Samuel Winchester era um caçador de monstros e era o oposto de seu irmão mais velho, Dean Winchester. Dean possuía os cabelos cor de camomila e era tão cheiroso quanto; Sam tinha as mechas longas e escuras e cheirava a lavanda. Sam era claramente mais alto que seu irmão, mas o que chamava mais atenção era como Sam era mais gentil e bondoso. Não que seu irmão não tivesse esses traços, mas ele era mais como uma concha, era difícil abrir e saber seus sentimentos. Porém ambos eram incrivelmente atraentes e extremamente simpáticos.
Sam Winchester gostava de livros, lendas, mitos, amava animais e qualquer coisa relacionada a ciência. Era incrível a minha capacidade de ser atraída por nerds.
— Dean, parece que o seu vampiro está se movendo para o ninho. — Digo, dando zoom no mapa que estava na tela do notebook.
Sam tirou os olhos do livro que estava lendo e me olhou seguindo seu olhar para o irmão. — Dean, tem certeza que não precisa de ajuda? Posso ir com você.
— Qual é, irmãozinho! Eu consigo. Meu esporte preferido é decapitar esses filhos da puta. — Dean levantou o cenho e sorriu. Ele sabia que Sam estava precisando de um tempo sozinho comigo. Sam e eu tínhamos nossos momentos como qualquer casal e isso incluía discussões e brigas e era isso que estava acontecendo naquele momento. Sam era teimoso feito uma mula e não me deixava caçar, então eu apenas cuidava de tudo dentro da segurança do bunker. Era responsável por ouvir as notícias e possíveis ataques além de fazer as principais pesquisas, era como se Bobby tivesse passado seu lugar pra mim depois do seu falecimento. — Além disso, vocês precisam de um tempo pra se resolverem. Não gosto do meu casal favorito brigando.
— Já falei que tá tudo bem entre a gente, Dean. Não enche! — Digo, franzindo o cenho.
— Se você tá falando... Até mais, pombinhos! — Dean dá de ombros e pega a mochila em cima da mesa, subindo as escadas e nos deixando ali, no silêncio constrangedor, apenas o barulho das teclas enquanto eu digitava na busca, procurando por mais casos.
Escuto a respiração funda de Sam e seu livro se fechando e mesmo olhando para tela eu podia sentir minha espinha arrepiar, sabia que ele estava me encarando.
— Para de me olhar. — Continuo teclando, sem tirar os olhos da tela.
— No dia que eu escolher um livro invés de olhar pra você o mundo pode acabar.
Sam não gostava de brigar, poderia ser considerado o último romântico. Ele pedia desculpa com flores, com jantas especiais ou elogios absolutamente bregas, daqueles que se vê em filmes. Ele era intenso e não só apenas nas palavras, na cama era como se fosse outra pessoa e não mais aquele homem gentil e nerd.
Sam levantou-se e parou atrás de mim enquanto meus olhos ainda estavam na tela. Sua mão direita passou pelo meu ombro e acariciou até o antebraço, sentindo minha pele se ouriçar. Sua mão esquerda passou pela minha nuca, chegando até os cabelos. Eu sabia que no próximo movimento ele faria meu baixo ventre queimar. Fechei os olhos e senti seus dedos puxando com força para baixo, fazendo meus olhos encontrar com suas íris claras e encontro aquele outro Sam.
— Saudade de foder você. — Ele encosta seus lábios no meu ouvido e sussurra. Automaticamente sinto todos os pelos do meu corpo arrepiados. — Não consigo ficar uma semana sem te sentir. Já estava ficando maluco.
— É só você parar de ser teimoso e me deixar ajudar. — Com os olhos fechados sentindo sua respiração no meu pescoço eu sou despertada com Sam se afastando.
— Você já ajuda demais aqui dentro em segurança. Você sabe que eu não suportaria se acontecesse algo.
— Tá bom, Samuel. Já entendi. — Suspiro cansada e volto a ler a notícia na tela.