Estava quase dormindo, ainda chorando quando ouço batidas na minha porta. Toda hora isso, que chatice. Não tenho paz nessa casa.- Filha? - ouvi a voz de minha mãe. Affe.
Me recompus, secando minhas lágrimas e liguei a luz abrindo a porta. Minha mãe que estava de cabeça baixa a levantou me olhando com um olhar triste e com alguma coisa na mão
- Oi mãe, aconteceu algo? - perguntei a olhando. Ele fez que não com a cabeça e perguntou se poderia entrar, eu assenti e ela sentou na beirada da minha cama.
- Eu preciso te contar algo. Que eu escondo de um tempo para cá. - ela disse de cabeça baixa.
- Pode falar, mãe.
- Eu estou com câncer. De pulmão, esta bem avançado. Eu vim para essa viagem para me tratar aqui em nova york pois tem um dos melhores médicos, seu pai que deu a ideia. Filha, eu tenho 95% de chance de não vencer esse câncer, minha respiração esta muita afetada e tem muitas horas que eu perco totalmente minha respiração, eu posso morrer a qualquer momento. Por isso, eu fiz essas duas cartas. - ela mostrou as duas cartas, simples.
- Uma sua e de seu pai. Eu quero que vocês abram somente quando eu morrer. Eu sei que muitos anos eu não dei importância e até hoje não pareço me importar muito e te trato com grosseria, mas isso esta afetando meu psicológico e eu acabo descontando em você as vezes. Lana, eu quero te pedir perdão por todas as vezes que eu te magoei ou fui grossa. Eu sou uma pessoa péssima e me sinto culpada todos os dias. - lágrimas escorreram pelo seu rosto e eu senti uma pontada em meu peito..
- Mãe você vai se curar. Não pensa assim, temos que pensar pelo lado bom.. - falei tentando a consolar.
- Eu não tenho cura. - quando ela disse isso foi como se eu levasse uma facada no peito.
Por mais que, ela me tratasse daquele jeito eu tinha um valor sentimental e ela um dia ainda foi uma pessoa muito importante para mim. Afinal, tínhamos uma relação muito boa antes de meu pai sumir da minha vida.
- Quero que guarde muito bem essa carta e somente abra quando eu.. falecer. - ela me entregou a carta e eu assenti.
A puxei para um abraço e sem querer deixei uma lágrima escorrer pelas minhas bochechas. Ela saiu do quarto e eu guardei a carta dentro de uma caixinha minha com vários desenhos. Quando voltássemos para casa eu iria colocar em um lugar bom.
Eu ainda estava em choque. Nunca que eu iria imaginar que minha mãe esta com câncer avançado de pulmão, e sem cura.
[...]
Acordei com minha cabeça doendo, pois fui dormir chorando ontem á noite e esqueci de fechar a cortina.
Me levantei e fiz minhas necessidades, tomei banho, vesti uma roupa fresca e desci para tomar café. Chegando lá encontrei todos sentados na mesa.
- Bom dia. - sorri para todos que estavam na mesa, que responderam e sorriram de volta, e me sentei ao lado de meu pai, única cadeira sobrando.
Me servi com apenas uma xícara de café e prestei mais atenção na conversa dos adultos.
- Sim, mas eai, decidiram no nome de quem que vai ser essa empresa? - Mary perguntou e tomou um gole de um suco verde com alguns pedaços de coisas nojentas que me fez ter ânsia.
- Estará no nome dos nossos futuros empresários, vulgo Lana e Oliver. - meu pai sorriu e Richard riu. Aquela risada típica de tiozão da reunião de família, sabe?
- Esses dois aí vão administrar muito bem. Seguirão com nosso legado, hehe! - Richard falou e eu senti vergonha alheia por ele.
Eles continuaram conversando sobre isso e quando eu terminei de tomar uma xícara de café fui para o jardim observar os pássaros.
Ó jardim era enorme e ficavam alguns pássaros ali. Alguém havia colocado um pedaço de banana para eles.
- Eai futura empresaria, ainda não tivemos uma conversa formal. - revirei os olhos quando vi Oliver se aproximando.
Por algum motivo esse menino desde o café da manhã estava me irritando, mesmo sem ele fazer nada ou falar comigo. Acho que seu cabelo e seu bigode fino estavam me irritando de alguma forma que eu não sei explicar.
Acho que estou de tpmason.
Esse pensamento que tive me fez lembrar do Mason. De nós. Mas que droga nos dois éramos? A gente se beijava, sorríamos que nem apaixonados um para os outros e ele simplesmente beija outras garotas? Não me diga que somos apenas amigos, isso não faz o mínimo sentido.
Ou não tínhamos nada mesmo.
- Oi Oliver, uma coisa que eu tenho certeza que eu não vou ser no futuro é empresária. - falei quando ele se sentou ao meu lado.
- Então vai deixar a empresa so para mim? - ele sorriu e passou suas mãos por volta do meu ombro. Eu estava desconfortável e extremamente irritada com sua presença e seu perfume forte.
- Claro que não, venderei minha parte. Ou, ficarei com a empresa só não serei presente. Não pretendo seguir com a carreira de meu pai, eu pretendo fazer o que amo, não o que as pessoas esperam ou queiram que eu faça. Você deveria fazer o mesmo. Preciso ir, acho que estou com um pequeno problema com meu braço. - falei e mostrei meu braço que estava sangrando. Eu fiz isso de propósito com minhas unhas enquanto ele falava asneiras. Levantei e fui indo em direção ai banheiro.
- O que aconteceu? - ele de levantou e me seguiu. Que cara insistente, mano.
- Eu menstruei né! - falei e comecei a andar mais rápido. - Pelo braço? - ele perguntou com os olhos arregalados.
- To brincando, eu tenho uma doença extremamente contagiosa que eu sangro do nada mesmo, não tem cura e uma amiga minha já pegou isso de mim, infelizmente ela morreu.. Sinto tanta falta. Toma cuidado. - assim que falei isso ele se afastou de mim e eu me tranquei dentro do banheiro.
Pelo menos isso funcionou e ele vai ficar longe de mim por um tempo, espero eu.
Eu deveria ser atriz, sei atuar muito bem.
...

VOCÊ ESTÁ LENDO
Mensagens. - Mason thames.
RomanceSabe aquela garota que popular, que todos querem ser tem a vida perfeita e sempre esta arrumada? Aquela definitivamente não era eu. Eu me chama Lana e era a típica nerd excluída. Com problemas familiares e escolares eu apenas estudava e chorava em m...