Special Chapter (2/7)

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Jay

Quando Jay e sua namorada decidiram viver juntos, deveriam ter pensado melhor, pois sabiam desde o início que não daria certo, mas quiseram tentar mesmo assim. Jay era encantador, ela tinha ciúmes disso, pois muitas garotas o olhavam com desejo de o ter, e ela odiava isso.

-- Eu já falei pra você não se aproximar daquelas garotas - ela falou. - Elas querem te roubar de mim.

-- Elas não vão fazer isso, eu tenho namorada, que é você. E se fizerem alguma coisa...

-- Elas não vão fazer nada, eu não vou deixar. - foi até a cozinha. - Nunca mais nenhuma garota vai olhar pra você ou chegar perto. Ninguém.

-- O que vai fazer? - ele foi atrás dela, e a viu com uma faca nas mãos. - Sério, o que você tá pensando?

-- O que você acha? - sorriu admirando o objeto. - Qualquer uma que olhar pra você, mesmo que seja de longe, vai virar cadáver.

Jay percebeu que sua namorada precisava de ajuda, aquilo estava saindo do limite. Mas, assim como ela, o mais alto também obtinha pensamentos maldosos: se sua namorada queria matar as outras pessoas, ele mesmo a impediria de fazer tal coisa.

No dia seguinte, os dois saíram em uma viagem de carro, mas não rolava nenhum clima legal, ambos estavam sérios demais para dizer alguma coisa para descontrair. Jay precisava fazer alguma coisa, não poderia perder mais tempo.

-- Olha - começou. - Eu acho melhor a gente terminar.

-- O que? - ficou aborrecida. - Por quê?

-- Você ainda pergunta? - a encarou, depois voltou a olhar pra frente. - Você sabia que não daria certo, mas mesmo assim quis namorar comigo. Na verdade, eu nem chamo isso de namoro, a gente não se dá bem. Você só sente ciúmes, só isso, não me dá atenção como uma namorada deve dar, nem parecemos um casal. Acho que nunca fomos um.

-- Jay, você acha que vai ficar assim? - o encarou. - Quem te deu essa ideia de término? Foi uma daquelas vadias, não foi? Acha que elas são melhores do que eu? Não sou o suficiente pra ser sua namorada?

-- Era disso que eu estava falando. - voltou a encará-la. - Você nunca foi minha namorada de verdade, só serve pra sentir ciúmes de mim, e nem sempre ciúmes é porque ama a pessoa. Essa sua possessão tá passando dos limites, você chegou a pensar que matar alguém pode ser uma coisa boa.

-- E por que não? Todas olham pra você, todas te querem, mas você é só meu, de mais ninguém.

-- Isso acaba aqui. - acelerou sem perceber. - A partir de agora, você não é mais minha namorada, por que não procura outro cara pra você ser possessiva com ele? Eu não aguento mais.

-- Se a gente terminar, não vou mais ter motivos pra ouvir falar de você. - abriu sua bolsa e revelou uma lâmina. - Eu ia usar naquelas metidas, mas acho que vou ter que usar em você primeiro.

-- Para com isso. - tentou a impedir de fazer tal coisa, mas antes, o carro saiu de controle, saindo da faixa de carro que estavam, colidindo com um caminhão.

Ambos foram ao hospital com emergência, em estado grave, mas a garota foi levada já morta. Diferente dela, Jay apenas ficou inconsciente, acordou fora do risco de vida em poucos dias. Quando soube de sua ex, ficou aliviado, fazendo todos estranharem aquilo.

-- Não está triste por sua namorada ter morrido? - o médico perguntou.

-- Que nada, ela mereceu morrer. Não aguentava mais aquele ciúmes todo. Ela mesma tentou me matar, eu ia fazer a mesma coisa, mas parece que nem foi preciso. - riu pra si mesmo. - A vida é boa e justa quando quer.

Graças a esse comentário de Jay, a polícia foi acionada, e após descobrir toda a história dos dois, Jay foi levado a uma prisão especial, para ser penalizado e tratado.

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