Cap.41 - Exames Finais (Parte I)

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E se preparem! Pois vem confusão por ai...  Aproveitem mais esses capítulos! Bjs mil!!!

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(segunda - terça-feira)

Laila seguiu animada para a Escola, confiante que sabia tudo que precisava para ir bem no exame daquele dia.

Antes que começasse...

— Ramon, bom dia.

— Bom dia, Alteza. — o rapaz coloca-se de pé, desajeitado.

— Poderíamos seguir para a Biblioteca depois deste exame, para uma última revisão de Cálculo? — e procura não constrangê-lo, caso ele não pudesse atender o seu pedido.

— Alteza... Bom... Hum, hum... Desculpe-me... Mas não poderei ficar esta tarde.

O colega parecia acuado. Ela nunca o tinha visto tão estranho.

— Ahhh... Que pena... E que tal amanhã?

— Bem... Desculpe-me também.

— Tudo bem... Quem sabe uma próxima... — e o deixa, contrariada, para acomodar-se à sua mesa, ainda desentendida da recusa do rapaz.

Mesmo que fosse estudar sozinha, Laila resolveu permanecer na Escola aquela tarde. Precisava concentrar-se e não havia lugar melhor para isso. Ainda mais, com aquela persona non grata circulando pelo Castelo, parecendo fazer questão de estar nos mesmos lugares que ela, a perturbá-la, desconcentrá-la, sabe-se lá... Somada a inexplicável "trégua" do fim de semana.

Antes de ir ao refeitório, porém, Laila deveria avisar Jafé que não retornaria ao Castelo.

Enquanto caminhava para o prédio de apoio para se encontrar com o pagem, ela passou por uma sala vazia e viu Ramon lá no fundo, sozinho. Parecia estudar. Ficou aborrecida em saber que estava ali e que tinha se negado a ajudá-la, coisa que parecia fazer de muito bom grado nos últimos dias.

Continuou caminhando...

De repente, não se aguentou mais e voltou até a sala onde o colega estava.

— Ramon?

— Alteza? — ele se levanta da cadeira, bem sem graça.

— Não sabia que estava na Escola.

— Bem...

— Não precisava inventar uma história, Ramon. Se não quisesse mais estudar comigo, era só dizer... Eu entenderia.

— Alteza... Desculpe-me. Se fosse por mim, eu não me importaria de ajudá-la.

Laila ficou sem compreender o comentário.

— Mas... É que...

— O quê houve?

— Não... Nada.

— Ramon... Precisa me contar.

— Bem... Um homem veio me procurar dias atrás. Um homem gigante... Identificou-se como da guarda de seu pai. E disse que eu deveria me afastar de Sua Alteza. Falou em represálias... E eu... Eu fiquei receoso... Jamais imaginei representar qualquer risco à senhorita.

Laila perdeu o chão no mesmo instante, fechou os olhos e respirou fundo para não explodir, pois é certo que Ramon não entenderia.

— Ramon... Ouça-me...! Não precisa se preocupar quanto isso, está bem? Eu mesma me entenderei com meu pai e os responsáveis da guarda. Não há o que temer... Nada vai te acontecer. — e o tranquilizou como podia, ainda queimando de raiva com o atrevimento daquele ser detestável.

Quando parecia que ia melhorar, era pega de surpresa por um absurdo desse...

— Se não se importar, podemos marcar os estudos para amanhã? Assim terei tempo de falar com meu pai.

— Por mim... Bem... Está ótimo. Amanhã depois da prova?

— Combinado. Amanhã depois da prova. — e desistiu, no mesmo instante, de estudar na Escola, retornando ao Castelo para almoçar com os pais e relatar o absurdo que acabara de saber. Motivo mais que genuíno para retaliar aquele monstro com dados e fatos.

• • •

— Mas, meu tesouro... Não acredito que Matheo tenha feito uma coisa dessa...

— Pai! Ele assustou meu colega. E ameaçou...

— Filha... Não precisa implicar com Matheo.

— Não estou implicando, pai... De verdade, est...

— Meu tesouro... Matheo está completamente atarefado com a capacitação de nossos guardas. Não creio que tivesse tempo para essas... amenidades... — insinuando que o relato da filha não tinha importância alguma.

Ela foi ficando vermelha... Respirava fundo para não começar a chorar.

Isaboh nem se intrometeu no diálogo. Mas estava surpresa com o estado da filha. Como poderia alterar-se tanto, com qualquer assunto relacionado a Matheo?

Mais alguns minutos em silêncio.

— Tens razão, meu pai. Deve haver algum mal entendido nessa história.

— Claro que há, tesouro.

— Mas, para desfazer essa percepção desconfortável que Ramon possa ter em relação à gente e até, como forma de agradecimento por ter me ensinado praticamente tudo que sei de Cálculo... gostaria de trazê-lo aqui amanhã.

— Como? — desentendido.

— Quero que Ramon venha pra cá comigo, depois da prova. Assim, ele almoça conosco, conhece os senhores, os senhores o conhecem também, eu apresento o Castelo a ele e ficamos a tarde na Biblioteca para estudar.

— Me parece... razoável... Mas quem exatamente ele é?

E Laila se pôs a contar o pouco que sabia sobre as origens do colega. De onde ele veio, filho de quem era...

• • •

Assim que acabaram a refeição, a princesa deixou o Salão direto para o quarto.

Enquanto fazia o trajeto, ela pensava sobre o que acabara de propor aos pais. Era um fato que precisava se redimir com Ramon. Mas convidá-lo para ir ao Castelo...?! Será que era a melhor forma de fazer isso?

É lógico que não!

Como não pensei nisso antes, Meu Deus??!! 

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Curtindo, meus amores? Contem-me tudo! Não me escondam nada, hein?! bjs ;-)

(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora