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Hyun corria pelo pátio do acampamento militar, enquanto Jeongguk conversava com Jin, Hyuna e Somin. Agora estava tudo bem, se recuperava aos poucos e podia ver seu filho, bem, seguro e saudável, até demais. O sorriso foi involuntário o vendo tão feliz.

— Vem filho, vamos almoçar! — Chamou pela criança, que veio saltitante. Se despediram das mulheres e foram para a fila masculina para pegar seu almoço.

Jin estava radiante, quase brilhava enquanto conversava com Jeongguk, que não estava diferente do mais velho.

Não muito dali, Taehyung gargalhava com os amigos. Yoongi por sua vez, estava totalmente distraído, enquanto encarava sem disfarçar um certo Kim, que estava na fila do almoço.

— Honestamente, Min Yoongi! Honestamente, você… — Teve sua frase interrompida, pois o Major, chegou chamando a atenção de todos no local.

— Soldados coreanos, sentido! — Disse com a voz altiva e séria. — Formem filas de acordo com sua patente no exército. Rápido! — Gritou afobado e nervoso.

E assim foi feito, todos do exército coreano que estavam disponíveis naquele local, correram para formar suas filas, assim como sempre fizeram no batalhão. Cada capitão responsável por seu pelotão se posicionou na frente de seu grupo e esperando a segunda ordem.

— Quero fila de voluntários coreanos, homens acima de dezoito anos, saudáveis, estatura média, 1,65, peso acima de 65kg, formem duas filas na lateral. — Disparou a segunda ordem a aguardou.

Enquanto os homens formavam a fila, o Major Choi permaneceu em pé, observando tudo com uma grande aflição no rosto. Assim que as coisas se aquietaram um pouco, o Major seguiu com sua orientação.

— Vocês devem estar pensando porque estou solicitando algo assim tão de repente. Chegou ao meu conhecimento, após uma ronda com helicópteros, que cerca de seiscentas pessoas estão ilhadas em um bairro no sul de Seul. E estão ilhadas com tubarões que o mar trouxe, assim como muitos animais mortos. Temos 8 bombeiros prestando os primeiros socorros para essas pessoas. Mas, precisamos de muito mais ajuda. Tem muita criança e idosos, pois é um bairro onde havia três abrigos, que nenhum caminhão do exército passou. Mesmo que seis caminhões foram designados a esse local.

— Os responsáveis por isso já foram localizados e as devidas providências foram tomadas. Agora que a água baixou, nossos caminhões conseguem passar por algumas ruas e assim será feito. Para os voluntários, quero pelo menos dez em cada pelotão. É isso, dispensados.

Assim que Major saiu todos começaram a se organizar. Jeongguk olhou para o Jin e ambos sabiam o que deveria ser feito. Pegaram Hyunjun no colo e caminharam até Somin e Hyuna.

— Somin, Hyuna, se não for pedir muito, vocês poderiam…

— Não precisa nem pedir. — Falou Somin. —  A gente fica com ele, querido, vá fazer sua parte.

— Muito obrigado! Hyun — Olhou nos olhos do filho e seguiu – Papai vai precisar sair só um pouquinho, mas papai volta rapidinho, viu?

— Você promete? — Olhou para o pai com os olhos brilhando.

— Mas é claro que promete. Já viu papai quebrar alguma promessa para você? — negou com a cabeça. — Então, não irei quebrar essa também. — Deixou um beijo na testa do menino. Olhou para o Jin, se despediram das mulheres e seguiram para o pelotão mais próximo.

Assim que Taehyung colocou os olhos naquela cabeleira rosa, seu coração disparou tão rápido, que chegou a engasgar.

— Esse cara só pode ser maluco — Comentou para si mesmo. Caminhou em direção ao Jeon. — Você é doido ou suicida?

— Oi! — Sorriu sem graça. Porque de repente Taehyung estava tão lindo e atraente? — Porque diz isso?

— Você quase morreu para salvar pessoas desconhecidas, ficou dias longe do seu filho, e mal se recuperou e vai passar por tudo de novo? — Disse indignado.

— Talvez eu seja doido, então. — Sorriu e passou a mão na nuca, sinal de que estava sem graça, não pela “bronca” mas por estar perto de um homem bonito. Jin sacou o que estava acontecendo na mesma hora e colocou a mão na boca para não rir alto.

— Não é o único doido. — Yoongi apareceu em reclamação — Eu pediria para você ficar, mas seria em vão, né? — Disse direcionando seu olhar ao Jin.

— Sim, seria — respondeu sorridente.

— Ótimo, então vai ficar no meu pelotão, só para eu ficar de olho em você. — O agarrou pelo braço e o levou para um outro grupo próximo.

Jeongguk e Taehyung ficaram encarando a cena, com muitas dúvidas do que tinham presenciado.

[...] O exército foi e voltou da missão 5 dias depois, com todas as pessoas, sã e salvas.

A noite uma grande comemoração foi feita, sobre as vidas resgatadas, pois muitas pessoas infelizmente não escaparam dessa catástrofe em massa. Mais de sessenta por cento do país foi destruído.

Então as que estavam vivas, queriam comemorar que pelo menos estavam vivas apesar de tudo.

Havia bastante comidas, bastante bebidas e muita música.

Jeongguk olhava para Hyun, que estava dormindo tranquilamente em um sofá, mesmo no meio de toda aquela bagunça, a criança seguia desmaiada de sono.

— Um brinde? — Taehyung apareceu ao seu lado, com dois copos de cerveja.

— Obrigado! — Pegou o copo, batendo de leve no de Taehyung e beberam em seguida.

— Olha, eu sei que, muito possivelmente você usa tintas caras e cremes mais caros ainda, mas é possível que após tudo isso, seu cabelo siga intacto? — Perguntou sério, com um tom de brincadeira.

— Honestamente, faz muito tempo que eu não me olho no espelho, para te confirmar que ele está intacto. Mas é possível. — Sorriu.

Taehyung o encarou, os olhos pretos e redondos, a pele branca, o cabelo rosa. Jeongguk era um homem muito bonito, e achar isso de outro homem, assustava Taehyung demais. Quando menos esperou estava encarando a boca do Jeon, que estava distraído olhando em volta. Bom era isso que Taehyung achava.

Mas no interior do Jeon, estava tudo se revirando. Taehyung o encarava com tanto afinco que estava com medo de derreter, as pernas estavam bambas, nada disso nunca tinha lhe ocorrido antes. Nenhum outro homem fez seu coração disparar como Taehyung fazia. Era loucura. Quando Jeongguk tomou coragem de encarar o Kim, se assusta com a curta distância entre eles.

— Eu poderia tocar? — Taehyung encarava profundamente seus olhos, mas desviou para seu cabelo.

— Pode, claro! — engoliu em seco. Tentando fazer sua respiração seguir controlada. Não achava que Taehyung fosse gay, mas então, porque? Sentir os dedos quentes e compridos do Kim em seus fios.

Taehyung instintivamente começou a se aproximar mais, seus olhos cravados nos lábios rosados do Jeon e antes que os lábios finalmente iriam se juntar.

— Papai?

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⏰ Última atualização: May 18 ⏰

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