Taehyung abriu os olhos encarando o céu cinzento. A chuva, os terremotos e as ondas do mar já haviam se acalmado, então tudo ficaria bem, certo?
Errado!
Todo seu corpo doía, sentia seus pulmões sendo pressionados pelas costelas, possivelmente quebradas, seu quadril estava dolorido, mas de resto estava tudo bem, não havia perdido nenhuma parte do corpo aparentemente. Levantou o tronco do corpo, sentando e vendo que estava em uma ponte, ou o que sobrou dela. Tinha alguns carros amontoados em algumas partes da ponte, pedaços de casas e prédios espalhados por toda parte, conseguiu ver alguns animais mortos e até mesmo alguns peixes boiando. Taehyung suspirou e se pôs a tentar ficar em pé, estava fraco e com fome, mas daria seu jeito, seria o capitão que treinou para ser, usaria seu treinamento e sua boa resistência para momentos como esse.
Quando finalmente ficou em pé, respirou fundo novamente e se pôs a caminhar, havia perdido Jeongguk, e agora não saberia o que fazer, ele provavelmente estaria morto uma hora dessas, estava ferido e ainda foi arrastado sabe se lá para onde pela correnteza.
Taehyung tentaria encontrar pelo menos o corpo do Jeon, devia isso ao filho dele. Caminhou entre os destroços e o que sobrou da cidade, não tinha sol e o vento era fresco, juntando com sua roupa molhada e as dores no corpo, o capitão estava tremendo de frio. Se perguntava onde havia parado sua resistência militar.
— Fala sério! — Abraçou o próprio corpo tentando se aquecer. — Será que ainda tem alguma loja inteira? — Perguntou para si mesmo.
Continuou andando pelo centro de Seul.
Se sentia triste por ver aquela cidade que à algumas horas era limpa, movimentada e cheia de prédios lindos e brilhantes. As lojas chiques, restaurantes cinco estrelas, tudo reduzido a nada, a um monte de lixo. O prejuízo no país foi grande, se haver alguma cidade que não foi danificada com esse desastre, será considerada sortuda.
Não passou muito tempo, até que Taehyung encontrasse uma loja de conveniência. Aparentemente ela não estava tão danificada, poderia ter algo para comer ou se aquecer? Bom, entraria para ver.
O capitão chutou a porta da loja, estava emperrada, então teve que fazer força, não estava em condições de se esforçar dessa forma, mas era isso ou morrer de frio.
Suspirou aliviado ao entrar dentro da loja e se proteger do frio. Olhou por toda parte. A loja estava destruída por dentro. As prateleiras no chão, os alimentos espalhados, dava dó de ver a quantidade de alimentos perecíveis ou não, completamente destruídos ou mergulhados na água suja que estava no chão. Caminhou em direção a uma máquina de lanche, ela estava inteira e não havia entrado água nas coisas. Poderia quebrar o vidro e pegar algo para comer.
Taehyung não saberia dizer quanto tempo se passou desde que tudo aconteceu, pode ter passado a madrugada desacordado. Não saberia dizer se havia passado horas ou dias e sua cabeça doía só de pensar. Abriu a única portinha que tinha na loja, encontrando um tipo de quarto. Apesar de estar com água por toda parte, as coisas estavam intactas. Abriu o armário que estava encostado na parede, encontrando roupas novas. Pegou as roupas que estavam secas, retirando rapidamente as molhadas do corpo. Suspirou aliviado ao finalmente se aquecer.
Depois voltou para a frente da loja, quebrando o vidro da máquina de alimentos, pegando alguns biscoitos e bebidas que estavam inteiras. Suspirou aliviado ao molhar a garganta com o chá que em algum momento deveria estar gelado, mas naquele momento estava em temperatura ambiente, o que para Taehyung era a mesma coisa de gelado. Comeu os biscoitos com gula, como se toda a comida do mundo fosse acabar, estava faminto apesar da dor.
Enquanto comia olhou em volta da loja para ver se tinha algum remédio, suspirou. Não tinha nada. Teria que aguentar a dor que aumentava a cada momento.
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Tsunami the end
Fanfiction(EM REVISÃO) "Alerta vermelho! Um tsunami a setenta mil quilômetros da capital de Seul, devastou parte de suas cidades litorâneas e elevou as mortes a um estado crítico. O exército coreano, junto ao governo, está evacuando as urbes. Por favor, di...