Mudanças II

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A mudança da Paula foi comentada por todos na escola, uns falando em como ela ficou linda e outros a criticava por ter feito alisamento químico. Mas Paula não ligava, pois para ela estava lindo o cabelo, macio e com um brilho que nunca teve em toda a sua vida.

Muitos garotos a elogiando, uma coisa que não acontecia a ela, pois até mesmo os não bolsistas estão a olhando sem aquele ar de esnobe que cada um deles tem.

— Você deveria viver em um tapete vermelho, minha estrela de cinema. - Henrique a elogia ao vê como ela está chamando atenção de todos naquele colégio.

—Henrique, suas cantadas não colam em mim.

— Nem pode mais elogiar as mina dessa escola. - Henrique reclama.

— Não com o historico que você tem, passando o rodo em todas as garotas desse colégio.

— Agora o meu foco é a novata, ela é gatinha, vou levar ela pra minha cama até o final deste mês

Paula apenas rola os olhos, para ela, Tatiane Noronha não é tudo isso que todos estão comentando pelos corredores desde que ela começou a estudar nesse colégio. A ruiva é tão sem graça, além do seu jeito esnobe ao olhar para as pessoas.

— Então vamos apostar.

— O que eu ganho em troca?

— Se você ganhar eu saio com você, mas se perder você para com essas cantadas sem graça.

— Combinado.

Henrique sorri de lado, para ele isso já está ganho, pois a Tatiane só está se fazendo de difícil, é a única explicação plausível por ela o ter recusado no início.

— Essa vai ser moleza - Henrique vê a Tatiane saindo da sua sala de aula e vai até ela, se escorando no batente da porta. - Pesquisas apontam que agente junto é erro de gramática, mas a gente separado é erro do destino.Tatiane apenas olha para o outro adolescente tentando entender, tendo apenas uma conclusão, Henrique é louco, ou ele se acha o bastante pelo dinheiro, status e as jovens que caem em seu pé. — Tenho algo a falar sobre se beleza fosse flor, você seria o Jardim Botânico! Você é a garota mais bela desse colégio todo. - Henrique sorri de lado, um sorriso sacana.

Sem falar mais nada Henrique sai, sabendo, ou achando que sabe que isso deixará a novata mais interessada nele, sendo paquerador e ao mesmo tempo difícil. Um flerte inofensivo.

— Existe cada coisa nessa vida. - Tatiane fala negando com a cabeça.

Ao chegar no apartamento, as gêmeas vão cada um para o seu quarto, Tatiane vai direto ao espelho enorme de de seu closet tentando imaginar como poderá ser a customização do uniforme escolar

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Ao chegar no apartamento, as gêmeas vão cada um para o seu quarto, Tatiane vai direto ao espelho enorme de de seu closet tentando imaginar como poderá ser a customização do uniforme escolar.

Após o banho, Tatiane veste sua camisola de seda branca, então ela pega e coloca a saia longa em uma superfície lisa. Alinhando a bainha na frente e atrás para deixá-la reta. Utilizando uma fita métrica ela mede a proporção da saia que ela irá querer tirar. Logo depois com uma régua graduada ao longo da parte debaixo da saia, em cima da prega, para que a porção a ser tirada esteja para fora.

Desenhando uma linha ao longo da prega, embaixo da régua graduada usando um giz, que comprou no caminho de casa. Ele repete esse processo na parte de trás da saia. Logo em seguida, cortar o excesso do tecido plissado da saia. Alfinetando a bainha passada no lugar

Costurando a bainha na mão, já que no internato aprendia de tudo, e a costura era uma das materias ensinadas.

Já no blazer ela mudou um pouco, colocou botão dourados, um leve corte na manga, assim deixando mais estiloso.

Satisfeita, ela olha o trabalho que fez e só agora nota que anoiteceu e provavelmente todos já foram dormir ou estão se preparando para dormir.

— Foi um longo trabalho, estava tão entretida que nem percebi o tempo passar.

Assim Tatiane pega o seu roupão da mesma cor de seu pijama e vai até a cozinha ver se tem algo que ela vá se interessar em comer.

Ela acaba por escolher pão integral com manteiga de amendoim com leite.

— Tatiane. - sua madrasta aparece na cozinha.— Oi, Adriana.

Se for reparar percebe que Adriana está com uma camisola azul longa com rendas nas mangas e no busto, roupão de dormir mal amarrado, seus cabelos presos em um coque.

Adriana decide comer algo, assim pegando uma vasilha e colocando iogurte e algumas frutas:

— Está gostando de morar aqui no Rio? - Adriana tenta puxar assunto.— Não gosto do calor que faz, acostumei com o clima frio da Suíça.— Só precisa se acostumar com o clima tropical do nosso país. E como está sendo a escola, um ambiente novo para você, sem suas amigas aqui?— Vou me enturmar aos poucos, as minhas amigas podem estar longe, mas sempre arranjamos um jeito de conversar, mesmo que tenha 4 horas de diferença no nosso fuso horário.

Depois de um tempo Adriana foi para o quarto, Tatiane termina o seu lanche da noite e volta para o seu, mas antes de dormir ela resolve terminar o livro Vermelho, branco, sangue azul, que faltam poucas páginas.

Olhos de avelãOnde histórias criam vida. Descubra agora