voz quando o sente se agachar ao seu lado.

— Está na Black Mountain. O que aconteceu? Você pode me dizer?

Reivindicando o InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora