Refrescando a memória,
Revivendo o que eu nunca quis,
Religando todas as angústia,
Recebi nostalgia e me senti infeliz.É hora de [RE] começar,
Reorganizar meus pensamentos,
Revitalizar pedaços quebrados,
Reutilizar sentimentos,
Para [RE] aproveitar o que ainda guardo aqui dentro.[RE] nasci há algum tempo.
Reinventei historias antigas,
Remarquei encontros utópicos,
Relembrei de antigas feridas,
Me [RE] invento a todo instante,
Rego sempre o que me dá vida.Mas nem tudo é recíproco,
A certeza é relativa,
Já me fizeram tantas perguntas retóricas,
Que a relevância se tornou vazia,
Renunciei a questões retrógradas,
E passei a dá valor ao que me deixa reflexiva.É hora de parar de ser repetitiva,
Dizer o que de fato quero falar,
Reler esse texto quantas vezes forem precisas,
Para que eu consiga tentar explicar,
Que no meu peito ainda tem uma ferida,
Que não consegue cicatrizar.Ah, minha intenção com esse poema era outra.
Eu não queria falar de dor,
Não queria dizer que errei,
Nem queria confessar que o ardor,
Tem me feito cair em recaídas,
Me fazendo descascar o que sobrou.Sentada no chão do meu banheiro,
Sem ao menos uma roupa no corpo,
Estou suada, pigando e me desmanchando,
Tentando entender por que sofro,
Sendo que já deixei tudo no passado,
E o que mastigo agora não tenho mais gosto.Por que me inspiro quando estou aqui?
Tem alguma relação com as minhas origens?
Cada parte grudenta do meu corpo,
Cada célula, ferida e fuligem,
Se desmontam debaixo da torrente fria,
Levando embora as coisas que me afligem.É bom retornar,
Tomar de volta o rumo da conversa,
Ainda não expliquei essas palavras,
Nem o que deixei pairando nessa névoa,
O motivos de RE,
É porque nada me [RE] completa.Sabe, eu cometi um erro no passado,
E por alguns motivos me sinto arREpendida,
Não posso dizer que faria tudo de novo,
Porque já segui com a minha vida,
É que ainda dói quando me lembro,
Que deixei ir um grande amor jogado na esquina.Não me arrependo de ter desistido do amor, por amor próprio,
Não me arrependo de ter sumido assim,
Entendi que na vida eu sou a mais preciosa,
E que ninguém pode mandar em mim,
Mas sinto que o universo foi injusto,
Quando te mandou naquele tempo ruim.É hora de guardar tudo de volta na caixa,
Até aquela declaração de amor,
Desculpa dizer isso, mas não vou sentir mais nada,
Nem mesmo recair no amargor,
Apagarei o grave da sua voz de minha mente,
E todos os eu te amo que me falou.É tempo de começar de novo.
Esquecer.
Viver.
Seguir em frente mais uma vez.
Por que não posso sempre dá replay.
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Meia Unidade de Sol, Lar e Idade
PoetrySensações e emoções... O quanto isso pode transformar uma pessoa? O quanto de mim posso jogar fora? E o que aproveitar depois de um estrago? Meia Unidade de Sol, Lar, e Idade vem falar de maturidade, de amor, empatia, violência, e principalmente o q...