Sn Ponce

Estava na cozinha fazendo chá para mim enquanto meu pai comia cereal com leite, Vinnie ainda estava dormindo.

- eu soube que vão se mudar! - ele come uma colher de seu cereal.

- é eu tenho que arrumar as malas.

- eu ja estou terminado e já vou embora - meu pai diz.

- não, também não é assim - não quero que meu pai saia de casa. Afinal aonde ele ficaria?

- você não precisa de mim aqui - é sério que ele está falando isso pra mim depois de tanto tempo desaparecido. - eu ja peguei uns servisinhos por aqui.

- pai! é tão estranho te chamar assim - faz tanto tempo que não o vejo que chega ser estranho chama-lo assim.

Antes que ele diga algo ouvimos uma batida na porta.

- minha carona chegou - ele coloca a tigela vazia que possuía seu cereal.

- Há, ja vai embora - pergunto meia triste. Não quero que ele vá, logo agora que nos reencontramos.

- já, vem cá - ele me dá um abraço confortante, um daqueles abraços aonde você se sente segura - muito obrigada por me deixar ficar.

Vinnie sai do quarto e vai direto abrir a porta como se ele estivesse escutado a conversa atrás da porta, ou se já soubesse sobre o ocorrido.

- não opa, pode parar. Ele já está vindo - ele barra o cara que já estava quase entrando no apartamento.

- ai olha, não....- pego um caderno na estante de livros e escrevo meu número na folha - não desaparece de novo - ranco o papel e o entrego.

Ele apenas sorri. Depois de comprimentar Vinnie, ele sai pela porta indo embora do apartamento. A única coisa que eu penso é que eu vou sentir falta dele.

Vinnie fecha a porta e vêm até a cozinha.

- o próximo a ser despachado sou eu? - ele pergunta em um tom brincalhão enquanto pega uma tigela para comer cereal. - você ta bem?

- olha, não é que eu queira largar você...

- não tem que largar - Vinnie me olha sério.

- Vinnie, a proposta do Vance é o sonho da minha vida. Eu queria morar em Seattle desde que eu era criança, e a única coisa que tornaria isso melhor seria você indo comigo - quero muito que ele vá porque eu o amo e quero ficar ao seu lado.

- eu não sei porque você me quer lá - ele bufa - sabe que eu não me encaixo nesse tipo de vida cheio de frescura e nunca foi um tipo de coisa que você quis na vida.

- não, eu quero viver com você - digo finalmente.

- eu também quero, fica e vamos viver aqui! - estou sentindo que vinnie está sendo um pouco egoísta.

Isso é uma coisa que eu quero muito e ele devia estar me apoiando.

- você não está me escutando - já estou me estressando com tal assunto.

- eu tou escutando - ele altera um pouco a vós.

- eu queria esse emprego desde que....

- eu sei, eu sei, eu sei - ele me interrompe - você tem um bom emprego em Seattle, que legal eu fico feliz por você, mais eu não tenho, eu não tenho nada lá.

- você tem a mim - digo com a voz meia trêmula, por conta da vontade de chorar que está por vir.

- eu sei, mais não é o suficientes - é sério que ele está dizendo isso?

O silêncio se instala na cozinha por um instante, até Vinnie dizer:

- olha, eu falei sem pensar - ele abaixa a cabeça e me permitindo não encarar seu rosto.

- se eu sou insuficiente, então isso é problema seu. Você não vai me impedir de ir - sai da cozinha e vou para o quarto.

Apesar das nossas brigas e desavenças, não queria o deixar, queria que ele fosse comigo e me acompanhace nessa minha nova etapa da minha vida, mais não posso o obrigar a ir.

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Oi gente, voltei a escrever. FINALMENTE.

Não esqueçam de votar no capítulo ok.

E me desculpem pela demora para postar.

Bejos e um forte abraço....

𝑫𝑬𝑷𝑶𝑰𝑺 𝑫𝑶 𝑫𝑬𝑺𝑬𝑵𝑪𝑶𝑵𝑻𝑹𝑶Onde histórias criam vida. Descubra agora