Capítulo oito.

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Olá Anjinhos.

Era pra sair ontem, mas dormi antes de conseguir terminar, e se tiver algum erro, corrijo depois.

Boa leitura...

                                 ***♡***


— Por que não vai sentar na varanda para pegar um pouco de sol? Farei um café para nós e sentarei com você.

Kyungsoo não desvia o olhar da televisão com a oferta de Hanse. — Não, obrigado. Estou assistindo um filme.

— Está no streaming. Pode recomeçar quando voltar.

— Agora não. — Puxando a manta que sua mãe tricotou antes de os deixar, Kyungsoo desliza mais para baixo no sofá, na esperança de que Hanse o deixe em paz.

— Vamos lá, mano, pelo menos para mim. Não é bom ficar sentado aqui dia após dia, assistindo televisão. Precisa sair, ficou confinado por dois meses. Poderia voltar a trabalhar por alguns dias na semana, preparar-se para voltar em tempo integral. — Hanse bajula.

— Não quero assustar as crianças. Além disso, conversei com Choa. Ela vai comprar a creche.

Meio deitado do outro lado do sofá, Seungwoo tira os pés da mesa de café para o chão de madeira. — O inchaço do seu rosto quase desapareceu e as contusões também. Parece pior para você, porque está constantemente olhando no espelho procurando por elas. Quando decidiu que não quer mais a creche?

— Ontem, quando ela ligou para me perguntar como estava. — Ele olha para a televisão com tanta força, que fica surpreso por não estar derretendo em um pedaço de plástico.

— Soo, tudo que sempre quis foi trabalhar naquela creche. Por que a venderia?

— Não me interessa mais.

— Não venda. Colocou seu sangue, suor e lágrimas nesse negócio. Dê mais tempo. Iremos passar por isso...

Kyungsoo friamente se vira para encarar Seungwoo. — Fui eu quem foi espancado e largado do lado de uma montanha. Não você, não Hanse. Apenas eu. E nunca superarei isso.

— Você se sente assim agora, mas em alguns meses, pode se sentir diferente. Mas se vender a creche, tudo irá acabar de vez. — Argumenta Seungwoo, sentando-se no sofá.

— Isso é tudo o que posso pensar.

— Precisamos encontrar outro terapeuta, porque o que ele tem agora não está ajudando.

Kyungsoo empurra a manta para longe, deslizando as pernas para fora do sofá, irritado por Hanse estar falando em substituir seu terapeuta para Seungwoo e não para ele. — Não preciso que você tome decisões por mim. Estou sozinho desde os dezoito anos. Se quiser ajudar, vá até o mercado para mim. Coloquei uma lista na geladeira. E não esqueça das batatas fritas. Você comeu a última.

Kyungsoo sai do sofá e vai para a cozinha. Pegando um copo, prepara um chá gelado.

Enquanto tira o gelo do congelador, vê que Hanse tirou a lista da porta.

— Eu disse que não vou comprar...

Kyungsoo bate a jarra de plástico de chá no balcão, fazendo Hanse pular com o som. — Não vou para a cidade só porque está com vergonha de comprar óleo hidratante! — Grita, vendo Hanse dar um passo para trás do balcão. — Peça as malditas compras online, vá até a loja e as pegue. Não me importo como você fará isso, apenas faça! Jesus.

— Vou para a loja. Acalme-se. — Interrompe Seungwoo, saindo do sofá para pegar as chaves da caminhonete.

— Eu vou. — Hanse dá um olhar desconfiado, dando a volta no balcão para tentar tirar as chaves de Seungwoo.

Reivindicando o InimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora