Estrelando: Jungkook Krueger

580 94 58
                                    

Estou o arrastando pelo braço diante do olhar confuso de Mai

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Estou o arrastando pelo braço diante do olhar confuso de Mai. 

Passamos pela fileira carros do estacionamento. Conduzo Jungkook até uma distância segura, a ideia é que eu possa manter os olhos na pequena Mai e gritar com ele à vontade, sem que ela escute. 

Ela parece até um anjinho de longe, sentada na própria mochila enquanto joga alguma coisa em seu tablet. Era tudo que eu queria que fizesse nos últimos quinze minutos. Era tudo o que precisava fazer. Se estivesse quietinha, sentada como um pequeno budinha calmo no templo, eu não estaria nessa situação agora, arrastando Jungkook e seu imenso ego para mais uma sessão de auto humilhação.

Quando o empurro contra um dos carros, suas sobrancelhas estão arqueadas de maneira divertida para mim. Meu olhar está quase lhe dizendo que, tire agora essa  expressão de deboche da cara ou vai tomar belo soco no seu não-tão-belo-rosto, mas então percebo que ainda mantenho minhas mãos nele e o solto do agarre imediatamente, como se ele fosse o hospedeiro de um vírus contagioso.

—  O que diabos você pensa que está fazendo? —  Arfo, irritada demais para uma conversa civilizada. 

— O que foi? — Há uma confusão muito forçada em seu tom de voz. 

— O que foi? — Imito seu tom de voz, mas há um quê de lentidão e mongolisse proposital, para que ele se pareça com um idiota. — Que merda foi essa agora pouco? Como você pôde dizer pra Mai que tocaria na festinha dela, sua besta quadrada? —  Cuspo as palavras em cima dele como uma metralhadora, meio agressiva, mas isso não o abala nem um pouco.

—  Sabe, qualquer outra pessoa se sentiria muito agradecida e honrada no seu lugar — diz ele, com uma expressão esperta demais no rosto. — Você não está sendo nada educada, Mila.

—  Meu nome é Miles!

—  Pois é, eu sempre acabo me esquecendo. 

E ri, como se fosse a coisa mais engraçada do mundo. É como uma piada que algum tio boboca sempre repete nas festas de fim de ano, porque ele me olha como quem diz: "Você sempre cai." 

— Seu... Argh! Não sei nem expressar a raiva que estou sentindo de você nesse momento. Tudo bem que você goste de me irritar, mas usar a Mai pra fazer isso é um jogo extremamente baixo. Você deveria se envergonhar de sair por aí iludindo garotinhas de sete anos de idade e destruindo os sonhos delas.

— Ei, alto lá! Eu não estou a usando para te provocar. Como você esperava que eu dissesse não para uma garotinha? Isso sim destruiria os sonhos dela.

O sorriso sabichão em seu rosto some e dá lugar a um semblante indignado, como se eu tivesse ofendido sua geração de ancestrais inteira. Uma pequena ruga se forma em sua testa e eu sinto que vou explodir porque, de repente, por apenas um segundo, eu o acho fofo. Mas, ei, qual é? É um cara de aproximadamente um metro e oitenta falando sobre não destruir os sonhos de uma garotinha, me dou um passe-livre para baixar a guarda.

Dano Colateral - JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora