Quando foi que eu deixei de perceber?
Eu não lembro...
Porra, por que não me lembro?
Parece que até nisso você resolveu mexer,
Já não bastava tirar de mim os sorrisos,
Não quer me deixar mais nada?Era para rimar, eu comecei mal.
Mas quando a gente já está nessa estrada,
Numa ilusão desgraçada,
Não há mais nada que se faça,
Para voltar atrás e corrigir a cagada.Er... De certa, a culpa foi minha.
Me desculpa por te fazer sofrer,
Mas não tenho a intenção de lhe dá a minha vida,
Nem quero mais te ver,
Dói de mais arrancar a casca da ferida,
Quando não há mais remédio que dê
Um jeito?Nem tudo se resolve nesse jeitinho,
Não vou mais olhar no espelho,
Sei das suas fraquezas e medos,
Da sua luxúria e desejo,
De querer me levar até lá,
E me empurrar do abismo com um chute certeiro.Você não é a única,
Todo mundo tem o seu próprio demônio.
Posso não ter morrido naquela época,
Mas temo o que possa fazer por debaixo dos panos,
Fui agraciada com o dom da vida,
Não faz sentido antecipar a partida.Que bom que só tenho uma cicatriz,
E sempre a encaro no meu pulso para não me esquecer,
Morrer não alivia o distúrbio,
Não aproveitar fez-me arrepender,
Devia ter aprendido a ser mais feliz,
E quem sabe, te esquecer.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meia Unidade de Sol, Lar e Idade
PoetrySensações e emoções... O quanto isso pode transformar uma pessoa? O quanto de mim posso jogar fora? E o que aproveitar depois de um estrago? Meia Unidade de Sol, Lar, e Idade vem falar de maturidade, de amor, empatia, violência, e principalmente o q...