Em Ritou

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Dia após dia naquele navio foi praticamente a mesma coisa. Diluc continuava fechado sem muitas palavras e Jean sempre em estado de alerta para não incomodar o homem. Não diretamente, pelo menos.

Ela se questionava todos os dias se suas noites com as novas amizades, bebidas e jogos de tabuleiro incomodavam o homem, pois ele parecia sempre estar à espreita, observando silenciosamente.

Todas as noites o calor aparecia quando dormia e sumia na manhã seguinte, o que foi ótimo pois a mulher não ficou mais resfriada.

— Finalmente, Inazuma! — Jean suspirou, sorridente ao pisar no cais de Ritou.

O clima estava surpreendentemente bom e bastante quente. Logo os dois se dirigiram para verificação da documentação e graças ao decreto Sakoku ter sido revogado, não houve nenhuma dificuldade com a entrada na nação. Eles foram muito bem recebidos, em especial Diluc por seu nome representar um forte ícone no comércio do vinho.

— O festival será comemorado na ilha toda, então podem escolher se hospedar aonde quiserem, mas eu sugiro o mais próximo possível da cidade. — A mulher que os recebeu oferecia alguns folhetos. — Lá a queima de fogos será mais extravagante.

— Que legal! — Jean agarrou os papéis, empolgada. — Então vamos procurar uma pousada por lá.

— Aconselho que vão o quanto antes, pois devido ao Hanabi Taikai todos os hotéis estão quase lotados.

— Tudo bem. — A mulher realmente estava feliz, agarrando os panfletos com as duas mãos e sorriu de orelha a orelha.

"Ok, vamos ver quais personagens poderei encontrar nesse festival" empolgada ela chegou a dar pulinhos no caminho para a praça principal de Ritou.

Como todos os lugares que visitou até então, Inazuma não foi diferente sendo muitas vezes maior que no jogo e muito mais cheia de pessoas nas ruas, ainda mais com o festival se iniciando. O mais interessante com certeza eram as atrações como jovens tocando tambores de diferentes tamanhos, conhecidos como Taiko. De longe dava para sentir a vibração daqueles sons e auto-falantes espalhavam a atração por toda a ilha. Eles que tocavam os tambores não estavam satisfeitos apenas com o som emocionante que traziam, e faziam coreografias às vezes até se posicionando como se estivessem em meio a uma luta radical.

— Incrível. — Jean segurava o coração com uma mão, sentindo como se a música estivesse entrando ali com todas as forças. — Quando eles gritam parecem realmente bravos.

Jean entreolhou para Diluc por um instante ao lembrar que ele não era companhia, e que com certeza o irritaria se continuasse a querer conversar.

— Não é? — Rapidamente ela olhou para uma pessoa próxima do outro lado.

— Sim, sim. — A pessoa respondeu, para o alívio de Jean.

"Ufa" ela comemorou internamente.

— Vamos logo para a cidade. — Diluc não estava com uma expressão ruim, mas também nada má.

— Oh, sim... — Mas deu um desânimo de pensar em deixar a apresentação de lado.

Assim que deu um passo para acompanhar o homem, algo chamou a atenção de seu olfato.

— Eu conheço esse cheiro! — A mulher foi para outro lado.

— Saco. — Diluc estreitou o olhar para ela.

— Takoyaki! Isso existe aqui!? — Foi a surpresa mais gostosa que Jean já sentiu.

Logo que Diluc se aproximou dela, pareceu que uma nuvem escureceu o clima e Jean chegou a se arrepiar com o miasma vindo dele.

Entrei No JogoOnde histórias criam vida. Descubra agora