Capítulo 4

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-- S/n, fala comigo - Sunoo fala rindo, enquanto eu estava de costas pra ele, de braços cruzados. - Tá de mal comigo só porque eu ganhei de você?

-- O que você acha? - bufo.

Ele me abraça por trás, ainda sentados, me dando um beijo no rosto. Isso me deixou corada, e de olhos arregalados.

-- Que foi? Tá com vergonha? - fala sorrindo.

-- Sunoo... que eu saiba, aqui não é permitido namorar. - falo sem o olhar nos olhos.

-- Jura? E que eu saiba, ninguém nesse lugar obedece as regras. - fica de frente pra mim. - Soube que você e o Heeseung se beijaram, e...

-- Quantas pessoas já sabem?

-- Acho que todo mundo. - fala rindo fraco. - Mas, vocês dois estão juntos?

-- Não, claro que não, foi só um beijo. Ele me pediu o beijo porque.. acho que ele gosta de mim, então resolvi agradar.

-- Hum, interessante. - sorri perverso. - Você pode me agradar?

-- Como assim? - o olho confusa.

-- Eu também quero um beijo seu.

Só faltava essa, esses meninos vão me deixar louca. Meio sem jeito, peguei em seu maxilar, me aproximei e o beijei. O beijo foi lento, como um beijo de namorados, mas isso porque ele segurou minha nuca, e o beijo se intensificou. Acho que iria continuar, se alguém não tivesse aberto a porta, assustando nós dois.

-- O que... - era o Jay. - Sunoo, por que estava beijando a S/n?

-- Porque eu quis. - fala cruzando os braços, com um bico fofo nos lábios.

-- Ele me pediu o beijo, então eu só dei. - falo.

-- Sério? Então você anda distribuindo beijos por aí? - põe as mãos na cintura. - Primeiro o Heeseung, depois o Niki, agora o Sunoo?

-- Como sabe que o Niki me beijou?

-- Ele me disse que gosta de você, então... resolvi deixar o caminho livre pra ele. - fala abaixando o tom de voz, mas logo aumenta de novo. - Mas parece que você não se importa com os sentimentos das pessoas. Não sabe o quão doloroso é ter seus sentimentos feridos? Faz ideia de o quanto isso prejudica a saúde mental?

-- Calma Jay - Sunoo fala. - Não é só porque você sofreu amorosamente que ele também vai.

-- Não quero que ele passe pelo que eu passei. - me olha. - S/n, se gosta de um de nós, fique com essa pessoa, mas não brinque com os sentimentos de ninguém.

Ao dizer isso, sai de lá.

-- Não liga não, às vezes ele exagera.

-- Mas talvez ele tenha razão. - fico meio pensativa.

Por que ele tá tão irritado? Nossa, que pergunta idiota, ele sofreu no passado, e não quer que os amigos sofram também. Ele tem razão? Sim, mas eu não fiz na intensão de magoar ninguém. Pensando bem, o Niki me beijou justamente porque gosta de mim, e eu já fui logo beijar outra pessoa. Ele sabe que eu sei que ele gosta de mim, mas não quero que ele pense que eu tô brincando com os sentimentos dele.

-- S/n, tá aqui? - Sunoo me faz despertar do meu transe.

-- Desculpa, eu estava pensando.

-- Em que?

-- Olha, se não for pedir muito, quero ficar um pouco sozinha. - me levanto. - Mas eu ainda vou querer uma revanche. - faço ele voltar a sorrir.

-- Veremos. - ele volta sua atenção pro jogo.

Ele é competitivo, quase igual a mim.

•••

Eu já tô aqui há um mês, e como não me acostumei ainda com esse lugar? Quanto tempo mais eu preciso pra pensar que tudo o que acontece aqui é normal?

Eu e o Niki continuamos aprontando como de costume, até ficamos uma semana inteira trancados numa sala, porque um funcionário irritou ele, e eu fui cúmplice no assassinato. Eu não queria, mas topei fazer parte, e acabamos detidos. Foi até divertido, passamos a semana toda zoando juntos.

Os outros meninos? Bom, fiz amizade com mais alguns que cruzaram meu caminho, mas a gente não se fala muito, só converso mesmo com os que conheci quando eu cheguei.

Acabei de voltar da enfermaria, aquele meu negócio respiratório atacou depois de muito tempo. O que aconteceu? Bom, eu estava na minha, quando o Jake virou criança de repente e começamos a.. brincar de pega-pega feito duas crianças mesmo, aí eu comecei a parar de repente, e pedi que ele parasse. Ele foi um herói em ter me levado até a enfermaria, ele é um doce. Só quando quer.

-- Obrigada. - falo me levantando da maca, assim que vejo ele entrando.

-- Não, continue deitada - insiste. - Você passou mal, quase ficou sem ar, eu fiquei muito preocupado. O que é isso que você tem?

-- Eu também não sei dizer, mas eu não posso ficar me esforçando demais por causa disso. A gente começou a correr e eu nem lembrei desse detalhe.

-- Agora que eu sei disso, vou tomar bastante cuidado. - ele sorri. - Vou avisar os outros meninos, não quero que eles sejam a causa do seu fim sem querer.

-- Não fala essas coisas que atrai.

Saímos, ele me acompanhou até meu quarto, que eu já pedi pra reformar, e ficou incrível. Enquanto reformava, eu fiquei com o Jake. Deixa eu relembrar o que aconteceu.

FLASHBACK ON

-- Valeu por me deixar ficar aqui por um tempinho. - falo sorrindo.

-- Precisando, me chame. - ele fala sentado na cama. - Se quiser, não precisa dormir nesse poof minúsculo, pode dormir na minha cama.

-- Não precisa. - deixo meu travesseiro no poof, já me deitando. - Se bem que, é pequeno mesmo.

-- Eu tô falando.

-- Mas você é maior que eu, é menor ainda pra você. Nem pense em trocar de lugar.

-- Tá bom. - revira os olhos. - Mas e se você topar dormir comigo? Aqui na cama?

-- Quer morrer?

-- Para, não sou desses que agarra qualquer uma. - ri. - É só pra você não dormir desconfortável.

Pensei um pouco.

-- Vai, para de ser teimosa e vem pra cá, eu prometo que não faço nada. A não ser que você queira. - ele sorri sorrateiro, e eu bato nele. - Ai! Tá bom, parei. Por que mulheres batem tão forte?

-- Poder feminino. - dou um peteleco na testa dele. - Não se meta comigo.

-- Já decorei, pode se despreocupar. - reclama de dor.

FLASHBACK OFF

Eu estava me lembrando disso, e também lembrei de uma outra coisinha... em uma outra noite, quando eu acordei no meio da madrugada pra motivo nenhum, vi que ele ainda estava em sono profundo, e por incrível que pareça, ele estava maravilhosamente lindo dormindo. Eu deixei escapar um sorriso bobo, e após acariciar seus cabelos, vejo ele despertar, e eu tomei um susto.

-- O que tá fazendo? - pergunta ainda de olhos fechados.

-- Nada não, só arrumei seu cabelo. - dou qualquer desculpa.

Ele sorriu e me abraçou de conchinha.

-- Eu te amo. - acho que ele voltou a dormir, ou nem acordou, está sonhando. - Você é incrível, S/n.. - vi que estava babando também.

Ele fala enquanto sonha, isso é engraçado. Mas, ele tá só sonhando ou isso é verdade mesmo?

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Continua...

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