— Então, vou passar o fim de semana fora — disse Harry casualmente no café da manhã de sexta-feira, e Ron e Hermione ficaram em silêncio.
— Como assim? — Ron franziu a testa.
— Em uma viagem. Snape e eu vamos à convenção de Mestres de Poções e Boticários nas Terras Altas. — Ele se ocupou em colocar geleia na torrada para evitar os olhares gêmeos. — Neville e Luna também estão indo.
— Mesmo? — Ron pareceu surpreso, e Harry se lembrou desconfortavelmente de que ele não fazia muitas vezes - ou realmente nunca - coisas sem Ron.
— Sim, o mestre Boticário está enviando Luna para estocar e Neville quer procurar alguma raça de planta rara.
Harry havia perguntado a eles no início da semana, imaginando que haveria força nos números. Ele estava estranhamente relutante em contar a Ron e Hermione - ele tinha a sensação de que eles ainda não entendiam por que ele escolheu Snape como seu Patrono, pelo que ele não podia culpá-los. Ele estava tão incerto sobre seus próprios motivos que não quis falar sobre isso.
— Isso não parece muito seguro — Hermione interrompeu. — Um lugar como esse certamente estará cheio de bruxos das trevas.
— Nem todo mundo que usa magia negra é Comensal da Morte — disse Harry.
— Não seja ingênuo! — ela disse, sentando-se ereta. — Há muitas pessoas que ficariam felizes em ver vocês dois mortos, independentemente de terem sido oficialmente Marcados por Você-Sabe-Quem ou não.
— Eu posso cuidar de mim mesmo — ele retrucou. — E Snape também pode.
— Ela tem razão - entrar em um acampamento cheio de bruxos das trevas não parece uma boa ideia para você ou Snape — disse Ron. — É diferente para Nev e Luna. Embora se eles estiverem indo com você, eles também podem estar em perigo.
Harry se levantou, seu apetite desapareceu de repente.
— Eu vou e ponto final. Se vocês dois já tiverem terminado de se manifestar, tenho que ir para o treino de quadribol
— Não estamos 'manifestando', Harry, estamos tentando cuidar de você — Hermione protestou.
— Eu não preciso de cuidados — disse Harry, batendo a mão na mesa. — Pela primeira vez na vida, preciso que as pessoas me deixem decidir as coisas sozinho!
Hermione bufou.
— Bem! Já que você não está interessado em ouvir a razão, acho que ninguém pode impedi-lo de qualquer maneira!
Ela empurrou a cadeira para trás e saiu da sala. Harry ouviu a porta da frente bater e o barulho alto da Aparatação vindo do corredor.
Rony se levantou.
— Desculpe — disse ele. — Eu deveria ir atrás dela.
— Tudo bem — disse Harry cansado.
Ele parou na porta.
— Você sabe que não precisa fazer isso por Snape, certo? Existem outras maneiras de encontrar ingredientes raros para poções. George encomenda todos os seus produtos diretamente dos distribuidores.
— Eu quero fazer isso — disse Harry. — Faz parte do nosso acordo.
Ron assentiu.
— Bem, ainda acho que você é maluco por querer ter algo a ver com ele, mas talvez tenhamos passado um pouco dos limites. De qualquer forma, o patrocínio é seu
.
O dia da chave de portal amanheceu no final de julho. Harry informou a Dalton que perderia os treinos de verão por dois dias e fez as malas. De acordo com Snape, a reunião era tão grande que um dia não seria suficiente. Eles acampariam no local durante a noite. Harry, por sua vez, estava muito feliz por não ter de pegar a chave de portal dois dias seguidos. Ele estava nervoso - não tinha certeza se era pelo perigo em potencial que estariam correndo ou pela ideia de dividir a barraca com Snape. Nenhum dos motivos fazia muito sentido para ele.
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The Patron | Snarry
Hayran KurguHarry chega à idade em que deve enfrentar um Patrono, alguém que o ajudará a navegar na sociedade bruxa. Nunca fazendo as coisas pela metade, ele escolhe Severus Snape - e o que ele recebe é muito mais do que uma orientação. Severus sempre foi inexo...