E aqui está o começo da visita de Matheo a Aguas Cálidas... E a primeira revelação bombástica que o aguardava "de braços abertos" na casa da mãe... Ai Ai Ai... O que será, hein!?
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(segunda - terça-feira)
E finalmente o tão aguardado dia de partirem.
Matheo foi com Herbert pegar o ouro que Bartolomeu lhes prometera e retornaram à Vila para compartilhar com os guardas e Pablo, e para se despedirem, já que tomariam o rumo de Aguas Cálidas naquela tarde.
— Fica com a minha parte. — Matheo insiste para o amigo.
— Não é justo. Tome aqui.
— É seu. — e recusou-se a recebê-la. — Pela amizade... — e ergueu a caneca para Herbert.
— Pela amizade... — devolveu o amigo, ainda surpreso com o ato.
Brindaram de maneira bruta, derrubando parte do líquido sobre a mesa.
O grupo inteiro estava reunido à mesa no almoço de despedida. Pegaram a estrada logo depois. Cada um para o seu destino.
**********
Matheo e Herbert levaram menos de um dia para chegar a Aguas Cálidas, fazendo só uma parada para dormir em um pequeno povoado.
Entrando na Vila, Matheo manejava seu cavalo a trote lento, com Herbert logo atrás. Atravessaram o agrupamento de casas até tomarem outra estrada, que recortava as montanhas, beirando o mar.
A vista era deslumbrante.
Cavalgaram por mais vinte minutos pela estrada erma, até avistarem algumas casas. Estas, diferente das da Vila, eram incrustadas nos penhascos e totalmente voltadas para o oceano verde límpido.
As casas foram erguidas com uma distância confortável umas das outras, pelo habilidoso construtor que criou o arrojado método de "pregar" casas nos morros. Por isso, eram tão peculiares e, até onde se sabia, exclusivas daquele povoado.
Herbert ficou fascinado pelo lugar. Algo completamente diferente de tudo que já tinha visto.
Matheo cavalgou mais um tanto pela estrada que contornava o oceano e logo tomou um pequeno acesso de chão batido que quase não se enxergava. Subiram o morro íngreme até atingirem seu platô, transformado num grande pátio de terra ocre, com um pequeno estábulo ao fundo, outro pequeno prédio, que Matheo não conhecia, do lado esquerdo e a encantadora casa propriamente, ao lado direito, que, assim como as outras, era totalmente "pendurada" no morro.
Assim que alojaram os animais no estábulo, já estava à porta uma senhora de meia-idade, de pele dourada e um tanto judiada pelo sol, aguardando os dois se aproximarem.
Quando foram chegando perto...
— Ai, Meu Pai!!! Não acredito que é o meu menino... Matheo!! Que lindo homem! Que benção dos Céus!!!
Ele, mesmo sem graça pela reação da senhorinha, não pode evitar um largo e raro sorriso.
— Oi 'bá'... — e a abraçou com carinho mais um beijo na testa.
A "bá", sem cerimônia, puxou a cabeça desproporcionalmente grande de "seu menino" até os lábios e tascou-lhe um beijo na testa. Matheo teve que se dobrar ao meio, pois a senhora não media mais que um metro e meio de altura.
— Herbert... Esta aqui é dona Aurora que cuidou de mim desde os oito anos, quando chegamos aqui, até eu sair de casa, aos dezoito...
— Dezessete anos! — corrige a senhora, ainda encantada com a visita inesperada, depois de tantos anos sem vê-lo.
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(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 2
Historical FictionE nossa história continua... Derrotada de todas as formas por Matheo, só resta a Laila conformar-se com o inevitável e aceitar o seu infame destino. E depois de cumprir a desonrosa missão, tudo estará perdido? Para ela, com certeza sim, mas...