Capítulo 36 🍃

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Ivyna...

Ele não diz nada, só me encara.

- S-Se não quiser falar comigo... não precisa. Mas... Tenta não destruir tudo que vê pela frente, por favor.

Ele só abaixou a cabeça e veio até mim.

Eu não tive nem tempo de dar um passo pra trás.

Ele me abraçou, recontou a cabeça no meu ombro e começou a chorar.

- Pedro... Apertado. D-demais.

Ele não me solta e só afrouxa um pouco o seu aperto.

- E-eu pensei que você tinha ido embora. Eu sei q-que você conseguiria s-sair daqui se q-quisesse- ele diz entre soluços .

Isso me deixa de coração partido.

Não pensei que ele fosse ficar assim.

- Eu só fui pra piscina. Não vi o tempo passar, me desculpa.

- Me desculpa por te morder, por te encher o saco. Desculpa por não fazer o que você quer na hora que quer, mas não dá. Me desculpa te trazer pra cá, mas eu queria ficar com você! Desculpa por atrasar sua vida. Desculpa, Ivyna.

Me senti uma pessoa nojenta agora.

Me senti a pessoa mais tóxica que existe.

- Neném, você não precisa se desculpar por nada. Eu errei, eu me estresso fácil e acabo não pensando antes de agir. Me desculpa por te fazer chorar, desculpa por não estar aqui quando você acordou. Desculpa, neném. Desculpa, desculpa, desculpa.

Eu levanto o rostinho dele e seco suas lágrimas.

Ele tá com os olhinhos vermelhinhos.

Não sei se foi por que chorou ou porque tá drogado, mas eu achei fofo.

Eu sou péssima!

- Vamos descer, você se acalma um pouco e ai conversamos, tá bom?

- Vai me deixar sozinho de novo?

Ele pergunta me encarando, eu seco uma lágrima que insistiu em descer pelo seu rosto.

- Não vou largar do seu pé.

E com toda sua bipolaridade ele responde:

- É bom mesmo. Se você sair eu vou cortar seus dedos fora.- eu apenas ri.- Não tô brincando.

Eu pego na mão dele e puxo para o andar debaixo.

Levo ele até a cozinha olho para sua mão.

Parou de sangrar.

Depois de fazer um rápido curativo na mão dele, decidimos assistir um filme.

Me sento no sofá e ele faz o mesmo, mas coloca sua cabeça no meu colo.

- O que quer assistir? - pergunto para ele e o vejo pensar um pouco.

- Filme de terror.

- Tá bom.

Ficamos um bom tempo tentando escolher um filme, até que finalmente escolhemos um.

...

O filme acabou algum tempo atrás.

Agora eu tô deitada no sofá assistindo algum desenho aleatório e o Pedro foi no banheiro.

Ele entra na sala se jogando em cima de mim.

Ele fica mexendo a cabeça de um lado para o outro.

- O que foi, neném?

Imprevistos acontecem... (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora