Meia Unidade de Sol, Lar e Idade

Amor Quântico

Saindo dos contos de fadas,
Ainda tenho tanta coisa pra falar.
Na quantidade infinita de poesia,
Desse universo quântico, super estelar.
Da droga do amor e suas atrofias,
Da paixão, que é pura reação nuclear.

Começo pela infinidade infinita de infinitos,
Na forma mais peculiar da palavra a usar,
Primeiro vem A, sujeito indefinido,
Depois na vastidão misteriosa do MAR,
Sendo um , é o que cria todos os motivos,
E outro é responsável por corações, destroçar.

Amar é verbo,
Um átomo com camadas eletrônicas vazias,
Cria em todo ser o princípio do caos,
É a energia escura que do universo se cria,
A mais pura luz que brilha no mal,
É sentimento essencial para fazer vida.

Amar é uma abstinência conceitual,
Um mal necessário,
Um bem com diversos valores,
É objeto de estudo para cérebros extraordinarios,
A cobiça, a loucura por todos os tremores,
É a divisão tectónica do término,
As valas dentro dos famosos "favores".

A verdade de amar se encontra na filosofia,
O famoso amor a sabedoria.
É para aqueles que se questionam em cada segundo de agonia,
E entende que a tristeza é um conceito de empatia,
E que a droga do amor não tem nada haver com alegria.

Felicidade é a soberba que cada um busca
O estado perfeito de se sentir,
Um dos maiores vícios que a alma suga,
E esquecem que sem a tristeza ela não pode existir,
É so a busca interminavel de algo tão mixuruca,
Que sempre esteve presente na ponta do nariz.

Saindo desse meio não palpável,
Tem a prima do amor, a tal paixão.
É dela que eu tenho medo, pois é ela que faz estrago,
Por onde anda há fluidos no chão.
Seja sangue, suor, lágrimas e até mesmo veneno,
Ninguém sabe quando ela vai queimar o coração.

É rápida, consumível e não reciclável,
Precisa sempre de um gás para ascender,
As vezes o álcool cumpre esse papel com facilidade,
Mas o problema é que ele faz esquecer,
A tal paixão além de prazer é culpada pela a infidelidade,
Pois quando acendida ela faz incandescer.

Deixa a mente humana em letargia,
Por alguns minutos voltamos a ser neandertais ,
Nesse período dá para voltar na história antiga
Onde o Éden é só uma plantação de Canabis no cabo canaveral,
Lá o fruto do pecado é o remédio,
Para os mau amados lombrados no maior delírio do espaço sideral.

O êxtase não dura para sempre,
Da mesma forma que a paixão morreu,
A culpa sempre fica na mente,
E de baixo dos panos a verdade escorreu,
A paixão nunca se justifica em relação a injustiça,
Do prazer momentâneo que aconteceu.

Ah... Esses amores quânticos,
Deduzidos a partir da fantasia,
Do egoísmo gerado na falha humana,
Nas paixões atômicas, meras cascas vazias,
Perpetuando um ciclo infernal de casos mirabolantes,
Tantas vidas tiradas por uma criatura mal desenvolvida.