Tʜᴇ ᴡʀᴏɴɢ ᴘᴀᴛʜ

[🏙️] Capítulo 8

Hayato e Katsuo estavam caminhando juntos para o tal apartamento. Era um prédio bem alto e chique, talvez ele fosse rico ou tinha uma grana boa dos pais, mas Hayato não pensou muito nisso. Então, assim que entraram no edifício, foram até o elevador e então o rapaz vira-se para Katsuo perguntando:

— Murakami, qual é o andar?

— Oh? Bem, é o terceiro andar, apartamento 20...— Respondeu ainda um pouco embriagado.

— Certo, aguenta aí que já vamos chegar lá.

— Tá...valeu.

Segurando o braço do rapaz em volta de seu pescoço e andando para dentro do elevador, Hayato apertou o botão do terceiro andar e então esperou as portas se fecharem, enquanto uma musiquinha tocava. Katsuo estava com sua cabeça baixa e olhos, levemente, fechados. Hayato, querendo ou não, estava preocupado com este, que estava quase desmaiando ao seu lado, então iria garantir que ele chegasse bem e inteiro em seu apartamento.

Em alguns segundos, o elevador para no andar desejado e abre as portas. Com cuidado, Hayato caminha para fora, quase puxando o outro, que nem estava mais aguentando ficar em pé. Assim que encontrou o apartamento, deu uma leve cutucada no rosto daquele para acordar.

— Murakami, acorde, já chegamos.

— Hein?...o que? — Perguntou confuso.

— Já chegamos no seu apartamento, está com a chave aí? Irei pegar para você. — Perguntou o sacudindo agora.

— Ah, claro... tá na minha bolsa, num bolsinho pequeno dentro...— Disse respondendo pausadamente.

— Certo, licença.

Deixou o rapaz encostado na parede para que não caísse, então pegou a bolsa e a abriu, procurando a chave em algum bolsinho pequeno. Até que, finalmente, as encontrou, fechou a bolsa e segurou Katsuo, novamente, enquanto destracava a porta com a chave e logo a abria.

Entrou e logo notou que estava tudo escuro, um breu total. Então, procurou o interruptor e uma luz forte tomou conta da sala. Os olhos de Hayato fizeram uma leve pressão para se acostumar com a luz, em segundos, abriu seus olhos e encarou Katsuo, que estava com sua cabeça deitada sobre seu ombro. Com um leve suspiro, fechou a porta e andou com o outro atrás do quarto daquele.

Não foi muito difícil, em um pequeno corredor, era possível ver quatro portas, uma no final, duas a direita e uma a esquerda. Abriu a primeira da direita e bingo, era o quarto de Katsuo, ou era isso que ele pensava, ligou a luz e viu um quarto simples, com tapete, uma cômoda, um guarda-roupa grande, uma cama, uma escrivaninha e uma janela com cortinhas grandes de seda.

Caminhou com aquele até a cama, deitou-o, gentilmente. Katsuo abriu seus olhos pelo incomodo da luz do quarto e levou suas mãos até os olhos, as esfregando ali. Hayato o encarava e cruzava os braços, respirando fundo e então se sentou ao lado dele na cama, e começou a dizer:

— Murakami, já está em casa e na sua cama, então descanse e se precisar, pode faltar a aula amanhã, provavelmente, vai ficar com uma ressaca brava, então aconselho a beber muita água agora, mas por hora durma e descanse, me entendeu?

— Hm? Eu não posso faltar...mas eu acho que eu não devia ter bebido tanto... Eu acho que vou dormi e amanhã vejo se vou para a faculdade ou não...— Respondeu e em seguida, virou seu corpo de lado e se encolheu na cama.

— Faça o que quiser, mas primeiro descanse, agora...preciso saber como eu vou embora e deixar seu apartamento fechado...hmmm...

Começou a pensar e coçou sua cabeça confuso, como iria embora e deixar o apartamento do outro aberto? Não aberto, literalmente, mas destrancado. Katsuo não tinha condições nenhuma de trancar a porta e ele não podia trancar e levar a chave. Então pensou em algo simples e torceu para que funcionasse. Levantou-se da cama e deixou o rapaz deitado ali, desligou a luz e fechou a porta do quarto.