Último Dia do Festival

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Na manhã do dia seguinte, não havia treinamento, pois todos haviam concordado que deveriam aproveitar o último dia do festival o máximo possível e por isso também não era necessário acordar tão cedo e talvez esse fosse o motivo pelo qual Diluc estava molhando seu travesseiro com tanta saliva, enquanto dormia de bruços. Já era quase dez horas da manhã quando ele recobrou seus sentidos e sobressaltou na cama.

— O que?! — Com um pouco de dificuldade de abrir os olhos, o homem se colocou de joelhos na cama.

"Não..." o homem olhou para sua intimidade que diferente dele já se mostrava totalmente desperta. "Eu já estou me sentindo muito atormentado enquanto acordado, agora ela vai invadir meus sonhos..." eu não preciso dizer com o que ele estava sonhando, certo?

Ainda com os olhos entreabertos, o homem saiu da cama e foi em direção ao banheiro. Um banho gelado facilmente resolveria aquilo.

Depois que terminou o banho, Diluc seguiu para a cozinha preparar o café como de costume e de lá ouviu a porta do quarto de Jean ser aberta.

Para a surpresa de Diluc, a mulher já estava vestida para sair, indicando que havia um tempo que já estava acordada.

— Bom dia. — O homem ficou mais atento a ela do que o normal.

"Será que ela pode ter notado alguma coisa?"

— Bom dia. — Jean parecia não querer encará-lo, mantendo o olhar desviado para o lado. — Nunca vi você dormir até tão tarde assim, está tudo bem?

— Ah, isso... eu acho que porque hoje não combinamos nenhum horário... — Ele tentou disfarçar, desviando o olhar para o café.

"Céus... depois de ontem, porque eu estou me sentindo um criminoso? Só olhar para o rosto dela?" Mas ao mesmo tempo não havia um pingo de arrependimento em seu coração.

— Entendo...

— Já tomou café?

— Eu estava esperando você... mas — A mulher continuou acanhada. — Não sei se quero agora.

— Porque não? Sente-se. — O homem colocou a garrafa na mesa.

— Bom, acho que mal não faz. — A mulher ainda de pescoço torto, foi lá e se sentou.

— O que está acontecendo com você? — Diluc franziu o cenho. — Está com torcicolo?

— Ah, não, eu só... — Sem jeito a mulher ajeitou a franja para o lado que escondia de sua cabeça. — Não é importante.

— O que? Deixa eu ver. — Sem pensar muito o ruivo segurou o queixo dela, virando para o lado, temendo ver algum ferimento. — O que é isso? Essa bola no seu cabelo.

— Por favor, não briga comigo...! — Ela fechou os olhos, espremendo.

— Calma... — Ele começou a inspecionar mais de perto.

— Eu não faço ideia do que aconteceu, parece queijo mastigado sei lá, tem até cheiro de queijo, mas eu não acho que eu bebi tanto a ponto de fazer uma coisa dessas, só sei que amanheci assim e eu tentei lavar mas daí acabou virando uma bola de neve... — Conforme ela falava, o semblante de Diluc começou a azular. — E eu até pensei em cortar, mas eu sei que ficaria bravo por eu mexer no cabelo da Jean, mas isso não desgruda de forma alguma.

"Isso é meu ..." o homem fechou os olhos, lembrando do quão louco ficou no quarto dela na noite anterior.

— Venha, eu vou te ajudar. — O homem se levantou já se direcionando para o banheiro. — O ideal era que tomasse um banho na água corrente, mas a água aqui é fria demais para isso, então realmente não vai ajudar.

Entrei No JogoOnde histórias criam vida. Descubra agora