Alguns buracos negros já foram estrelas

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Do pó viemos, ao pó retornaremos,
Somos poeira estelar.

Alguns buracos negros,
Aqueles que são capazes de distorcer toda a realidade,
São sinônimos de pessoas,
Que perderam a própria humanidade.

Alguns desses fenômenos interestelares,
Acontecem dentro de cada ser,
Movimentando-se para mais longe,
Incapaz de voltar,
Para perto,
Para um espaço observável,
Para como era antes,
O passado que morreu.

Alguns buracos negros,
São feitos de cacos de corações,
De um cabo e uma circunferência pendura no teto,
Das lágrimas por falta de afeto,
Dos cartuchos ainda frescos no chão.

Alguns desse seres celestiais,
Corpos, que outrora foram provedores de vida,
Emanavam inocência, curiosidade,
E uma burra e frágil alegria,
Se desintegrou na gravidade zero,
Perpetuando em uma casca vazia.

Alguns buracos negros,
São tão profundos... que não parecem,
São tão confusos... Não que alguém se interesse,
São tão simples... Mas não há como controlar!

Mesmo que se saiba sobre eles,
Sobre suas dores e ardores,
Sobre suas vidas singulares,
Suas incapacidades e feitos majestosos,
Buracos como esses,
Onde se enterram e não voltam mais, vão continuar se formando,
Porque, algumas estrelas se tornam buracos negros.

Mas para isso acontecer,
Elas precisam morrer.

Meia Unidade de Sol, Lar e IdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora