E se preparem! Pois vem confusão por ai... Aproveitem mais esses capítulos! Bjs mil!!!
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(segunda - terça-feira)
Laila seguiu animada para a Escola, confiante que sabia tudo que precisava para ir bem no exame daquele dia.
Antes que começasse...
— Ramon, bom dia.
— Bom dia, Alteza. — o rapaz coloca-se de pé, desajeitado.
— Poderíamos seguir para a Biblioteca depois deste exame, para uma última revisão de Cálculo? — e procura não constrangê-lo, caso ele não pudesse atender o seu pedido.
— Alteza... Bom... Hum, hum... Desculpe-me... Mas não poderei ficar esta tarde.
O colega parecia acuado. Ela nunca o tinha visto tão estranho.
— Ahhh... Que pena... E que tal amanhã?
— Bem... Desculpe-me também.
— Tudo bem... Quem sabe uma próxima... — e o deixa, contrariada, para acomodar-se à sua mesa, ainda desentendida da recusa do rapaz.
Mesmo que fosse estudar sozinha, Laila resolveu permanecer na Escola aquela tarde. Precisava concentrar-se e não havia lugar melhor para isso. Ainda mais, com aquela persona non grata circulando pelo Castelo, parecendo fazer questão de estar nos mesmos lugares que ela, a perturbá-la, desconcentrá-la, sabe-se lá... Somada a inexplicável "trégua" do fim de semana.
Antes de ir ao refeitório, porém, Laila deveria avisar Jafé que não retornaria ao Castelo.
Enquanto caminhava para o prédio de apoio para se encontrar com o pagem, ela passou por uma sala vazia e viu Ramon lá no fundo, sozinho. Parecia estudar. Ficou aborrecida em saber que estava ali e que tinha se negado a ajudá-la, coisa que parecia fazer de muito bom grado nos últimos dias.
Continuou caminhando...
De repente, não se aguentou mais e voltou até a sala onde o colega estava.
— Ramon?
— Alteza? — ele se levanta da cadeira, bem sem graça.
— Não sabia que estava na Escola.
— Bem...
— Não precisava inventar uma história, Ramon. Se não quisesse mais estudar comigo, era só dizer... Eu entenderia.
— Alteza... Desculpe-me. Se fosse por mim, eu não me importaria de ajudá-la.
Laila ficou sem compreender o comentário.
— Mas... É que...
— O quê houve?
— Não... Nada.
— Ramon... Precisa me contar.
— Bem... Um homem veio me procurar dias atrás. Um homem gigante... Identificou-se como da guarda de seu pai. E disse que eu deveria me afastar de Sua Alteza. Falou em represálias... E eu... Eu fiquei receoso... Jamais imaginei representar qualquer risco à senhorita.
Laila perdeu o chão no mesmo instante, fechou os olhos e respirou fundo para não explodir, pois é certo que Ramon não entenderia.
— Ramon... Ouça-me...! Não precisa se preocupar quanto isso, está bem? Eu mesma me entenderei com meu pai e os responsáveis da guarda. Não há o que temer... Nada vai te acontecer. — e o tranquilizou como podia, ainda queimando de raiva com o atrevimento daquele ser detestável.
Quando parecia que ia melhorar, era pega de surpresa por um absurdo desse...
— Se não se importar, podemos marcar os estudos para amanhã? Assim terei tempo de falar com meu pai.
— Por mim... Bem... Está ótimo. Amanhã depois da prova?
— Combinado. Amanhã depois da prova. — e desistiu, no mesmo instante, de estudar na Escola, retornando ao Castelo para almoçar com os pais e relatar o absurdo que acabara de saber. Motivo mais que genuíno para retaliar aquele monstro com dados e fatos.
• • •
— Mas, meu tesouro... Não acredito que Matheo tenha feito uma coisa dessa...
— Pai! Ele assustou meu colega. E ameaçou...
— Filha... Não precisa implicar com Matheo.
— Não estou implicando, pai... De verdade, est...
— Meu tesouro... Matheo está completamente atarefado com a capacitação de nossos guardas. Não creio que tivesse tempo para essas... amenidades... — insinuando que o relato da filha não tinha importância alguma.
Ela foi ficando vermelha... Respirava fundo para não começar a chorar.
Isaboh nem se intrometeu no diálogo. Mas estava surpresa com o estado da filha. Como poderia alterar-se tanto, com qualquer assunto relacionado a Matheo?
Mais alguns minutos em silêncio.
— Tens razão, meu pai. Deve haver algum mal entendido nessa história.
— Claro que há, tesouro.
— Mas, para desfazer essa percepção desconfortável que Ramon possa ter em relação à gente e até, como forma de agradecimento por ter me ensinado praticamente tudo que sei de Cálculo... gostaria de trazê-lo aqui amanhã.
— Como? — desentendido.
— Quero que Ramon venha pra cá comigo, depois da prova. Assim, ele almoça conosco, conhece os senhores, os senhores o conhecem também, eu apresento o Castelo a ele e ficamos a tarde na Biblioteca para estudar.
— Me parece... razoável... Mas quem exatamente ele é?
E Laila se pôs a contar o pouco que sabia sobre as origens do colega. De onde ele veio, filho de quem era...
• • •
Assim que acabaram a refeição, a princesa deixou o Salão direto para o quarto.
Enquanto fazia o trajeto, ela pensava sobre o que acabara de propor aos pais. Era um fato que precisava se redimir com Ramon. Mas convidá-lo para ir ao Castelo...?! Será que era a melhor forma de fazer isso?
É lógico que não!
Como não pensei nisso antes, Meu Deus??!!
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Curtindo, meus amores? Contem-me tudo! Não me escondam nada, hein?! bjs ;-)
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(COMPLETO) Laila Dómini - Livro 2
Historical FictionE nossa história continua... Derrotada de todas as formas por Matheo, só resta a Laila conformar-se com o inevitável e aceitar o seu infame destino. E depois de cumprir a desonrosa missão, tudo estará perdido? Para ela, com certeza sim, mas...