Uma chuva calma caia sobre toda a Ilha Narukami, mas as nuvens estavam fortes o bastante para não deixar nenhum raio de sol sequer passar. Já fazia um dia inteiro que aquela chuva não parava e nesse momento havia dois homens na porta daquela casa na Vila Konda e uma mulher lá dentro foi correndo atender quando eles bateram na porta.
— Graças aos céus vocês chegaram. — Jean abriu caminho para eles entrarem.
— Eu vim assim que disse. — Thoma se adentrou espalhando a água na cabeça.
— Minha jovem, me leve até o paciente, por gentileza. — O senhor que falou era o médico da família Kamisato.
— Por favor. — A loira seguiu para dentro até entrar no quarto de Diluc. — Eu acho que a febre baixou, mas desde que voltamos de Enkanomia, ele não acorda e isso foi ontem de manhã.
— Deixe-me ver. — O velho tirou seu estetoscópio do pescoço para examinar.
— Thoma, eu estou tão aflita. — Jean foi até o loiro, em agonia. — ainda bem que a àguia dele me entendeu e levou a mensagem para você...
— Ahem, Thoma. — O médico fechou a expressão.
— Jean, vamos para a sala. — Thoma passou a mão pelos ombros dela.
— Oh, desculpe. — Ela cochichou.
O loiro fechou a porta assim que passou pela porta e assim eles seguiram para a cozinha, porque Thoma se ofereceu para fazer um café.
— Eu acabei fazendo ele se esforçar demais, a culpa é minha. — As mãos de Jean tremiam. — Eu não sei o que fazer, estou desesperada.
— Bom, se for só excesso de esforços, ele vai ficar bem se descansar por um tempo. — Thoma queria acalmá-la e distraí-la. — Me conte, como foi lá, em Enkanomia.
— Thoma... — A mulher não estava bem para esse tipo de papo.
— Minha jovem, eu terminei de examinar ele. — O médico foi até a sala.
— E então? — Ela se aproximou, alerta.
— Ele está em estado de exaustão profunda e além disso perdeu um pouco de sangue, mas dá para recuperar com uma boa alimentação. — O homem começou a escrever num papel. — Dê a ele uma sopa em pasta com esses ingredientes e também bastante água. Acredito que ele ainda dormirá até amanhã..
— Oh, sério?! — A mulher pegou o papel ainda desanimada.
— A sopa o dará forças. — Então ele abriu a maleta e deu um vidrinho para Jean. — Esses comprimidos são para dor, mas só dê se ele sentir.
— Tudo bem.
— Thoma, eu vou aproveitar que estamos perto do velho Densuke e vou visitá-lo, então não precisa se preocupar em me acompanhar.
— Tudo bem, depois você pode mandar a conta da consulta para a mansão.
— Pode ter certeza.
Quando o loiro percebeu, Jean já havia ido para o quarto de Diluc, então ele que abriu a porta para o médico sair.
"Diluc..." a mulher segurou a mão dele e apertou.
— Vai ficar tudo bem. — A mulher também acariciou a mão dele. — Eu vou cuidar de você.
Ao voltar para o corredor, encontrou Thoma ali parado, de braços cruzados e encostado de costas na parede.
— Venha, vou te ajudar com a sopa. — O rapaz seguiu de volta à cozinha e lá foi colocando os ingredientes na pia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entrei No Jogo
RomanceNinguém sabe o que passou pela mente de Jean que desejou fazer um misterioso ritual para conhecer outro mundo. O que ela não contava era que eu corpo dentro do jogo teria sua alma substituída e alguém entraria nele, fazendo uma troca de corpos comp...