poetisa errante

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não obstante, aquela triste viajante, partia em silêncio relutante.

porque, seja mágoa cortante ou alegria eletrizante, ela vivia morrendo a cada instante, lamentável criatura ignorante.

e, assim, fez-se sua tumba de poesia, lugarzinho arrepiante. cheia de versos conflitantes, palavras são apenas visitantes.

então, repousa o espírito palpitante, sobre uma colina solitária. lá há uma cigarra irritante,  e uma lápide cuja inscrição é intrigante.

era de uma velha retirante, seja da chama andante ou do vento caminhante.

as letras preenchidas de musgo verdejante, diziam em claro tom emocionante:

"Aqui jaz uma poetisa errante, que, da alma amante, pereceu em luto constante."

raios que me partemOnde histórias criam vida. Descubra agora