Aflição Inquietante

19 4 1
                                    


Segundo os panfletos que Jean pegou na entrada de Ritou, o festival era diferente dos eventos do jogo, onde só funcionava em uma parte da ilha. A ilha toda tinha pontos onde todos poderiam se divertir e o lugar que Thoma escolheu para levá-los foi Ritou.

— É porque hoje teremos um teatro tradicional que só é exibido durante o festival. — A maioria do tempo Thoma só dirigia a palavra para Jean. — O local é coberto, então se voltar a chover, estaremos protegidos.

— Hmmm bom, bom. — Jean não se animou muito para ver teatro, mas não queria que Thoma percebesse, pois ela não sabia como retribuir a gentileza dele.

"Ela não parece muito empolgada" Diluc lembrou de como a mulher se divertiu mais bebendo com os marujos.

Já dentro do teatro, Jean se sentou entre os dois e Thoma começou a explicar um pouco da peça. Quando as luzes se apagaram, a mulher tomou postura para prestar atenção na peça e ao mesmo tempo ainda tentava manter distância de Diluc.

Foi um pouco repentino e a voz de Diluc começou a entrar em sua mente, como se estivesse um pouco perto demais.

— Da próxima vez vê se acha alguma coisa mais interessante. — O ruivo mexeu o ombro.

— O que está acontecendo? — Jean notou que precisou erguer um pouco o corpo.

"Porque é que eu estou tão perto do Diluc assim?" Só então ela notou que até havia um pouco de baba em seu queixo.

— Foi mal, eu achei que iriam gostar... — Thoma coçou a nuca.

"Eu dormi!" E num sobressalto, a mulher viu o olhar de canto do homem. "Aí ai ai! Ele está potássio" e ainda olhando para ele, notou uma mancha no braço do casaco, dele indicando que foi ali que ela babou enquanto dormia.

— Diluc, me perdoa. — Ela quis chorar. — Eu nem percebi, eu nem vi nada.

— Eu percebi... — O homem se levantou.

— Haha... vamos para a próxima atração? — Thoma se levantou também.

— Oh, sim. — Ela foi seguir Diluc que já estava se afastando, mas o loiro segurou seu braço. — Desculpe, Thoma, eu não podia imaginar que isso iria acontecer.

— Pare de pedir desculpas, está tudo bem. — O rapaz tentou aliviar a tensão dela com um sorriso. — E também não precisa ficar se sentindo culpada por dormir no braço do Diluc. Ele poderia ter te acordado desde o início

— Oh... isso... isso é verdade. — A Mulher não conseguiu evitar de pensar que talvez Diluc não achou tão ruim assim ela se aconchegar nele.

"Ela corou..." Thoma não sabia se aquilo era bom. "Acho que vou manter em segredo o fato de ele ter dormido encostando a cabeça nela também" não pareceu legal iludir a mulher.

Quando saíram do teatro, viram que já havia caído a noite, mas as luminárias iluminavam bastante as ruas. As barraquinhas estavam todas ativas e havia muitas pessoas andando pelas ruas.

A maioria das barracas apresentavam comidas de rua locais, e outras traziam brincadeiras como tiro ao alvo, pesca na piscina de bolinhas, jogar argola e até tinha uma brincadeira de pegar peixinhos de verdade.

— Não acredito que você conseguiu pegar um! — Thoma comemorou ao ver Jean colocar o peixe no copinho. — Yes!

— Ah que coisa. — A mulher sorriu feliz para o rapaz. — Eu também não esperava por isso.

"O que eu vou fazer com esse peixe?" Ela se questionou quando o dono barraca colocou o peixinho num saquinho.

— Ele é de água doce ou salgada?

Entrei No JogoOnde histórias criam vida. Descubra agora