; ✰ | 07. I have a lot of regrets about that

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⭒ 🌷 ˖⁺╭╯𓏭 CAPÍTULO 𝐒𝐄𝐓𝐄: tenho muitos arrependimentos sobre isso

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⭒ 🌷 ˖⁺╭╯𓏭 CAPÍTULO 𝐒𝐄𝐓𝐄: tenho muitos arrependimentos sobre isso








A música soava nas alturas, a ponto de querer que os vizinhos reclamassem apenas para eles terem um motivo para baixá-la. Ninguém sabia ao certo quando ou quem havia colocado "João Gomes" Mas, estava sendo divertido ver os outros terem sua tentativas de dançar piseiro.

Eu continuava sentada no meu sofá igual a quando todos chegaram, não tinha intimida com ninguém dali, apenas Carol, qual bebia todas com Pk. Estar no lugar em que considerava meu ponto de conforto, virou algo desconfortável a ponto de regular minha respiração para não atrapalhar alguém.

Gabriel estava sentado do outro lado do assento, concentrado em seu celular. Ele parecia ser bem tímido e introvertido também, mesmo estando com seu ciclo de amigos. O que parecia ser estranho para mim, apenas nós dois sem interagir com ninguém.

Baisel correu para meu quarto assim que viu a movimentação, parecia não ser o único tímido, introvertido como eu esperava.

Meu celular tirou-me dos meus pensamentos anteriores, uma mensagem na tela de início me chamou atenção. Goularte me mandara mensagem logo após eu pensar no mesmo, nossos pensamentos estavam interligados? Ou ele era um mero vidente?

A notificação vinda do WhatsApp era um simples: "vamo fugir daqui"
Não entendi de primeira, então reli pelo menos umas 3 vezes para realmente me dar conta. Digitei um "óbvio" E de relance o vi me encarando com um sorriso, sinalizando para irmos em direção a porta de entrada.

Me levantei me certificando que ninguém nos visse sair. Gesticulei com a boca um "Coloque o gorro do moletom e certifique-se que ninguém te viu sair."

Ele pareceu entender e fez o que pedi. Nós dois corremos o mais rápido possível para fora do meu próprio apartamento. Estando no corredor de acesso aos outros apartamentos, nós dois rimos da nossa ação e chamamos o elevador.

— Não acredito que me fez sair da minha própria festa. — Comentei, fugindo estar irritadiça.

— Você não curte festas, não parecia curtir muito essa também. — Ele deu de ombros, sabendo que estava certo. — Não tô passando por um dia muito legal também.

— Sério? Quer conversar sobre? — Perguntei, e Gabriel negou com a cabeça.

Nós ficamos em completo silêncio, aquele elevador parecia chegar nunca.

— Eu nunca pensei que você seria assim, sabe? Me impressionei muito quando te conhecia pelo date com subs. — Gou mudou de assunto. — Acho que você superou o que eu esperava.

— Sério? — Eu ri. — Ate parece que sou tão interessante assim, Gou.

— Mas você é! Você sabe tocar o final duet de Omori no piano! Isso é interessantíssimo.

— Só você acha isso.

— Até parece.

As portas metálicas em nossa frente abriu, revelando o elevador iluminado pela luz branca no teto. Entramos e apertei para irmos ao térreo, não sei o que ele tinha em mente, mas para ser sincera, qualquer coisa me satisfaria naquele momento.

Aqueles foram os 2 minutos mais longos da minha vida, nunca imaginei que do andar 13 poderia demorar tanto para chegar ao térreo. Mas quando chegou, me deu um alívio imediato. Sai dali assim como ele, nós dois seguimos em direção ao portão que dava acesso a rua onde ficava meu prédio.

Demos "boa noite" para o porteiro que vigiava naquela madrugada e saímos pelo mesmo portão avistado por nós anteriormente. O clima estava gélido, mas não a ponto de sentir muito frio, apenas uma brisa boa da noite.

— Onde nós vamos? — Perguntei.

— Tem um Starbucks aqui perto. — Ele disse. — Uns 10 minutos e a gente chega lá.

10 minutos era muito para uma sedentária que passava o dia inteiro sentada estudando. Se duvidasse, seria idiota a ponto de o pedir para me carregar até lá. A gente andava lado a lado pela calçada iluminada pelos postes de luz sob nossas cabeças, olhei para cima e percebi como a lua cheia brilhava tão grande no céu, rodeada por pequenos pontos tão brilhantes quanto ela.

— Você tem alguma música que já escreveu? — Gabriel me perguntou, fazendo-o encarar.

— Já... Mas nunca tive coragem de postar em algum lugar. Acredito que músicas são algo bem pessoal. — Expliquei, ele pareceu entender. — Não sou tipo a Taylor, mas acho que tenho potencial.

— Então invista nisso.

— Prefiro ter um emprego garantido do que tentar a sorte. — Cruzei os braços frustrada.

— Você se vê trabalhando num escritório o dia inteiro? — Ele me perguntou novamente.

— Não. — Fui sincera.

— Então!

Abaixei a cabeça e encarei meus próprios pés enquanto pensava sobre.

— Eu nunca vou ser nada nessa tanto de artistas tentando achar seu lugar na indústria. — Ri sem graça.

— Isso não significa que não possa tentar. — Sugeriu. — Não adianta você prender esse teu sonho para sempre.

Em questão ele estava certo, mas eu não queria aceitar.

Ao ver o letreiro brilhante da Starbucks a menos de 100 metros, a gente correu em direção a porta de vidro que dava acesso ao estabelecimento. Meu corpo implorava por uma cafeína sequer, e café parecia muito melhor que um enérgico qualquer.

Havia apenas a gente naquela loja, tudo estava deserto igual as ruas que passamos, provavelmente por ser muito tarde. O atendente nos atendeu super bem, e fizemos nossos pedidos. Um simples frappuccino de caramelo e uma pink limonate para Gou.

Descobri que ele não gostava de café, e isso me surpreendeu de algum jeito. Não série catamênio o motivo, mas ele tinha cara de quem gostava de café. Preferimos sentar na mesa perto da janela, onde podíamos observar a vida dos outros e carros passando.

— Desde quanto anos você quer ser cantora? — Ele me perguntou, e eu o encarei.

— Desde os 13. — Respondi. — Um cara que foi concertar a fiação me viu tentando aprender a tocar violão e me ensinou o básico que sabia. Ele foi algumas outras vezes para concertar a fiação depois daquele dia, e sempre me ensinava coisas novas.

— Nossa que foda. — Gabriel pareceu impressionado. — E depois, o que aconteceu?

— Ele parou de ir, depois descobri que faleceu eletrocutado enquanto ajeitava algumas coisa numa empresa. — Dei um gole no café. — Ele disse que eu tinha grande potencial para crescer e virar uma super star.

Meus lábios formaram uma linha reta ao lembrar do senhor Cláudio. Ele sempre foi muito querido em minha família, e desde que me conheço por gente ele ia ajeitar algo na casa dos meus pais.

Nunca me esqueci dele, e como o mesmo dizia que meu talento era nato.

𝐌𝐈𝐃𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐑𝐀𝐈𝐍; 𝗴. 𝗚𝗼𝘂𝗹𝗮𝗿𝘁𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora