(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 2

Cap.44 - Novo cargo

Nesse capítulo, voltamos um tantinho no tempo para entender como foi a nomeação de Matheo para Chefe da Guarda de LaViera.

Aproveitem! Bjs Vivi

❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎ ❤︎

(............. terça - sexta-feira Pós-Almendras)

Rei Fernan havia convidado Matheo para ser o Chefe da Guarda, logo que ele retornou de Almendras.

No mesmo dia, ele foi com Herbert até a Taberna.

— Preciso falar... Tem alguns minutos?

— Que é...?

— Fernan me chamou ontem pra ser o Chefe da Guarda dele. — sem rodeios.

— E você aceitou??!

— Lógico que não! Disse que iria falar com o grupo primeiro. — atitude surpreendente que chamou atenção de Herbert.

Conhecendo a natureza egoísta do líder e o ímpeto para tomar decisões unilaterais em nome do grupo, estava realmente surpreso.

— E aí?! O que acha? — Matheo queria ouvi-lo.

— Diga você, quais as condições.

— Bem... Na verdade ele tá preocupado com a aproximação dos invasores à Região. E também, pelo esquema de ajuda aos aliados estar funcionando, acabou por me convidar.

— Mas você ainda não disse o que você acha.

Matheo riu, como poucas vezes, antes de passar a conviver com Laila, obviamente.

— Você sabe que...

— Sei.

— A minha decisão não tá relacionada ao que Fernan quer ou deixa de querer...

Herbert riu também.

— Pra mim... Dane-se isso!

— Eu sei.

— Mas é algo que impacta o grupo, por isso, quero escutar primeiro de você, o que pensa. Considerando que é o único que sabe o motivo que me faria aceitar.

Herbert estava lisonjeado com a atitude do amigo em dividir uma decisão tão importante, mesmo que as razões dele fossem muito além do futuro do grupo. Realmente Matheo estava mudado e o motivo só podia ser ela...

Mas, de novo, sentiu-se apreensivo com a transformação em suas vidas. Já tinha pensado nisso antes, só que, dessa vez, ela batia com força à sua porta. Era o divisor de águas do qual temia profundamente. E precisava de uma decisão que o aguardava ali, "parado à sua frente".

Herbert não sabia o que responder. Como poucas vezes, sentiu-se encurralado.

Matheo reparou que o amigo parecia desconfortável, encolhido no banco da Taberna, os braços apoiados nos joelhos, o olhar no horizonte, não sabendo o que fazer com as mãos.

— Você sabe que, independente dos motivos, acho que é um bom momento também pra pensar o que quer da vida, Herbert. — Matheo aconselha, tranquilo como nunca.

— Concordo.

— Se quiser continuar combatendo invasores... Eu acho uma boa ficar aqui, fazendo isso da forma estruturada como é hoje.

— Bem... Não sei muito o que dizer.

— Se for do interesse de vocês, pensei em negociar com Fernan, posições pra cada um.