15). Abalo

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Zayn se sentou em um movimento lento, digerindo à força o que tinha acabado de ouvir, lentamente, torcendo para que não passasse de um pesadelo terrível. 

— Como isso aconteceu? Como ele está? — questionou, com o tom quebrado e coração disparado.

— Ele mesmo pode te dizer. — Yasser o tranquilizou, embora para Zayn isso parecesse uma forma de camuflar que o caso de Niall poderia ser mais grave do que estava contando. 

Ao lado de Liam, seguiu o pai pelo corredor e assim que viraram, um policial conduzia Diaval, que estava algemado, se locomovendo em uma cadeira de rodas. O odio guiou Zayn a antecipar seus passos e caminhar ate o criminoso, o atacando na face com uma serie de socos, sem que ninguém esperasse. 

— Desgraçado, cretino, miserável. O que fez com ele? — perguntou, ao passo em que falhamente foi segurado pelo homem da lei. Diaval riu, se divertindo com o descontrole do segurança. 

— Nada muito diferente do que eu teria feito com este daí. — apontou para Liam, que engoliu seco, tanto por estar assustado, quanto pela situação toda em si. — Tiveram muita sorte, Malik…

— A sorte é sua por não estar livre, porque se estivesse, eu teria o prazer de acabar com esse sorrisinho desgraçado desfigurando a porcaria desse teu rosto. — e avançou novamente, chegando a derrubar Diaval e agredi-lo como se fosse a pior miseria do planeta, sem se importar com o gesso na perna e o braço dele igualmente enfaixado.

— Javadd! Agora chega. — Yasser o repreendeu, apaziguando os ânimos do filho. 

— Zayn, por favor. Se acalme. — Liam pediu, apavorado pela versão animalesca do segurança. 

Zayn respirou fundo e deixou que a voz mansa de Liam abrandasse seu interior. 

— Mais uma cadela pra te deixar amestrado? Você é mesmo um cafetão de sorte… — Diaval provocou ao ser ajudado pelo policial e se sentou novamente.

— O seu sangue é podre, mas espero que ele lave essa boca suja antes que cometa a burrice de falar o que seja das pessoas que amo! Você vai pagar, miserável. — cuspiu em sua face e ate faria mais se Yasser não intervisse novamente. 

— Isso ainda não acabou, Zayn. Fique de olhos bem abertos. Malévola ainda pode voar sem que eu seja as suas asas. — o alertou, enquanto era conduzido para longe. Os risos tinham cessado em meio aos golpes de Zayn e restou apenas rancor e vontade imensurável de se vingar. 

Zayn bagunçou os próprios cabelos, chutou a porta do banheiro e grunhiu, adentrando o espaço. 

— Não devia ter feito isso. Onde estava com a cabeça? — Yasser se controlou para não gritar também. 

— Eu odeio esse idiota. Tomara que apodreça atras das grades. — disse Zayn, enojado e ainda enfurecido com o ex comparsa. 

— E pelo visto,  você gostaria de terminar da mesma maneira, não é? — perguntou Liam, abraçando o próprio corpo. 

— Ele mereceu. Ele mereceu cada maldito soco e ainda foi pouco. — Zayn mostrou que não se arrependia e deu a entender que a opinião de Liam naquele instante não lhe valia muita coisa. 

Se virou, encarou o reflexo no espelho e procurou manter a calma.

— Lave o rosto e esteja apresentável para o seu amigo. Ele está ansioso e preocupado. — Yasser o orientou, com a mão em seu ombro. 

Zayn seguiu o conselho do pai e aceitou o papel toalha que lhe ofereceu. Respirou fundo outra vez e não hesitou em segurar a mão de Liam para que o acompanhasse ate Niall. 

Limiar - ZiamOnde histórias criam vida. Descubra agora