•Niki•
Após a morte de sua mãe, Niki começou a morar com seu pai, o que nunca deveria ter acontecido. Seu pai era alguém violento, de mal caráter, um péssimo exemplo para crianças, e por isso, a infância do garoto foi destruída.
-- Riki, o que tá fazendo? - o mais velho perguntou para o garoto de cinco anos.
-- Eu só tô com fome. - disse trêmulo, engolindo em seco, largando o alimento que havia encontrado.
-- Não vai comer agora, não tá na hora. - o tirou a força da cozinha. - Fica lá no seu quarto, sem arrumar confusão.
-- Mas eu quero comer alguma coisa, tô com fome.
-- Moleque irritante. - desferiu um tapa no mesmo. - Se chorar, apanha mais. - ameaçou.
O garoto segurou suas lágrimas ao máximo para não ter que apanhar outra vez. Depois que seu pai trancou a porta do quarto, foi até sua cama e ficou em baixo do cobertor, derramando suas lágrimas em silêncio.
O tempo passou, agora Riki tinha doze anos, havia crescido e mudado um pouco, mas sua situação com o pai jamais mudou. O menino ia a escola, mas estava proibido de fazer amigos, se entrosar, e principalmente levar algum colega em casa para fazer algum trabalho. Se dependesse do mais velho, ele não iria a escola, foi apenas por obrigação.
Certo dia, algo pior do que imaginavam estava por vir. Riki não estava mais aguentando viver daquele jeito, seu pai sempre o proibia de fazer as coisas, nunca deixava fazer nada de seu jeito, e não podia reclamar. Ao invés de ir a escola, fugiu de casa, mas não por muito tempo. Antes de cruzar uma ponte, perto de um beco, seu pai o encontrou e o puxou até o local isolado.
-- O que pensa que tá fazendo? - apertou seu braço, o encarando.
-- Tá me machucando, me solta. - tentou se defender.
-- É assim que fala comigo? - deu um tapa em seu rosto. - Me respeita, seu pivete.
-- Eu não aguento mais, você só me maltrata. Eu queria um pai de verdade, que cuidasse de mim, se preocupa comigo, me deixa fazer amigos, me ajudasse quando estivesse com problemas - começou a chorar. - Mas você não é assim, você é o pior pai que existe, eu te odeio!
-- Olha aqui - tentou o bater outra vez, porém, Riki segurou seu braço com toda sua força. - Isso não vai ficar assim. - apertou seu braço mais uma vez, então o garoto o soltou, e o mais velho lhe desferiu um soco, o que deixou seu olho roxo, e o mesmo caiu. - Nós vamos voltar pra casa, e quando chegarmos lá, você vai rebecer uma surra tão grande, vai esquecer o próprio nome.
O menor se preparou: avistou uma garrafa de vidro quebrada e, como defesa, a pegou e se levantou rápido, atingindo o mais velho com o objeto cortante.
-- Me deixa em paz! - ele chorava enquanto continuava o atingindo, até o mesmo cair no chão, jorrando sangue, muito sangue. Logo soltou a meia garrafa, tentando se acalmar. - Você me obrigou a fazer isso, não me culpe por ter te matado. - o olhou com desgosto. - Agora... agora sou livre, ninguém pode me prender.
Um pequeno sorriso brotou em seus lábios, depois limpou seu rosto das lágrimas que caíram, e saiu andando, mesmo com as mãos sujas de sangue. Pessoas avistaram e ficaram preocupadas, mas Riki as ameaçou com um olhar de psicopata, algo que assustou a todos. Uma pequena denúncia anônima o prendeu antes que machucasse mais alguém, mas ele nunca mudou seu jeito, graças a seu pai, que lhe ensinou o oposto do que deveria ensinar.
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imagine Enhypen (Ot7)
FanfictionPor um motivo que muitos desconhecem, S/n foi parar em um lugar que qualquer jovem adolescente detestaria ir: um reformatório. Mas, não um reformatório comum, neste lugar, todos que estão lá são criminosamente detestados ou temidos. S/n foi lá por s...