Capítulo Um

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[sejam bem-vindos a minha mais nova criação! um pouco egocêntrica e polêmica? talvez... mas vai seguir uma narrativa bem gostosa de acompanhar, então espero que gostem
vou esperar o feedback de vcs para continuar, pq acho importante
boa leitura! :)]

#PTOGQJF

Primeira Página

🖋️

"Caro Jackson Wang,

Que noite foi aquela de ontem... Puta que pariu! Nunca pensei que seria tão bom na cama! Confesso que fui idiota por ter lhe recusado antes. Todos falavam tão bem de você pra mim. Do quão louco você pode ser quando está com tesão.

Ainda lembro da forma como seu corpo respondia a cada estímulo meu. Você ficou tão entregue a mim... O prazer te fez assumir uma forma tão diferente da que eu estava acostumado nos corredores da universidade. O jeito que você gemia e implorava por mais, por mim, ainda está fresco em minha mente. Assim como suas expressões profanas.

Lembro que cada vez que eu te fodia, mais e mais, sentia seu corpo tremular sob mim. Perdi as contas de quantas vezes te fiz gozar ontem, parei de contar depois da quarta vez. Eu estava simplesmente viciado nas suas expressões, viciado em te foder.

Em algum momento, entre a foda na cama do hotel e as preliminares na banheira, quando você me chupou até eu gozar na sua boca, caralho, eu tive um belo vislumbre do paraíso. Entrei em total êxtase que acho que gemi mais alto do que deveria. Talvez tenha prometido coisas que dificilmente cumprirei também, então eu sinto muito por isso. Uma das minhas regras é não brincar com os sentimentos de ninguém, então, se for necessário, farei o possível para concertar as coisas, mesmo que eu tenha a sensação de que você está pouco se fodendo para isso. Jackson Wang não é esse tipo de cara.

Serei eternamente grato pela experiência, sinto tanto por não podermos repetir. Mas essas são minhas regras mais importantes e quebrá-las está fora de cogitação!

Com tesão, J. Hong"

Suspirei aliviado e com uma sensação boa assim que terminei de dobrar a carta, como se tivesse acabado de viver a cena.

Escrever sobre minhas fodas é estritamente comum para mim, gostava de eternizar as coisas que vivia de alguma forma. Escrever sobre minha vida sempre foi algo terapêutico. Mesmo quando criança, eu escrevia e rabiscava desenhos sobre meus sonhos em um diário azul-marinho que meu pai comprou para fazer anotações na escola. O que, é claro, não aconteceu. Tenho esse diário guardado até hoje. É meu pequeno tesouro, por assim dizer.

Ocasionalmente, escrever sobre minha vida sexual se tornou minha regra número dois. A primeira era nunca repetir o parceiro de foda, não importa o quão sedento eu esteja por ele, ou ele por mim.

Em pensar que algumas dessas regras já me livraram de tantos problemas. Talvez seja por isso que sempre as sigo religiosamente, mesmo tendo se passado muitos anos desde o início.

Antes de criar as regras, e deixar de ser um completo idiota, eu fodia com o mesmo cara sempre que ele tinha vontade, e não o contrário. Nunca soube seu nome com certeza, só o apelido que todos o chamavam: Jaen, e só isso. Isso nem é nome de gente.

Nosso primeiro encontro foi em frente a minha escola, em uma cidadezinha de Los Angeles. Na época, eu só tinha dezessete anos, não sabia nada da vida e acabei caindo na lábia de um cara muito mais velho que eu. Eu sei, eu sei... Isso foi loucura. Fui um adolescente muito manipulável.

Poucos meses após iniciarmos algo, nossa relação começou a ficar estranha, o que já era de se esperar, dada as diferenças de idade, situação e limitações que um adolescente tinha. Eu fui salvo de um futuro relacionamento problemático graças a minha avó. Me mudei para a Coreia e passei bons anos morando com ela, as regras surgiram logo no primeiro mês após vê-lo bem longe de mim. Elas são simples e fácies de lembra. Bom, pelo menos para mim.

Lembro perfeitamente da primeira vez que digitei, num bloco de notas qualquer em meu celular, as coisas que eu julgava ser problema em uma relação — seja afetiva ou não.

No total são vinte e quatro, sempre crio uma no meu aniversário, mas geralmente considero a maior parte das que vêm depois da número sete insignificantes. São as únicas regrinhas que eu "posso" quebrar, digamos assim. Regras importantes, mas não ao extremo. Trato elas mais como um lembrete do que uma regra.

— Escrevendo de novo, Josh? — Vernon perguntou ao me ver sentado no sofá com a carta sobre a mesinha de centro. — Quem foi dessa vez?

Era normal vê-lo na minha casa. Era praticamente a sua do tanto que vivia enfurnado aqui. Adorava sua companhia, já que estamos juntos desde sempre somos praticamente uma versão um do outro, com manias e modo de falar semelhantes.

— Jackson Wang. — Revelei simples, prestando atenção no programa de culinária que passava na tevê. Nunquinha que eu reproduziria algum dos pratos que eles faziam ali. Eram incrivelmente complicados, parecia que tudo precisava ser flambado. Se eu tentasse flambar alguma coisa, muito provavelmente essa coisa seria a minha cara.

— O ruivo água de salsicha do curso de odonto que já ficou com meio mundo de gente? — Ele perguntou com tom desdenhado, eu só assenti sem ligar para as provocações. Vernon não seria o Vernon se não implicasse comigo. Ou com quem eu fodo. — Tenho pena do seu pau. Você realmente não escolhe com quem dorme!

Eu gargalhei vendo Vernon negar com olhar de desaprovação. Damas e cavalheiros, ou algo entre ou longe dos termos, se preparem para minha cartada mais filha da puta.

— Mas a gente já transou, Vernon... lembra? — eu sorri quando vi o olhar do garoto vacilar. —  Tá dizendo que você foi uma má escolha também?

Meu melhor amigo e eu já fomos muito além de beijos que podem acontecer muitas vezes "sem querer". Um acontecimento comum na vida de milhares de pessoas que possivelmente confundiram sentimentos de amizade com os românticos. Aliás, essa era minha regra número dezessete: "Não estragar boas relações só por uma foda!", mas como já expliquei, não ligo muito para elas. E no caso de Vernon, não me parecia perigoso. Nós sempre fomos amigos, sexo não mudaria isso. Estávamos com vontade, então fizemos. Sabia que Vernon teria cabeça para lidar com a nossa pós-foda, mesmo que do jeito dele.

Apenas uma vez, é bom lembrar. Vernon sabe perfeitamente de cada regra minha. Teve um tempo que ele até seguia e fazia as mesmas coisas que eu. O que não durou muito, ele se apaixonou pelo terceiro cara que dormiu. Um amador!

— Joshua! Eu já te disse pra não tocar mais nesse assunto! Supera isso! — Vernon engrossou sua voz, se jogou no sofá e roubou o controle da minha mão. — Foi coisa de momento, eu tava a mó tempão na seca e você tinha bons argumentos pra gente ficar. — uma careta sofrida envolveu suas feições. — Não quero lembrar disso.

Agora ele zapeava os canais, em busca de um filme talvez.

— Não podia deixar meu amiguinho triste e com tesão, é contra os meus princípios! — Eu apertei suas bochechas apenas por provocação.

Lembro que no dia seguinte após o acontecimento, Vernon ficava vermelho sempre que me olhava. Era difícil manter uma conversa normal com ele. Eu achava aquilo uma graça e até cogitei quebrar a primeira regra e ficar com ele uma última vez.

Mas, mesmo que quisesse repetir, poderia confundir os sentimentos dele e acabar lhe magoando. Coisa essa que nunca, nem no meu pior pesadelo, eu desejaria.

Foi bom ter lembrado das regras e tomado aquela decisão, porque, no dia após o seguinte, Vernon me chamou pra conversar e implorou para que esquecêssemos aquilo. Hoje às lembranças não passam de um acontecimento engraçado do qual posso provocá-lo às vezes.

Para Todos os Garotos que Já Fodi •hjs + yjh• ⚣︎ [JiHan]Onde histórias criam vida. Descubra agora